Capítulo 18

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Nicolas já estava com a roupa para dormir quando ouviu uma batida na porta, ao abrir se deparou com Christophe que parecia estar inquieto.

— Está tudo bem? – Perguntou Nicolas.

— Será que aquela bebida do seu amigo ainda está disponível?

— Creio que sim. Vou ligar para o Lucas, com certeza ele irá gostar da ideia. Só me deixe trocar de roupa primeiro.

— Tudo bem. Te espero lá embaixo.

Alguns minutos depois, Nicolas desceu e encontrando Chris sentado no sofá a sua espera, disse:

— Vamos?

— O Lucas aceitou?

— O que acha? Aquele lá estava apenas esperando nós mudarmos de ideia.

— E a Micaela não vai achar ruim de você sair?

— Não. Ela até apoiou, além disso, faz muito tempo que não saio mesmo.

— Tudo bem. Você dirige?

— Chris, por que faz tantas perguntas?

Christophe riu e respondeu:

— Desculpe. Só queria saber se não seria incômodo.

— Jamais! O Inácio está vindo aí. Lucas o convidou também e como ele não bebe ficou sendo o motorista da vez.

— Já vou avisando que não vou beber muito. Até porque eu não sou de beber, hoje será uma exceção.

— E posso saber por que abriu essa exceção? Parece um pouco.... Nervoso.

— Não é nada. Só quero me divertir um pouco.

— Sei.... – Respondeu Nicolas desconfiado – E Eliza?

— O que tem ela?

— Está de acordo com você sair assim?

— Não perguntei a ela.

— Chris....

— Nick, não pergunte nada.

— Tudo bem. Como queira.

Poucos minutos depois Inácio estacionava o carro na frente da casa de Lucas que já estava na porta para receber os rapazes.

— Sejam bem-vindos ao confessionário! – Disse ele.

— Confessionário? – Perguntou Chris confuso.

— Ele só está querendo te assustar. – Respondeu Nicolas debochado.

— Não estou querendo assustar ninguém, Nick. Depois da noite de hoje eu vou ficar sabendo os segredos mais sujos de vocês.

— Duvido muito. Não vou beber tanto assim. – Disse Chris.

— Isso é o que veremos, rapaz. Podem ficar tranquilos, seus pecados estarão bem guardados com o padre Lucas aqui.

— Se você fosse realmente um padre, Lucas, todas as suas ovelhas seriam desviadas. – Respondeu Nicolas entrando na brincadeira.

Eles entraram em uma sala enorme, onde uma mesa de centro estava posicionada sobre o carpete vermelho e várias garrafas de bebidas descansavam sobre ela. Ao redor da mesa, quatro poltronas cor de creme e aparentemente muito confortáveis, estavam bem-dispostas esperando pelos homens que iam se sentar nelas.

Os quatro se acomodaram e logo Lucas serviu quatro copos com tequila.

— Eu não vou beber. – Disse Inácio – Hoje eu sou o motorista.

Julgado. Um passado de Nicolas Lambertini - #2Onde histórias criam vida. Descubra agora