Capítulo 40

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"Fria como pedra, fria como pedra
Você me vê de pé, mas eu estou morrendo no chão
Fria como pedra, fria como pedra
Talvez se eu não chorar, não vou sentir mais nada

...

Fria como pedra, fria como pedra
Você está dançando com ela, enquanto estou olhando para o meu telefone
Fria como pedra, fria como pedra
Eu era o seu âmbar, mas agora ela é seu tom de ouro

Fria como pedra, meu bem
Deus sabe que eu tentei me sentir feliz por você
Saiba que eu estou
Mesmo que eu não consiga entender
Eu aguento a dor
Me dê a verdade, eu e meu coração
Nós vamos conseguir superar
Se sua felicidade é ela, então eu estou feliz por você"

Stone Cold - Demi Lovato

Thomas tinha acabado de chegar à sede do Parlamento, a rua estava fechada e o lugar lotado de policiais, e até mesmo uma ambulância estava a posto, quando se tratava de Nicolas, a segurança da cidade inteira parecia se mobilizar, e o pior de tudo era que ninguém ali tinha a menor ideia de onde ele tinha ido parar.

Thomas se aproximou do chefe da polícia e perguntou:

— Alguma notícia?

— Nenhuma ainda, senhor Belmok. É como se ele tivesse evaporado, ninguém o viu.

— Organizaram equipes de busca?

— Sim, tem homens procurando pelos arredores, em todos os lugares.

— Já procuraram dentro da sede?

— Claro que já. Mas se ele estivesse lá dentro já o teríamos encontrado.

— Onde ele foi visto pela última vez? – Thomas não se cansava do interrogatório, quanto mais informações obtivesse, melhor seria.

— Ele já estava de saída, mas cremos que ele deva ter voltado por algum motivo, encontramos um pouco de sangue na sala de convenções, acreditamos ser dele.

Thomas encarou o prédio do Parlamento por alguns segundos. A mente trabalhando em milhares de possibilidades ao mesmo tempo. Nicolas era um homem grande, não tinha como alguém arrastá-lo para fora sem chamar a atenção, alguém teria de ver. E como tiveram acesso a ele? Por que ele voltou? O mais provável era que ele estivesse com alguém conhecido, alguém que fosse de confiança, era a única explicação para terem acesso a ele, sendo assim poderia muito bem ser alguém da segurança. E se fosse alguém da segurança, poderia muito bem escondê-lo onde quisesse, participar das buscas pelo prédio e dizer que não o encontrou. Ninguém desconfiaria. Qual o melhor lugar para se esconder algo ou alguém se não embaixo do próprio nariz das pessoas?

Sendo assim, ele apontou para o prédio e perguntou ao policial:

— Posso?

— Claro, mas o senhor não vai achar nada.

— É o que vamos ver.

Ele começou a caminhar na direção do prédio, com Husky o seguindo. Entrou e avistou tudo vazio, somente alguns policiais ainda estavam por ali conversando, subiu para o segundo andar e logo se abaixou esticando o paletó de Nicolas para o cachorro cheirar.

— Vamos, garoto, encontre ele para mim.

Husky farejou a peça de roupa por alguns segundos e em seguida o cão começou a cheirar o chão procurando encontrar o cheiro de Nicolas por toda a parte. Ele foi em direção as escadas novamente e subiu para o terceiro andar, Thomas mais que rapidamente o seguiu. Porém, foram detidos por dois seguranças que cobriam a área.

Julgado. Um passado de Nicolas Lambertini - #2Onde histórias criam vida. Descubra agora