"Olhe-se no espelho
E o que você vê agora
Você vê mais claramente
Ou está enganado
Imerso no que você acredita?
Porque eu sou apenas um ser humano, afinal
Você é apenas um ser humano, afinal
Não ponha a culpa em mim"Human - Rag'n'Bone Man
Pela manhã, quando retornou a casa depois de trazer Gregory do hospital e de ter tomado as providências certas, se trancou no escritório e ficou lá até que todos estivessem acordados. Pelas oito da manhã, ele saiu desesperado em busca de Micaela, não precisou ir muito longe, pois ela tinha acabado de descer as escadas. Logo que a encontrou, Nicolas foi logo falando:
— Micaela, preciso que faça algo por mim.
— O que aconteceu? Por que está tão agitado? – Perguntou ela.
— Se algo acontecer comigo....
— Ei, ei, ei, que história é essa?
— Me deixa terminar, Micaela.
— Você está me assustando.
— Me escuta, pelo amor de Deus. – Respondeu ele a segurando pelos dois braços.
— O que está acontecendo? Você não terminou de contar tudo ontem.
— Eu sei, mas não tenho tempo agora. Por isso preciso que faça exatamente o que eu pedir, está bem?
Micaela relutou um pouco, sabia que Nicolas estava nervoso por alguma causa e que algo havia acontecido, mas sabia também que se ele realmente tivesse tempo contaria a ela. Por isso disse:
— Tudo bem.
— Ótimo. Se alguma coisa acontecer, preciso que ligue para o Tiago e o Tadeu.
— Os advogados?
— Isso. Diga que eu preciso da ajuda deles, eles saberão o que fazer e já estão a par do assunto.
— Só eu não estou sabendo?
— Não. Só eles sabem o que está acontecendo. Me promete que fará isso.
Micaela permaneceu em silêncio apenas o encarando com lágrimas nos olhos que a todo segundo ameaçavam cair.
— Micaela, me promete que vai fazer isso e que vai ficar longe de confusão. – Repetiu Nicolas.
— Prometo. – Sussurrou ela por fim.
Nicolas mal teve tempo de respirar aliviado e uma batida soou na porta de entrada, o que não era nada comum, pois sempre que alguém entrava os seguranças da portaria avisavam, mas agora tinha sido diferente e ele sabia exatamente porquê.
Devagar ele foi em direção a porta e a abriu, logo deu de cara com alguns policiais e o que parecia o responsável ali, disse:
— Bom dia, senhor Lambertini. Que bom que o senhor mesmo atendeu a porta.
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Julgado. Um passado de Nicolas Lambertini - #2
RomanceQuase quatro anos depois dos acontecimentos que mudaram sua vida, Nicolas Lambertini está mais realizado do que poderia desejar. Ele se esforça para ser um bom rei, empresário e um ótimo filho, irmão, marido e pai. Com o filho quase chegando ele mal...