Julgado. Um passado de Nicolas Lambertini - #2

Capítulo 35

"Olá, pessoal, como vão? Espero que bem. Estou postando o capítulo adiantado porque amanhã não terei tempo algum para postar e não queria deixá-los sem um capítulo. Se preparem que vem bomba nesse capítulo. O que será de Nicolas? Hahahahaha Não me matem. Apenas torçam pela felicidade deles. Enfim, boa leitura e muito obrigada por tudo. Beijos!"

Um pouco a noite, Nicolas desceu para pegar algo para comer e se deparou com Laura e Heitor conversando sobre o neto, o sorriso deles era tão grande que literalmente poderia ir de orelha a orelha. Continuou andando e passando pela biblioteca escutou uma música vindo de lá. Abriu um pouco mais a porta, que já estava entreaberta, e avistou sua mãe segurando uma caixa, de aspecto antigo, junto ao peito e dançando aquela música, como se a caixa fosse seu acompanhante.

Os olhos estavam fechados e ele pôde notar que algumas lágrimas escorriam pela sua face magra.

"O mundo estava em chamas e ninguém

Poderia me salvar, a não ser você

É estranho o que o desejo faz as pessoas

Tolas fazerem

Eu nunca sonhei que amaria alguém como você

E eu nunca sonhei eu perderia alguém como você".

Nicolas sabia que aquela música era especial para a mãe, ele sempre vira ela e seu pai dançarem ela, ali mesmo no meio da biblioteca, e agora poderia imaginar o tamanho do vazio que Susana sentia.

Então ele adentrou de vez o cômodo, e como ela ainda estava de olhos fechados, só percebeu a aproximação do filho quando ele tomou, gentilmente, a caixa de suas mãos e enlaçou a cintura dela, começando a dançar exatamente como seu pai fazia.

Ela se agarrou mais a ele o apertando forte e sentindo o carinho e o amor que o filho tinha por ela, enquanto Nicolas cantava junto com a música:

"Não quero me apaixonar

Esse amor vai despedaçar meu coração."

De repente, Susana parou de dançar e caiu num pranto que não conseguia controlar, então Nicolas a abraçou forte tentando a consolar. Sabia que naquele momento a saudade de Benício tinha apertado.

— Não quero ser egoísta.... – Soluçava ela – Mas eu não consegui.... Eu não consegui deixar de pensar nele.

— Está tudo bem, mãe.

— Eu vi a felicidade do Heitor.... E da Laura e.... E só conseguia pensar.... Em como ele estaria feliz.... De conhecer o neto.

— Mãe, não é problema nenhum lembrar dele. – Disse Nicolas a soltando e enxugando suas lágrimas – Não é egoísta da sua parte, é normal pensar em como meu pai agiria se estivesse aqui agora.

— Eu estou tão feliz.... Mas ao mesmo tempo me deu um vazio tão grande!

— Tudo bem, eu estou aqui.

Ele voltou a abraçá-la e ali ficaram até que Susana se acalmasse e subisse para seu quarto. E foi a vez de Nicolas sentir a falta do pai.

"Como ele adoraria brincar como Ben." Pensou.

Nas semanas seguintes os advogados de Nicolas foram fazer uma visita para conhecer Benjamin e avisar que o julgamento fora marcado, estavam na sala de estar conversando:

— Nicolas irá a júri popular. – Anunciou Tiago.

— Isso não é nada bom. As pessoas estão revoltadas com ele. – Bradou Micaela nervosa.