Capítulo 12

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"Vocês devem estar se perguntando: Mas porque diabos ela está publicando numa quarta feira? 

Bom, o motivo disso.... Não é nada demais! Apenas quis dar uma pequena adiantada na história e trazer para vocês um gostinho da confusão que está por vir! Boa leitura!!"

Um pouco mais a noite, enquanto Nicolas se sentava no sofá do quarto e tirava os sapatos, Micaela inquiriu:

— Nicolas, o que foi aquela cena que você fez?

— Está falando daquela mulher?

— Ela se chama Natasha.

Ele apenas deu de ombros como se não se importasse e ela continuou:

— A coitada ficou toda sem jeito depois daquilo. Poderia ter sido menos rude.

— Ah, claro! Porque agora ela é a pobre coitada. Um anjo de pessoa. Eu que sou o demônio. – Respondeu ele irônico, se levantando.

— Nicolas, se acalme, eu só perguntei porquê fez aquilo. Não precisa ficar todo nervosinho.

— Vocês não conhecem ela, Micaela.

— E você pelo que vejo conhece.

Nicolas respirou fundo e disse mais brandamente:

— Micaela, foi um dia longo e cansativo. Eu preciso dormir.

— Ainda está preocupado com a questão da separação daquele estado, não é?

— Eu não vou mentir, estou muito preocupado.

— Mas, Nicolas, o que mais precisa para se convencer de que eles estão prontos?

— Você sabe que vamos perder terras, não sabe?

— Iremos perder bem mais que isso se entrarmos em conflito. – Respondeu ela pousando a mão em seu ombro – Melhor dormirmos.

— Eu só vou tomar um banho e já estou indo.

Como Micaela já havia tomado banho, ela logo se acomodou na cama e esperou Nicolas para dormirem abraçados.

No meio da madrugada Nicolas se virou na cama e colocou o braço onde Micaela estaria, mas não a sentiu ali, estavam apenas as cobertas. Ele abriu os olhos constatando o óbvio, ela havia se levantado.

— Micaela?

Ele chamou, mas nenhuma resposta veio, logo ele se levantou também e foi para o banheiro, quem sabe ela estivesse ali, ultimamente a bexiga dela parecia ter encolhido. Acendeu a luz, mas o cômodo estava vazio, sendo assim ele vestiu a calça cinza de algodão e saiu do quarto.

Desceu as escadas com a casa escura, iluminada apenas pela pouca luz da lua que adentrava pelas janelas e ultrapassava a leves cortinas brancas. Sabia exatamente onde Micaela estava, quando ela sumia durante a madrugada, ou ela estava no banheiro ou....

Ele chegou até a cozinha e acendeu a luz, e lá estava ela, sentada em um banco alto em frente ao balcão de mármore que ficava no centro da cozinha.

Ela o encarou com uma expressão de quem havia aprontado e logo abriu um sorriso travesso.

— O que está fazendo aqui uma hora dessas? – Perguntou ele se aproximando e ficando do outro lado do balcão, de frente para ela.

— Comendo! – Respondeu Micaela erguendo um sanduíche que estava escondendo.

— Você desceu no escuro? Quantas vezes já te disse para não fazer isso? É perigoso! E se você tropeçar?

Julgado. Um passado de Nicolas Lambertini - #2Onde histórias criam vida. Descubra agora