Capítulo 36

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Lua On

Estava dormindo lindamente quando acordei com o som da campaínha, sério, tão me acordando uma hora dessa. Nem pensem que são 11 horas ou 12 da manhã, não são a merda de 5 horas da manhã. Me levanto com cara chateada mesmo.

Vou a abrir a porta.

Lua: Quem é a desgraça que se atreve a me acordar a uma hora dessa? - depois dou de cara com Biel cheio de sangue na blusa mancando. - Ei, o que aconteceu?

Biel: Meti numa briga, matei ele, mas ele me agrediu com uma garrafa na barriga e nas costas.

Lua: Entra, vem aqui. - seguro ele e o ajudo a entrar. - Vem pro meu quarto.

Fomos e pedi que ele tirasse a roupa toda pra lavar, dei-lhe uns calções moletom dele que eu usava desde que a gente namorava. Ele se sentou na cama, vi ele cheio de sangue.

Liguei a tv para haver barulho de fundo, eu sou assim.

Peguei uma tigela com água quente, e a caixa de primeiros socorros.

Ele se sentou no meio da cama, andei de volta dele limpando o sangue que escorria com uma toalha e a água quente.

Biel: Tá ardendo.

Lua: Depois vai arder mais. - ele bufa e eu rio. - Porque veio aqui e não foi ao hospital?

Biel: Porque eu queria que quem me ajudasse fosse você, e no hospital irião fazer perguntas. - abano a cabeça afastando os meus pensamentos.

Lua: Agora vem a parte mais difícil. - ele me olha. - Você aguenta? - ele me olha confuso. - Você tem vidro da garrafa nos dois ferimentos, vou ter de tirar. - ele faz cara de manha.

Biel: Senta no meu colo. - assim o fiz.

Peguei a pinça, tirei um bocadinho de vidro e ele queixou-se de dor, coloquei a minha mão em volta do ferimento sentindo Biel se arrepiar.

Lua: Me dê sua mão. - juntamos nossas mãos entrelaçando os dedos.

Tirei o último caco de vidro que tinha naquele ferimento, senti a sua mão apertar muito a minha.

Lua: Vamo já fazer o curativo desse lado. - peguei em água oxigenada.

Coloquei em um bocado de algodão. Segurei a sua mão novamente, coloquei o algodão logo.

Biel: Ahhh, você é louca menina. Que má. - ele resmunga.

Fiquei um tempo a fazer pressão com o algodão, 5 minutos depois tirei, peguei no penço grande e coloquei.

Lua: Só falta o de trás. - ele força um sorriso.

Me levanto e me sento atrás dele. Pego o pano com água e limpo como fiz no primeiro ferimento. Segui esse procedimento, o que lhe custou mais foi tirar os pedacinhos de vidro, ainda mais porque ele tinha um relativamente grande.

Coloquei água oxigenada em mais um bocado de algodão. Quando coloquei o algodão logo, ele ia se arquear mas eu abracei ele por trás com o algodão.

Biel: Isso tá ardendo muito, Lua.

Lua: Arderia mais se eu fosse passando devagar.

Biel On

Senti ela afastar-se, e antes de tirar o algodão senti beijos serem distribuídos pela minha coluna, aliviando surpreendentemente a dor. Depois senti ela tirar o algodão e colocar o penço.

Lua: Está bom?

Biel: Obrigado, até foi melhor do que seria no hospital. - ela ri.

Guarda tudo e mete o que tem que meter pra lavar.

Biel: Sabia que você tinha ficado com esses shorts. - falo me referindo aos que eu havia vestido, e que ela me havia dado.

Lua: A gente havia terminado e se afastado, mas eu na altura quis na mesma ficar com algo que fosse seu. - ela se senta na minha frente. - Vê? Eu poderia ser médica.

Biel: Agradeço os seus serviços doutora. - falo igualmente debochado.

Ela ia se levantar ficando de joelhos na cama, puxei ela pra mim. Ficamos de expressões sérias.

Biel: Volta pra mim... - peço sussurrando.

Lua: Tá fora de questão. - ela diz e sai. - Pode dormir, eu tô na sala. - bufo e durmo na cama dela.

Admito que dormi muito bem com o cheiro dela.

***

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