Before you and after you 1ª/2ª Temporada

Capítulo 6

-Claro – animado – quando for melhor para a senhorita – não conseguia disfarçar a alegria que estava sentindo por ela aceitar trabalhar para o mesmo.

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20:00

-Vai sair novamente? – Mariana olhou para o marido que estava todo arrumado procurando a chave de seu carro.

-Tenho que resolver um problema – procurava a chave debaixo do sofá – coisas da empresa – achava melhor a esposa ficar de fora da reunião pelo menos dessa primeira.

-Coisas da emprega? – riu irônica – Poupe-me – levantou-se do sofá irritada – Só espero – seria – que não esteja me traindo com uma baranga qualquer – irritada com a possibilidade da traição – Já não basta o que estou sofrendo por causa do sumiço de Amy – cruzou os braços o encarando.

-Eu não estou te traindo – a fitou indignado parando de procurar a chave por um segundo – Nunca faria isso – sincero – As vezes parece que não me conhece – bufou impaciente.

-Depois que roubaram minha filha de mim – apontou para si mesmo – eu não confio em mais ninguém – ia saindo da sala, mas fitou o marido antes – Sua chave está em cima da mesa da cozinha – começou a subir as escadas – uma boa reunião para você – disse ironicamente e sumindo após.

Ele levantou-se lentamente bufando. Aquilo era tão cansativo, a relação estava totalmente desgastada e a esposa conseguia piorar tudo. Falava de uma maneira como se ele fosse culpado pelo que tinha ocorrido. Precisava encontrar a filha para assim conseguir reorganizar a vida deles como casal. Traição? Como assim? Ele nunca faria isso com ela, mesmo estando na seca a mais de anos. Pegou a chave do carro e saiu rumo ao escritório de Anahí.

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-Certeza que não quer que eu fique e trabalhe mais tarde com a senhorita? – Maite tinha acabado de entregar o jantar para Anahí que estava em seu escritório mexendo em umas papeladas – Não é bom ficar sozinha aqui – claramente preocupada com a patroa.

-Já disse para ir – apontou para a porta de saída da sala – Eu vou ficar até mais tarde – folheava os inúmeros papeis que tinha na mão – Até amanhã – seca.

-Tenha uma ótima noite – sorriu de lado e saiu da sala da mesma em seguida.

Maite era uma mulher simples divorciada e sustentava seus filhos sozinha com o dinheiro que recebia como secretaria. Sempre sonhou em trabalhar para Anahí Giovanna a investigadora de quem tanto lia artigos e reportagens e mesmo não sendo tratada da maneira que esperava pela mulher que admirava não pensava em deixar o emprego até porque tinha duas bocas para alimentar.

Anahí analisou os diversos documentos por alguns minutos e depois deu-se ao luxo de comer o sushi que tinha pedido a secretaria para lhe trazer. Mastigava lentamente a comida aproveitando cada segundo de descanso enquanto jantava. Estava acabada e ainda nem tinha terminado a noite. Foi interrompida com batidas na porta de sua sala.

-Pode entrar – pegou um guardanapo limpando a boca – Está aberta – avisou a pessoa em seguida.

-Licencia? – Alfonso entrou no cômodo lentamente fechando a porta em seguida – Olá – sorriu de lado a mulher que estava a sua frente.

-Fique à vontade – levantou-se e apontou para a cadeira em sua frente – sente-se.

Ele caminhou até a cadeira e sentou-se sem deixar de reparar aquela mulher em sua frente. Como era possível ter ficado mais atraente daquele dia para esse? Ela era definitivamente a mulher mais bonita que ele já tinha visto na vida. Seu rosto era angelical, os olhos faziam ele se perder de tanta beleza e a boca era carnuda e chamava a atenção de uma forma que ele não sabia explicar.

-Desculpe-me – colocou o último sushi na boca e mastigou rapidamente – Dia muito corrido – limpou a boca delicadamente.

-Eu imagino – sorriu – Deve ser uma loucura isso aqui – passou os olhos pela sala admirando a beleza e luxo do lugar e depois voltou seu foco a Anahí – Parece exausta.

-Oi? – terminou de beber seu copo de água e o fitou sem entender o porquê ele dizia aquilo.

-Digo – coçou a cabeça nervosamente, hábito que ele tinha – Está com cara de quem está tensa eu reconheço de longe – forçou um sorriso.

-Só cansada do trabalho mesmo – disse meia desconfiada – Mas vamos começar? – mudou de assunto.

-Vamos – ajeitou-se na cadeira – Estou preparado e ansioso para isso – resolveu ser sincero – Tenho esperanças de que me ajudará.

-Eu farei o possível – pegou um óculos de grau e colocou no rosto, os óculos era grande e transparente o que valorizava ainda mais sua beleza – Deixe-me só pegar meu papel – procurava o papel em sua gaveta.

Ele nem chegou a escutar o que ela tinha dito. Ficou vidrado no rosto dela com aquele óculo, ela estava extremamente sexy, ele podia jurar que ela era uma daquelas atrizes de filmes pornôs e aquilo começou a mexer com ele de uma maneira surreal.

-Como era a relação de vocês com os familiares? – achou o papel e iniciou as perguntas sobre o caso.

-Bem – tentou se concentrar – A minha família e a dela sempre apoiaram o nosso namoro depois nosso casamento e ficaram muito felizes com a chegada da nossa pequena – tentava recorde-se daquela época – Somente um primo e um irmão dela que não gostava muito da ideia, mas apenas por ciúmes.

-Acha possível que algum deles tenham planejado fazer algo para atingi-los? – ergueu a sobrancelha o encarando seriamente o que o deixava mais excitado.

-Na época investigaram esse primo dela, mas foi constatado que ele não tinha nada com isso – bufou – e o irmão ele foi encontrado morto bem antes de Amy desaparecer. Então, sem chances de ter sido ele – sincero.

Ela assentiu, anotava tudo com cuidado e dedicação o que o deixava totalmente seguro de que iriam encontrar Amy.