Before you and after you 1ª/2ª Temporada

Capítulo 4

-Eu disse que não adiantava – Alfonso dizia impaciente – Não podemos mudar o fato dela não querer – andava de um lado para o outro – o negócio é procurar outra pessoa e esperar – bufou desesperado.

-Estou farta de esperar – tacou o copo em que bebia água na parede com tudo fazendo ele se espatifar em vários pedaços de caco ecoando um som muito alto – Tudo isso é sua culpa – berrou com o marido e saiu da sala rumo ao seu quarto.

-Minha culpa? – gritou sozinho na sala – Só que me faltava – encheu o copo de whiskey e o virou com tudo goela abaixo.

Para ele estava sendo cada dia pior viver com Mariana, tentava fazer de tudo para agradar a esposa ou até mesmo lhe passar confiança de que iriam encontrar a filha desaparecida, uma confiança que ele mesmo já não tinha, porém cada dia que passava as coisas só se agravavam. O que mais desejava no momento era encontrar a pequena Elyse e voltar a amar a mulher como amou há tanto tempo atrás. Sentou-se no sofá com esses pensamentos e com a garrafa de whiskey na mão onde tomava direto do frasco só assim para acalmar-se um pouco e encarar o tanto que as coisas iriam se complicar dali em diante.

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Anahí estava em seu quarto passando hidratante e suas pernas e olhando-se no espelho. Seus pensamentos estavam longe, na verdade, estavam no dia que tinha passado. Lembrava-se das duras palavras que aquela mulher histérica lhe disse em seu escritório e por mais que parecesse tudo uma loucura de uma mãe desesperada sabia que havia verdade em suas palavras. Ela nunca tinha amado ninguém na vida e tinha certeza de que nunca teria filhos, pois na sua concepção queria ter filhos com alguém que a amasse profundamente e que desse a vida pelo filho deles. Além disso, tinha a conversa com Dulce que estava latejando em sua cabeça, outra que tinha ração, sua relação com Guilherme que claramente era apenas sexo. Por mais que quisesse se convencer do contrário e de que eram profissionais, sabia que tudo girava em torno do bom sexo que faziam e como era bom. E, por fim, tinha a imagem daquele pai em sua cabeça... Alfonso era o nome dele. Por um momento pegou-se pensando nele, parecia um homem sério, era extremamente sexy com aquele olhar de tirar o folego e o mais importante que ela não poderia esquecer era o desespero dele por encontrar a filha e claro, que era casado e provavelmente tinha uma relação ótima com sua esposa. Aquela mulher histérica tinha sorte de ter aquele homem ao seu lado, algo que ela nunca teria com Guilherme e com toda certeza com nenhum homem que conhecesse, pois como era sortuda em escolher só homem que não presta. Terminou de passar o hidratante no corpo e deitou-se em sua cama enorme, mas ao mesmo tempo solitária com ela sozinha ali. Pensou em ligar para Guilherme e convida-lo para um sexo, mesmo sabendo que ele não dormiria ali e preencheria aquele vazio, porém desistiu e com pensamentos voltados aquela família que tinha acabado de conhecer dormiu profundamente.

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-Ele está arrasado – Christopher pronunciou-se enquanto cortava fatias finas de morangos maduros colhidos na hora.

-Eu conversei com ela – indagou a noiva – Porém sabe como ela é cabeça dura – pegava o creme de leite na prateleira – Mas quem sabe – deu de ombros colocando o mesmo em uma tigela grande – Falta só os morangos – mexia delicadamente a salada de fruta preparada por ambos.

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Pegou seu celular sem ao menos abrir os olhos e automaticamente desligou o despertador que tocava insistentemente. Mais um dia, mais uma quinta-feira e nem precisava dizer o tanto que ela seria corrida. Levantou-se depois de uns minutos enrolando na cama e foi direto para o banheiro, onde tomou um banho quente e fez sua higiene matinal. Voltou-se para seu quarto e começou a se arrumar para o trabalho. Colocou uma calça preta de cintura alta, uma blusa social de cor azul clara, um scarpin bege nos pés e uma maquiagem leve e impecável. Terminou com joias caras no pescoço e no braço, além de um rabo de cavalo alto na cabeça deixando os cachos caírem em uma cascata.

-Bom dia – Dulce sorriu a irmã que tinha acabado de adentrar na cozinha já pronta para o trabalho – temos salada de frutas hoje – colocou a tigela no centro da mesa e sentou-se ao lado de Christopher.

-Aconteceu algo? – Ele serviu ambas – Está com uma cara nada amigável -sorriu a cunhada lhe entregando uma tigela com uma boa quantidade da salada.

-Apenas pensando no meu trabalho – colocou uma colherada na boca – Isso está magnifico – fechou os olhos saboreando lentamente a mistura das frutas – precisava disso para dar um animo em meu dia.

-Algum caso em específico? – a irmã perguntou enquanto também saboreava as frutas que havia preparada com todo carinho com o namorado.

-Sim – abriu os olhos – O do tal amigo de Christopher – olhou para o cunhado – passei a noite toda pensando no caso e acho que aceitarei o desafio – terminou de comer lentamente.

-Eu não acredito – Ele arregalou os olhos e abriu um enorme sorriso – Poncho ficará muito feliz – levantou-se rapidamente – Você vai trazer a pequena Amy para casa – não conseguia esconder a felicidade ao pensar nessa alternativa.

-Farei o possível – ela levantou-se e pegou sua bolsa da Michel Kors na cor preta – Porém já se faz quatro anos. Então, - fez uma pausa – Enfim, preciso ir – ia saindo, mas parou quando escutou a irmã chama-la.

-Tenho certeza de que fez a escolha certa – sorriu sincera – Bom trabalho.

Anahí apenas assentiu e saiu da casa rumo ao seu escritório. Chegou no mesmo depois de 40 minutos de trânsito. Odiava aquele trânsito de manhã e já estava extremamente irritada com aquilo, o que a fazia pensar que seu dia seria uma merda total.

-Bom dia – passou por Maite sem ao menos fita-la – Traga-me um café bem forte e sem açúcar – ordenou – e as papeladas que preciso assinar.

-Bom dia – a seguia meio que correndo já que ela dava passos largos – o doutor Guilherme está lhe aguardando em sua sala – disse rapidamente e apavoradamente.

-Como assim em minha sala? – parou de caminhar e fuzilou a secretaria com o olhar – Está pensando o que? – irritada – Ninguém tem permissão para entrar em minha sala e sabe bem disso.