Capítulo 13

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-Não – seria – Só vai me atrapalhar – insistiu – Olha, eu tenho muito trabalho pela frente – sincera – assim que souber de algo eu te informo – começou a digitar algo em seu computador.

-Tudo bem – bufou levantando-se -se – Será que tem pelo menos como pensar nessa hipótese? – insistiu – Só pense um pouco mais – pediu.

Ela o olhou e fez careta negando em seguida – Vou ver o que consigo fazer – disse por fim – Agora me deixe trabalhar – apontou para a porta de saída.

-Será que posso ficar com isso? – segurou o desenho da filha – Eu só queria poder olhar para ela mais vezes – sincero.

-Tudo bem – assentiu já cansada da presença dele – Fique com isso e saia daqui – ordenou.

-Obrigada – abriu um enorme sorriso e saiu de sua sala.

---X---

Assim que se deitou em sua cama segurou o papel com o desenho de Amy. Como ela estava linda e a cara da mãe dela. Ele não conseguia conter o sorriso e as lagrimas que caiam sem esforço algum. Na frente da detetive ele não transpareceu as emoções, já que ela é toda durona, mas o que realmente queria era apenas chorar vendo sua princesa. Mandou uma mensagem para Christopher imediatamente pedindo para ajudá-lo a convencer Anahí de levá-lo atrás do que seja que ela ia procurar e depois ficou apenas admirando o rosto da filha com esperança de a encontrar o mais breve possível.

----X----

Passou-se duas semanas. Mariana continuava na casa dos pais e sem ter nenhum contato com o marido ou com informações da filha já que seu pai fazia questão de a deixar longe de Alfonso e de toda investigação. Anahí teve alguns imprevistos com um caso anterior ao de Amy e acabou tento que adiar a viagem, mas estava cem por cento focada e não deixava um dia se quer sem analisar ou estudar mais sobre como tinha sido investigações anteriores. Alfonso estava totalmente nervoso e ansioso sem notícias alguma de como estava andando a investigação já que Anahí não tinha mais entrado em contato com ele, sabia apenas por Christopher que ela não tinha viajado ainda.

-Você tem certeza? – Christopher insistia enquanto via Anahí arrumar as malas – O que custa deixar ele ir com você? – indagava – Ele só quer poder participar de tudo.

-Pelo amor – o fitou irritada – Fique quieto – ordenou – Eu não vou permitir por conta do meu trabalho – voltou a fechar a mala – me deixe em paz.

-Eu o avisei – informou – estará aqui daqui a pouco – disse com medo da reação da mesma.

-Você o que? – o olhou com ódio – Eu espero que seja mentira – aproximou-se dele – Não tem direito de se intrometer no meu trabalho – apontava o dedo na cara dele – Pensa que é quem? – gritou raivosa, mas foi interrompida pelo toque da campainha.

-É ele – Christopher agradeceu, pois estava com medo da reação da cunhada – Vou abrir a porta – saiu rapidamente.

Anahí respirou fundo e contou até dez para tentar acalma-se. Não era possível que aquilo estava acontecendo com ela. Como ele podia ter feito aquilo? Ela terminou de arrumar a mala e foi até a sala onde encontrou Alfonso parado ao lado da porta.

-Está pronta? – Ele sorriu assim que a viu – Podemos ir? – ansioso para reencontrar a filha.

-Eu ainda não acredito nisso – negou irritada – Você vai me pagar – mirou Christopher com odeio – Vamos logo – saiu da casa na frente e logo foi seguida por ele.

Entraram no carro de Alfonso e seguiram rumo ao aeroporto mais próximo. Ela estava em total silencio e nem olhava para o rosto dele. Ele não estava entendendo muito bem o que estava acontecendo e resolver perguntar.

-Por que a Suíça? – indagou enquanto dirigia calmamente até o destino de ambos.

-Não te interessa – grossa – Não sei nem porque você está indo – disse firmemente – Não irei te contar nada da investigação.

Ele a olhou e viu que ela estava com a cara fechada e percebeu que ela permaneceria daquela forma então estacionou o carro e a fitou – Eu não sei o porquê desse seu mal humor todo – sério – Mas não sou obrigado a isso – desligou o carro – Qual o problema?

-O problema? – riu debochada – o problema é que você não trabalha comigo e eu nem te conheço – fria – Tem que entender que não pode ir comigo e se meter assim no meio de meu caso.

-Eu só quero encontrar minha filha – bufou irritado – Qual a diferença se eu estiver lá? – ergueu a sobrancelha.

-A diferença é que você vai me atrapalhar e por em risco tudo que tenho planejado – explicava – sei que quer reencontrar sua filha, mas precisa confiar em mim – pediu – Veio atrás de mim para achar sua filha então, me deixe fazer meu trabalho – disse obvia – Por que não vai cuidar de sua esposa ou sei lá – sugeriu – Eu vou te manter informado – avisou.

-Tudo bem – engoliu seco as palavras que ela lhe disse – Eu te deixarei no aeroporto – avisou e ligou o carro novamente seguindo rumo ao aeroporto.

Foram exatamente trinta minutos para chegar ao destino, o caminho foi um silencio total sem nenhum fazer esforço algum para puxar papo. Ele estacionou em frente a entrada e a esperou sair, assim que ela fez ele acelerou indo embora.

-Eu mereço – bufou adentrando ao aeroporto – Que susto! – disse após Guilherme a abraçar por trás.

-Eu vim para nossa lua de mel – riu beijando sua nuca.

-Sai de perto de mim – afastou-se dele imediatamente – Veio para me ajudar? – ergueu a sobrancelha – resolveu seguir meu conselho?

-Talvez – deu de ombros pegando o passaporte – Estou sem trabalho para o momento e resolvi me divertir com você.

Ela revirou os olhos e seguiram até o embarque do aeroporto juntos. 

Before you and after you 1ª/2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora