Capítulo 7

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Ela assentiu, anotava tudo com cuidado e dedicação o que o deixava totalmente seguro de que iriam encontrar Amy

Ficaram horas dentro daquele cômodo conversando sobre o dia do desaparecimento de Amy e todos os possíveis envolvidos no caso. Assim como o histórico da família, amigos e outros conhecidos de Amy e do casal.

-Acho que terminamos por aqui – Ela fechou a agenda e fechou os olhos massageando as têmporas – Eu vou analisar amanhã com calma – abriu os olhos e o fitou – e depois marcamos novamente. Irei puxar o processo que foi aberto e pedir para analisar o que for possível.

-Eu nem sei como agradecer – sincero – Por ter me recebido nessa hora – fez uma pausa – Está nítido que está bem cansada – a fitava preocupado.

-Agora já vou para casa – levantou-se pegando sua bolsa – Só chamar um taxi – pegou seu celular – e finalmente relaxar – sorriu de lado enquanto digitava algo no mesmo.

-Não precisa pedir taxi – levantou-se – Eu lhe dou uma carona – ofereceu-se – Não se deve andar sozinha essas horas na rua – sério – Não vai custar nada.

-Eu não quero te incomodar – o olhou – Sério, já estou acostumada a ir embora nesse horário – dizia tranquilamente.

-Eu faço questão – foi sério – Por favor, deixe-me lhe levar eu ficarei mais aliviado – sincero.

-Tudo bem – desistiu estava cansada demais para uma discussão naquele momento – Vamos – apontou para a saída.

Alfonso a acompanhava vendo-a trancar o escritório com toda delicadeza e cuidado do mundo. Entraram no elevador e a mesma apertou o botão que os levariam ao térreo do prédio, mas de repente o elevador parou e as luzes foram apagadas.

-Eu não acredito nisso – ela bufou apertando todos botões possíveis de uma vez – Não pode estar acontecendo isso comigo – choramingou.

-Vamos tentar esse – aproximou-se dela para apertar o botão emergência, mas aproximou-se muito dando para sentir a respiração quente da mesma – Ele não funciona – apertou rapidamente o botão e afastou-se.

-É horário d troca de turno – observou a hora no relógio – Provavelmente não estão onde deviam estar – disse raivosa – Isso não pode estar acontecendo – andava de um lado para o outro.

-Mantenha-se calma – disse sentando-se no chão – Droga – mexia no celular – Aqui não tem sinal.

Ela bufou encostando as costas na parede fria do elevador e fechando os olhos contando até 10 para não dar um chilique ali mesmo.

-Sente-se aqui – colocou a mão no chão do elevador ao seu lado – tente relaxar um pouco – sugeriu – Está bem cansada.

-Eu não quero – abriu com olhos com raiva – Eu só quero sair daqui – socou a porta do elevador diversas vezes até desistir por conta do cansaço.

Ele arregalou os olhos. Aquela mulher era doidinha e isso o fez gargalhar alta em meio aos pensamentos.

-Qual é a graça? – o olhou indignada – tenho cara de palhaça por acaso?

-Não é isso – negou – É que você é muito diferente do que eu pensei que seria – sorriu de lado.

-Como assim? – ergueu a sobrancelha sem entender o que ele estava falando – Diferente? – tirou os sapatos altos ficando descalça e mais confortável, em seguida, colocou a bolsa no chão e aguardou a resposta dele.

-Você é bem diferente uai – deu de ombros – Imaginava que seria uma velha resmungona com ódio de tudo na vida – sincero.

-E por que achava isso de mim? – abriu os braços com a cara de dúvida – Velha resmungona? – indignada – qual é?

-Bem – deu de ombros – Você não é uma velha – sério – Agora resmungona eu acertei – gargalhou.

-Só pode estar de brincadeira com a minha cara – rolou os olhos – Tenha respeito a minha pessoa – seria – Sou uma mulher que deve respeito – cruzou os braços fazendo um bico sem ao menos perceber.

-Desculpe – preocupado com a reação dela e medo de ter ultrapassado o limite que havia entre ambos – Só queria te acalmar e deixar menos tensa – passou as mãos no cabelo nervoso.

Ela o fitou em silencio com a cara fechada, porém depois de uns segundos resolver falar algo – Desde quando coça a cabeça quando fica nervoso – sentou-se no chão ao seu lado.

-Coçar a cabeça enquanto fico nervoso? – cerrou os olhos – Eu não faço isso – negou.

Ela riu pelo nariz e negou com a cabeça divertida – É apenas uma observação de uma mania tua – sorriu de lado – pelo menos sabe agora.

-Deve ser bem estranho ser seu namorado – gargalhou – digo, o seu namorado deve andar na linha, pois senão tu descobres tudo – ainda ria da possibilidade.

-É – ela fez careta – Vai ver é por isso que não tenho namorado – riu ironicamente.

-Não tem namorado? – ergueu a sobrancelha – Como isso é possível? Digo, você é inteligente, bonita e resmungona – riu a fazendo rir também.

-Não sei – deu de ombros – Talvez não tenha homens nesse mundo para a investigadora Anahí Giovanna – riu irônica.

-Eu achava isso – a olhou surpreso – Que nenhuma mulher me merecia – riu fofo – Mas ai conheci minha esposa e simplesmente tudo mudou – lembrou-se de como tudo tinha começado – Me apaixonei e descobri o que era amor – sincero – Ai, fiz de tudo para ela me merecer – a fitou.

Ela não sabia explicar, mas sentiu um incomodo muito grande com aquela fala dele. Eles eram tão perfeitos juntos, algo que ela nunca chegaria a conhecer.

-Depois – ele continuou – casamos muito apaixonados e tivemos nossa princesa – sorriu bobo – o fruto do nosso verdadeiro amor. 

Before you and after you 1ª/2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora