Capítulo 10

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Minimaratona [3/5]

-Eu quero minha filha – sussurrou perdida – Traz minha filha para mim – implorou – Me ajude ter minha princesa – fitou Anahí que tomava seu café observando tudo – eu imploro – sussurrou.

Alfonso olhou para o estado da mulher e derramou lagrimas atrás de lagrimas. Ela estava mais fragilizada que nunca. Ele precisava a ajudar e precisava da filha ao lado deles. Ele a levantou e fitou Anahí – Desculpe por essa cena – pediu – vou leva-la para casa – avisou.

-Tudo bem – terminou o café entregando a xicara e pires a sua secretaria – Depois disso, eu preciso de uma reunião com você – seria – É importante – alertou.

-Eu só vou leva-la até a casa de seus pais e volto para tratarmos desse assunto – indagou – Até mais – forçou um sorriso e saiu dali acompanhado dos seguranças.

-Meu Deus – Maite fitava a patroa com os olhos e boca arregalados – Ela está em estado de pânico.

-Talvez – Anahí deu de ombros não ligando para aquilo – Traga para mim os papeis sobre o caso de Amy Guender Rodriguez – ordenou – vá rápido – gritou e apontou para a porta de saída.

Maite assustou-se com a ordem dada por um grito e saiu apressadamente para fazer o que a patroa havia lhe pedido. Depois de trazer o caso Anahí o analisava novamente tentando entender o que havia de errado naquilo tudo e o porquê alguém querer sequestrar a menina. Nada encaixava-se no caso. Não tinha suspeitos nem nada e para ajudar a única pessoa que estava com a menina era a mãe que parecia já estar pirada ou louca. Ficou uma hora analisando tudo e pensando em possibilidades até a secretaria anunciar a chegada de Alfonso.

-Licencia – ele pediu ao entrar na sala – disse que precisava conversar comigo – visivelmente abalado – alguma notícia?

-Sente-se – apontou para a cadeira em sua frente e o mesmo sentou-se – Eu preciso de mais detalhes – o olhou seria – Quero saber mais sobre a sua esposa.

-Quer conversar com ela? – sugeriu – acho que ninguém melhor para lhe contar sobre tudo que ocorreu no dia do sequestro – gesticulava com as mãos.

-Não me leve a mal – o olhou por cima dos óculos – Mas sua esposa não está em condições de me ajudar e pelo contrário só vai atrapalhar a investigação.

Ele calou-se e a olhou incrédulo. Como podia falar assim de uma mulher que estava há anos sem ver a filha?

-Bem – ela voltou a pronunciar-se – Andei pesquisando sobre a família de sua esposa – folheava os papeis que tinha em cima da mesa – E vi que tem bastante dinheiro envolvido – o filhou – Uma empresa conhecida, não?

-Sim – concordou sem entender o porquê daquilo tudo – Ele trabalha no ramo da moda – esclareceu – tem várias lojas e empresas pelo país.

-Estão somente no nome dele? – leu o papel que tinha na mão – certo?

-Sim – assentiu – somente no nome dele e de mais ninguém – deu de ombros – nunca entendi o porquê disso – sincero.

-Ele não disse para quem vai deixar tudo assim que falecer? – ergue a sobrancelha na dúvida sobre a possível pessoa com quem iria ficar tudo aquilo.

-Olha – fez uma pausa tentando lembrar de algo – Isso nunca foi dito por ele – sério – Mas somente minha mulher entende do ramo e, também, o único filho homem dele foi morto – deu de ombros – talvez fique com algum neto eu não sei – sincero – Nunca me importei com isso.

-Entendo – assentiu anotando alguma coisa em seu caderno – Eu pesquisei sobre a morte do irmão dela – o olhou seria – Ele morreu em uma briga de bar? E foi enterrado logo em seguida?

-Isso – ele assentiu – Ele morreu depois de envolver-se em uma briga junto com um colega dele – lembrou-se do fato ficando triste pelo acontecimento – A família toda sofreu com essa perda principalmente minha esposa – visivelmente triste – Ele era bem querido por todos, porém não estávamos aqui para o enterro – fez uma pausa – Estávamos fora do pais, eu, Mari e Amy.

-Qual a relação do avô de Amy com você e a neta? – tentava descobrir o máximo que conseguia.

-Ele a amava – sorriu ao lembrar-se – era a princesinha dele – riu leve – Era a única neta mulher. Então, era um grude só.

-E sua relação com o seu sogro? – insistiu na pergunta.

-Sempre foi ótima – deu de ombros – sempre nos respeitamos e convivemos sem problema algum – sincero.

-Ele tem mais filhos? Netos? – mexia no cabelo começando fazer ele perder o foco nas questões.

-Ér... bem... – tentava tirar os olhos daquela mulher para conseguir responder – Ele tem um neto de dez anos filho do irmão de Mari que faleceu e não tem mais filhos. Era só Mario e Mari – fez uma pausa – e tinha o primo Ezequiel que é tratado como um filho por ele.

-Certo – seria – Última pergunta – voltou seus olhos para o caderno onde anotava tudo – A família de vocês tem casas pela cidade ou pelo mundo?

-Família de minha esposa tem casa de campo há dez horas daqui – relatou o endereço – e um apartamento na Suíça.

-Tudo certo – fechou o caderno – Só preciso agora de uma foto de Amy para poder através da foto saber como ela estaria nos dias de hoje – ajeitou-se na cadeira.

-Eu tenho aqui – pegou o celular – tenho uma foto de um dia antes do desaparecimento – procurava a mesma.

-Passe o arquivo a minha secretaria – pediu – Assim que souber ou precisar de algo eu entro em contato – seria – Obrigada pela presença – estendeu a mão para ele praticamente o expulsando dali. 

Before you and after you 1ª/2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora