Capítulo 23

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MARATONA [5/10]

-Eu – apontou para si mesma – Gosti – sorriu de lado para Anahí.

-Então – levantou-se e estendeu a mão para ela que a agarrou sem problema algum – Vamos agradecer ele, o que acha?

-Naum – escondeu-se dele com medo – quelu não – negava com a cabeça assustada.

-Ei – Anahí estendeu as mãos para pegá-la no colo – Vem aqui – a chamou.

A menina olhou para as mãos de Anahí e ficou muito confusa. Algo dentro dela dizia para ir até a mulher e deixar ser pega no colo, porém o medo que ela tinha das pessoas estava a bloqueando. Depois de muito pensar aproximou-se dela e deixou ser erguida e pegada no colo pela mesma.

Anahí segurou a pequena nos braços e lentamente foi aproximando-se de Alfonso para que a menina entende-se que ele não era uma ameaça e na verdade era a pessoa que mais se importava com ela no mundo, apesar da pequena achar o contrário.

-Ei princesa – ele tentou puxar assunto – Você gostou do que te trouxe? – foi encostar a mão nela, mas viu a mesma agarrar Anahí pelo pescoço com medo do toque dele.

Assim que Amy avistou a mão daquele homem indo em direção a ela em um instinto rápido agarrou o pescoço de Anahí. Não estava preparada para aquilo e o lugar mais seguro que se encontrava no momento era perto da detetive.

-Por que não diz seu nome a ela? – Anahí quebrou aquele clima ruim que tinha se formado e incentivou uma conversa entre os dois.

-O meu nome é Alfonso – sorriu vendo a menina o olhar curiosamente – mas pode me chamar de Poncho – sentiu um aperto no coração, o sonho dele era ver a filha o chamar de papai e não pelo seu nome, mas sabia que no momento nada seria como ele tinha planejado em seus sonhos quando imaginava a encontrar.

-Punxu? – tentou falar o nome dele e arrancou risos de Anahí e Alfonso – Miu é Nina – sorriu fracamente ainda com medo do moço, mas se soltando um pouco mais.

-Nina? – ele arregalou os olhos, aquele não era o nome dela, ela chamava Amy e seu nome tinha sido escolhido com muito amor por Mariana, não podia simplesmente estar atendendo agora pelo nome Nina – Não seu nome é – foi interrompido por Anahí.

-É lindo – sorriu a menina que sorriu de volta – seu nome é muito bonito, não é? – fuzilou Alfonso com o olhar.

-Sim – ele assentiu ainda chateado com aquilo – É um nome lindo – sorriu de lado fracamente.

-É qui – ela colocou as mãozinhas no olho fazendo cara de choro – Nina teim medu de beju – referiu-se ao beijo que viu entre os dois assim que entrou na sala – beju naum gosti – fez bico com os olhos mareados.

-Desculpa princesa – Anahí acariciou seus cabelos – Prometemos que não terá mais beijos, o que acha? – dizia carinhosamente.

Ela assentiu ainda magoada com aquilo.

Anahí deu café de manhã para a pequena e a ajudou a trocar de roupa e se arrumar para saírem. Alfonso apenas observava a cena e estava emocionado com o carinho que ela estava demonstrando ter com sua filha. Seu coração estava muito apertado só de imaginar tudo que a pequena tinha sofrido na rua sozinha e na possibilidade de ter realmente sofrido algum tipo de abuso, só de pensar naquilo seu sangue subia e tinha uma vontade absurda de socar a cara de Mario por fazer a pequena ter passado por aquilo tudo.

Eles seguiram para o hospital onde fizeram um exame de sangue na menina para ter a comprovação de que ela era realmente Amy. Foi realizado um exame de DNA e uma bateria de exames na menina para ver se ela estava com alguma doença e se havia sofrido algum abuso como Anahí suspeitava.

-Não fique assim – Anahí a abraçou de lado – Já passou – colocou a mão levemente onde a menina tinha tirado o sangue – você foi muito corajosa.

-Doie – chorava sem parar – naum quelo isso – repetia sem parar.

-Olha o que trouxe para a Nina corajosa – Alfonso apareceu com um sorvete na mão – O que me diz de tomar um sorvete depois de ter sido tão corajosa?

-Eu quelo – esticou o braço para pegar o sorvete.

Alfonso lhe entregou e a menina se deliciou com o mesmo esquecendo por um segundo a picada que havia recebido.

-Até nisso ela puxou para Mariana – ele olhava a filha com um olhar cheio de afeto e carinho – isso é tão lindo.

-Como? – ergueu a sobrancelha sem entender o que ele estava falando.

-Mari morre de medo de agulha – riu baixo – Amy puxou isso dela e claro a beleza também – sorria boba observando a filha se deliciar com o sorvete.

-Entendi – foi a única palavra que Anahí conseguiu falar. Não sabia por que, mas não gostou daquele comentário, algo dentro dela apertou-se ao ouvir ele falar daquela maneira da mulher e a comparar com Amy.

-Abooo – Amy mostrou as mãos sujas do sorvete – Nina comiu tudinhu – sorriu sapeca – qué maix eu – apontou para si mesmo. 

Before you and after you 1ª/2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora