Capítulo 2

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-Conseguiu fazer o que te pedi? – disse Mariana quando Alfonso entrou na casa de ambos. Ela estava sentada na poltrona em frente a porta só esperando ele chegar.

-Boa noite Mariana – Suspirou pesadamente – Já entrei em contato com um amigo – explicou – Ele disse que me dará uma resposta assim que amanhecer – tirou o terno colocando-o em cima do sofá – Só aguardar.

-Como a noite pode ser boa? – levantou-se irritada – Com minha filha sumida por esse mundo – gritou – Eu não quero mais esperar Alfonso – seria – Eu quero minha filha.

-Ei – a segurou pelos ombros – Pare com isso – ordenou – Vamos encontrar Amy, mas temos que manter a calma – tentou acalma-la – Eu fiz o que estava ao meu alcance – sincero – É necessário esperar.

-Eu espero que essa mulher seja boa o suficiente – soltou-se dele – Minha filha está sumida há quatro anos e preciso dela – derramou algumas lagrimas pelo rosto.

-Ela é boa no que faz – suspirou – Muitas pessoas me falaram sobre e agora que podemos financeiramente tem como acessa-la.

-Sua janta está no forno – seca – Dispensei Guilda não quero ninguém nessa casa hoje – seguiu rumo as escadas – Eu vou dormir – começou a subir os degraus e sumiu em seguida.

Ele bufou sentando-se no sofá sabia que essa investigadora era a última esperança que tinham e estava com medo de tudo não sair como esperava. Dedicou-se esses quatro anos na empresa para conseguir dinheiro suficiente para ser atendido por ela e agora que tudo estava se encaixando o medo lhe dominava. Depois de um tempo pensando resolveu tomar uma ducha gelada no banheiro de visitas e comer a comida que a doméstica tinha lhe preparado para enfim ir até o quarto de hospedes e rodar na cama por horas até finalmente pegar no sono. Fazia anos que Mariana tinha sugerido que o marido dormisse no quarto de hospedes e começasse a frequentar o banheiro de visitas. Segundo ela, não tinha paciência e nem tempo para ficar no mesmo ambiente que ele, pois sua prioridade era o desaparecimento da filha.

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-Como assim Christopher? – Anahí o encarou perplexa – Toda fez que isso acontece você me arruma encrenca – levantou-se irritada – Não pense que só porque é noivo de minha irmã...

-Não é nada disso – a interrompeu – Ele é um amigo meu – levantou-se e aproximou-se dela – Está desesperado atrás da filha – tentava explicar – e demorou anos para ter o dinheiro necessário para te contratar.

-Nossa que horror – Dulce colocou as mãos na boca – Coitado, deve estar desesperado.

-Eu não faço milagres – Anahí argumentou pegando sua bolsa que estava no sofá da casa – Eu preciso descansar – informou – Meu dia foi péssimo.

-Ani espera – ele tentou novamente – Ele vai pagar certinho, por favor – fez uma pausa – tente o ajudar – gesticulava com a mão – prometo que não é encrenca.

-Tudo bem – desistiu – passe meu contato profissional para ele e amanhã dou uma analisada no caso – seria – Estou fazendo isso por amor a minha profissão – avisou – Não porque você me pediu – disse antes de sair rumo ao seu quarto.

Ela adentrou no quarto e foi logo tirando os saltos e a roupa, estava exausta, o dia tinha sido totalmente corrido e cheio de complicações e ainda tinha essa que o cunhado a colocou. Christopher já tinha vindo com histórias assim e sempre no final descobria que era uma farsa e na verdade não se passava de um encontro, mas estava tão cansada que nem fez questão de contrariar. Tomou um banho quente, fez sua higiene pessoal e deitou-se em sua cama onde permaneceu por alguns minutos relendo alguns casos e logo em seguida dormiu.

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-Eu vou com você – Mariana repetia pela milésima vez – Não pode me privar de ver essa mulher e contar tudo que aconteceu – irritada.

-Não assim – terminava de amarrar o nó da gravata – É apenas uma apresentação do caso – explicou calmamente – Não quero correr o risco de ela negar e você partir para cima dela – sincero.

-Está me chamando de animal? – berrou inconformada – Respeite-me.

-Não estou – pegou sua maleta – Só quis dizer que está com as emoções a flor da pele – tentava a acalmar – Eu vou nesse almoço – sério – E se ela aceitar marcamos um jeito de você explicar sua versão da história.

-Não tenho escolhas – deu de ombros – Ficarei aqui te aguardando como sempre – cruzou os braços.

-Eu mantenho contato – foi lhe dar um selinho, mas a mesma virou o rosto o fazendo beijar sua bochecha – Até mais – saiu em seguida.

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-Anahí Giovanna? – Alfonso questionou uma mulher que estava sentada na mesa que ambos haviam combinado de se encontrar.

-Sim – levantou-se e estendeu a mão o compreendendo – Deve ser Alfonso Herrera? – ergueu a sobrancelha.

-Isso mesmo – assentiu não deixando de reparar na mulher, ela era totalmente diferente do que ele esperava. Ela tinha um corpo desenhado, cabelos impecáveis, olhos mais belos que ele já tinha visto e sua boca era uma tentação e tanto. 

-Sente-se – apontou para o lugar em sua frente que estava vazio e sentou-se – Então, vamos direto ao ponto – seria – Christopher me falou de você e disse que pretende fazer tudo isso por fora sem autoridade.

-Autoridade está envolvida nesse caso há anos e nunca deu em nada – sincero – Quero tentar algo particular e todos falam muito bem da senhorita, então, resolvi entrar em contato.

-Tem como me dizer brevemente o que ocorreu, quando e como? – pegou sua agenda e uma caneta.

-Claro – assentiu – Tudo aconteceu quando Amy, minha filha, tinha apenas 4 meses de idade. Ela passou muito mal durante uma festa em família e resolvemos leva-la para casa – lembrava tudo que tinha acontecido – Eu e minha esposa brigamos e acabei saindo de casa para beber – fez uma pausa – quando voltei minha filha não estava mais lá e minha mulher caída no chão sangrando 

Before you and after you 1ª/2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora