Quando finalmente Anne dormiu, que eu sai do quarto, fiquei tão triste por ela, assistir já me deixa chateada, mas poder dizer que viu sua amiga passar por isto é devastador.
Respirei fundo antes de dormir, estava me sentindo cansada embora quase nem tenha andado, então quando finalmente me entreguei ao sono, não liguei para mais nada .
Acordei com Marilla chamando no andar de baixo, hoje é domingo, quando desci não vi Anne, Marilla falou que permitiu ela dormir mais um pouco, concordei e comecei a comer o bolo de chocolate que estava maravilhoso.
O resto do dia se baseou em eu conversando com Anne tentando anima-la, ajudando Marilla e escrevendo um pouco mais de minha história, admito que tudo passou bem rapido até.
Quando despertei na segunda, vi Anne ja arrumada no quarto ao lado para ir a escola, ela estava um pouco mais animada pensando na possibilidade de Sr Berry ter mudado sua opinião sobre a amizade das duas, sei que no final, ela ficará mais triste hoje.
Após o café, fomos até a escola onde as duas se abraçaram tristes, Anne se sentou ao meu lado e se virou para tras na intenção de conversar com sua amiga do peito, mas o professor a interceptou no mesmo momento falando para Diana trocar de lugar com Tillie.
O clima ficou pesado, estava tudo estranho de mais, as meninas estavam tristes e eu e Ruby ficamos meio que sem saber o que fazer, foi no intervalo que deixei elas terem um momento só delas declarando sua total tristeza pelo fim da amizade.
Fiquei la fora junto as garotas mas olhando para o céu, ele estava incrivelmente azul, os passaros voavam livremente e felizes, realmente imaginar ser um passaro deve ser incrivel, voar livre e feliz para se preocupar apenas com o que comer e onde dormir e isso não era assim tão dificil de achar.
Logo após direcionei meus olhos ao pequeno jogo de basebol que os meninos faziam, parecia ser legal, eu queria jogar, mas aceitei que não estava no século certo e que seria muito julgada caso fizesse.
Foi então que como um pedido a se realizar, a bola parou aos meus pés, as meninas encararam o objeto como se fosse algo nojento mas eu não liguei:
-Ei consegue chutar a bola para ca?-Gritou Moody em minha direção.
-É claro que ela não consegue, é uma garota, sempre com seus mimimis.-Fala Charlie, me levantei seria e encarei a bola.
-Se eu fosse voce nao subestimava ela.
-Por que? Garotas são todas iguais.
Os proximos momentos foram precisos, peguei o pequeno objeto e taquei de um modo certeiro bem no meio da barriga de Charlie que gemeu de dor fazendo os meninos arregalarem os olhos, ou no caso de Billy, rir da cara dele.
-É espero que a minininha aqui, não tenha machucado o garotão ai.-Entao me levanto com o olhar risonho de Ruby.-Babaca.-Sussurro entrando.
Ruby veio atras de mim rindo e eu por um momento vejo o que fiz, começo a rir tambem.
Então vou até minha carteira e me sento junto a Ruby que se perguntava por que de Guilbert não ter vindo hoje a escola.
Quando a aula recomeçou, o clima ruim persistiu mas parece que um pouco mais suave.
Foi no final do dia que o professor pediu para Anne levar os livros para Guilbert, Anne saiu tão rabugenta da sala que fiquei ate com medo:
- Por favor Merlya, entregue para mim.-Suplicava e eu como sempre negava.
-O professor falou para você entregar Anne.
-Então va comigo ate a porta.-Fala e eu penso, que não a nisto?
-Tudo bem, mas você entrega.
Então vamos até a casinha simples de Madeira, Anne bateu na porta e ficou chamando por Guilbert nervosa, foi então que a porta foi aberta pelo pai de Guilbert.
Tentei conter meu encomodo, mas caramba, ele parecia bem pior visto frente a frente, Anne estava com os olhos arregalados:
-Desculpe fazer voces esperarem, o Guilbert....-Para e respira fundo.-Ele está la trás cortando lenha .
-Viemos apenas trazer os livros para ele.-Digo não me contendo.
-Ah entendo.-Fala então olha para o cabelo de Anne.-Que lindo cabelo ruivo.
Anne continuava sem reação nenhuma .
-Você é a afilhada dos Cuthberts não É?-Então olha para mim.-E você suponho que seja a que está hospedada la.-Apenas concordamos com a cabeça.-Ouvi coisas boas de voces, mas então, a Marilla continua brava?-Então solta uma risada fraca.
-Pai.-Tomei um susto por ouvir a voz de Guilbert atrás de nós.-Não devia estar fazendo força.
-Ele se preocupa de mais.-Fala se virando para entrar .
-Estas jovens damas tem um assunto urgente com você.- Fala e ele olha para nós.
-Eu pego sua cadeira.
-Não precisa, eu vou sozinho, obrigada filho.-Então virasse para nós.-Mande minhas lembranças a Marilla.
-Eu mando sr Blythe.
Guilbert ainda meio desconfortavel suspira mas se vir á para nós:
-São para mim?-Fala apontando para os livros na mão de Anne.
-An, Sim.
- Ah obrigado, bondade de voces trazerem para mim.
-O Sr...-Ela gagueja, parecia ainda estar em choque.
-O Sr Philips não quer que peça matéria.- Falo e ele me olha concordando.
-Nem eu quero.-Ri encarando os livros.-Pelo menos quero vencer das duas meninas mais inteligentes da sala de modo justo.
-Sim, justamente.
-Também não é como se a matéria fosse dificil para você.
-É mas nao posso me precipitar não é Merlya.-Fala com um olhar zombeteiro.-Ah e aproveitando.
Fala e entra correndo dentro da casa, voltando com um embrulho na mão.
-Isto é para você.- Me da e eu fico confusa.-Espero que goste, era para ru levar a escola mas nao fui.
-Bem, vamos indo então Merlya.- Anne me puxa .
-Até. -Falo e ele abaixa a cabeça.
Estávamos andando de volta para casa quando Anne pergunta:
-Afinal o que é isto?
-Vamos ver agora.-Abro a embalagem é olho la dentro começando a rir.
-E então?
-É um biscoito.
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De repente em Avonlea
Fantasy#1 Século-07/08/2018 #2 Jerry-22/12/2018 #3 Green-22/12/2018 A vida de Merlya não tem sido nada fácil e seu único modo de escapar é se concentrando na linda cidade de Avonlea, habitada pela pequena Anne, personagem onde se assemelha sempre, mas impr...