Capítulo 40

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Assim que abri a porta do local, uma pessoa já quis falar:

-Você já viu as horas!?-Respirei fundo passando por Stella que estava com uma cara de bunda.

-O que ouve?-Angela segurou meu rosto analisando para ver se achava algo.

-Eu só preciso falar com a Sr Jeannine.

-Ela nao está, saiu para resolver algumas coisas.-Respirei fundo mas concordei.

Fui para meu posto e comecei a trabalhar, havia chegado apenas 30 minutos atrasada o que não mudou muita coisa .

Nada de minha patroa chegar, foi então que a porta se abriu e uma senhora com o rosto um pouco vermelho entrou.

-Merlya.-Sr Jeannine falou, vindo em minha direção e me abraçando .-Muito obrigada, você o salvou.

-Vejo que já soube das notícias.

-O Que ouve?-Angela perguntou, quando Stella sai da dispensa e quando ve a senhora corre em sua direção.

-Senhora, não sei se ja soube, talvez estas duas escondam.-Fala olhando para mim e para Angela com soberba.-Mas Merlya chegou super atrasada hoje.

-Eu atrasei meia hora.-Falei nervosa.

-Estou vendo o que esta acontecendo aqui.-Disse a senhora, Stella sorriu achando ser a vitoriosa e eu apenas revirei os olhos.-As coisas estão mal esclarecidas.-Ela olhou para mim na intençao de me fazer continuar.

-Hoje fui levar a lição a casa de Guilbert, quando cheguei la seu pai estava infartando, então o ajudei.

-Ajudou!?-Jeannine falou exasperada.-Ela salvou a vida dele, se não fosse por Merlya o pai de Gyilbert estaria morto.

Angela estava com a não mão na boca surpresa de mais para falar algo, já Stella fechou a cara:

-Agora esta bom para você Stella!?-Pergunto com uma expressão de sarcasmo.

Apenas vi a mulher contrair o queixo de nervosismo e me encarar com raiva.

-Bem, como esta tudo resolvido agora, vamos continuar.-Fala a Senhora.-Claro Merlya, se desejar ir para casa, nao irei contestar .

-Pode ficar tranquila quanto a isto, eu irei continuar hoje.-Ela sorriu concordando e entao voltamos ao que estávamos fazendo.

O dia passou puxado, mas logo eu ja estava voltando com um Jarry curioso para Green Gables:

-Ja decidiu se ira trabalhar com o doutor?

-Pela milésima vez Jerry, nao! Eu sei la, nunca pensei em me tornar médica.

-Admito que seria muito interessante ver uma medica, sabe, sempre costuma ser homens.

-Como assim?-Perguntei com as sobrancelhas unidas .

-É, esse trabalho nao costuma ser feito por mulheres, o máximo que eu vi, foi enfermeiras .

Olhei para frente pensativa, vejo que o trabalho ainda é bem machista, pelo menos isso me fez tomar uma decisão.

-Vou aceitar o convite do médico.

-Nossa do nada?

-Mas voce nao queria saber!?Agora esta questionando!

-Aiai ta bom, fico feliz por isto.

-Obrigada.

Chegando na pequena casa Marilla estava apreensiva sentada mesa e ao me ver, vem rapidamente em minha direção:

-Tudo bem?

-Eu preciso que a senhorita me conte tudo que aconteceu hoje.-Fala e eu suspiro concordando .

Me sentei a mesa junto a todos, Anne nao parava de falar, tive que cortar ela diversas vezes, no final Marilla ficou sem palavras ao me pensar medica e Anne super me motivou, Matteu como sempre ficou mudo.

Fomos entao jantar e por fim fui me deitar respirando fundo, que dia foi esse, uau.

****************

Meu olhos se abriram assim que escutei o barulho da porta de baixo fechando, olhei pela janela e vi a lua pairando alta no céu.

Desci as escadas vendo a ruiva atras de Marilla a reconfortando, em quanto a mesma chorava com um lenço a mão, Matteu olhava o fogo, sem muito saber o que fazer e eu ainda ao pé da escada não entendi nada:

-O que ouve?

-O pai de Guilbert faleceu.-Respirei muito fundo quando ouvi as palavras sairem da boca de Anne.

-Ah nao.

-Sim, parece que nao foi que nem ontem, parece que morreu dormindo.-Marilla falou com a vós tremula.

-Eu....eu nao consigo imaginar como Guilbert esta.

-Rathel foi a sua casa junto a sr. Josephine para resolver os preparativos.

-Seria tão ruim assim se eu perguntar, se podemos ir também?

Marilla ficou pensando um pouco, mas logo concordou se levantando falando que faria isso, Matteu se surpreendeu indo até a irma, ela sussurrou, porem eu ouvi, que queria de certo modo se despedir e ele concordou:

-Guilbert virou órfão como nós.-Anne falou ao meu lado .

-Sim, perder um familiar é muito dificil.

-Sabe, eu nunca conheci meus pais, mas acho que seria ainda mais difícil se eu os tivesse conhecidos, para depois falecerem.

-Admito que nao sei escolher qual seria pior.

Ela olha para mim e concorda.

Fomos então rapidamente a casa de Guilbert no qual estava toda iluminada, Rathel se surpreendeu ao ver a Amiga, mas a reconfortou em quanto chorava indo ao quarto do falecido.

Ao ver Sr Jeannine, a abracei vendo respirar fundo, tentando, eu acho, se controlar para nao chorar.

Quando me solteinde seus braços, observei em volta vendo que Guilbert nao estava na casa, olhei entao para a janela o vi la fora, ao lado do celeiro olhando para o céu.

Fui lentamente em sua direçao que ao me perceber se virou para mim, neste momento pude perceber seus olhos vermelhos:

-Guilbert...

-Pense bem, pelo menos ele foi embora dormindo, acho que nao sofreu tanto.

-Eu sinto muito .

-Muito obrigada, sabe, por que voce me deu mais tempo com ele.-Ele diz e o vejo lagrimas sairem de seus olhos.

Sem outra coisa a fazer, vou e o abraço.

De repente em AvonleaOnde histórias criam vida. Descubra agora