Capítulo 25

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Acreditem ou não, eu fiz o caminho de volta em 7 minutos, quando cheguei na casa eu estava suada e super cansada, respirando rapidamente.

Subi a árvore meio desengonçada e logo ja estava na janela, que sim, estava fechada!

Droga, droga, droga o que eu Fasso?

Ela estava longe de mais para tentar levanta-la a força então comecei a me desesperar, logo alguém surgiria correndo gritando que havia uma casa pegando fogo.

Desci rapidamente e comecei a pensar no que fazer, foi quando uma silhueta apareceu com um lampião na entrada principal de Green Gables, me escondi rapidamente ao ver Rathel bater fortemente na porta dos irmãos.

Ela logo foi aberta, fui me aproximando de pouco em pouco, olhando pelo vidro, eles haviam ido para a sala, então entrei correndo, no mesmo momento em que Anne desce rapido:

-Merlya?

-Anne que susto.

-O que está havendo, que roupas são estas?

-Sao as minhas antigas, as vezes durmo com elas.-Isto em todo não era mentira, as vezes dormia mesmo com minhas roupas antigas por achar mais confortável.

-Entendi, mas por que todo este alvorosso aqui, está hora?

-Uma casa está pegando fogo. -Rathel fala atônica com os olhos arregalados, é Matteu saindo correndo para fora da casa -Vamos rápido.-Agora ela se retirou as pressas.

-Rápido, Anne, pegue os baldes do celeiro!-Marilla fala e Anne sai correndo. -Merlya pegue os cobertores.- Ela estava tão distraída que nem reparou em minhas roupas.

Apenas concordei e subi as escadas rapidamente

Ao chegar em meu quarto, me troquei e coloquei uma coberta sobre os ombros, ja que eu estava com frio tambem.Logo sai em disparada para os quartos pegando em torno de 6 cobertores.

-Depressa! -Escuto Marilla gritar em quanto desço as escadas.

Logo sai da casa junto a elas é fomos ao celeiro onde a carroça servia para colocar muitos baldes e os cobertores.

Subimos rápido em quanto Marilla terminava de prender o cavalo, ela se sentou na parte do"motorista" e começou a correr sigurarei bem firme a madeira para não cair.

Ja estávamos onde tudo começou, meu semblante era fechado, estava quase chorando:

-É a casa dos Gillis.

-Coitada de Ruby.-Anne fala segurando o lampião.

Ao descer pude realmente ver o que eu havia feito, todos estavam desesperados, a família de Ruby chorava e só agora, estando realmente presente na cena eu vi o quão tudo isto é horrível, o que eu fiz!?

Olhei para baixo com os olhos cheios de lágrimas, eu estraguei algo tão bom, deveria ter pensado em outra maneira, devia ter outra maneira!

Me afastei um pouco respirando fundo e me recompondo, cheguei ainda estava triste pela burrice que fiz.

"Tragam mais baldes", eles gritavam a todo momento, escadas foram direcionadas nas janelas e em uma delas Guilbert subiu Sá lido tentando jogar água no fogo que se alarmava ainda mais.

-Sim, olha a família Gillis ali. -Diana falou quando fiquei ao lado Anne. -Viu a Ruby?

-Por que está tudo aberto?

-O que? -Diana pergunta.

-O fogo precisa de oxigênio, se tira e isso dele, ele apaga. -Digo meio que sem querer e com desgosto na voz.

-Sim. -Anne fala se virando para mim. -Me ajude Merlya.

Anne sai correndo me puxando, o que? Nao, não, ela tem que ser a salvadora.

-Voce esta louca não.

-Merlya entenda, se nós duas formos, mais rápido isso acabara.

É foi ai que eu pensei, simplismente consegui fazer a pior coisa possível, teria que ajudar a pelo menos consertar isto.

Concordei pegando os cobertores molhados e fazendo a maior doidura da minha vida.

Subimos as escadas correndo, Anne foi no último quarto em quanto eu fui no primeiro, la eu pude observar Guilbert pela janela, ele juntou as sobrancelhas não acreditando no que via:

-Merlya?-Então Anne para ao meu lado.

-Rápido.

-Anne? - Ele arregala ainda mais os olhos.

Fechei a porta rapidamente e coloquei a toalha.

Descemos fechando tudo, eu tossia fortemente e Anne também, logo saímos meio que cambaleando.

Eu estava tentando respirar, puxando o oxigênio com força em meus pulmões.

-Anne, Merlya. -Diana gritava em quanto corria e nos abraçava.

-Elas estão bem!

-Está tudo bem. -Anne responde por nós duas.

-O que deu na cabeça de vocês? -Marilla pergunta aflita.

-O fogo diminuiu?-Anne pergunta.

-Pelo amor de Deus fala que esse fogo diminuiu. -Falo nervosa.

-Porque vocês fizeram isto?

- Ela falou que o fogo cresce com oxigênio. -Fala Diana.

-Então quando tampamos tudo...

- Ele acaba. -Falo por fim.

- Elas reduziram o fogo. -Jerry gritava sem parar ao meu lado, admito que estava me dando raiva até.

- Como vocês sabiam disto?

-O manual de incêndio do orfanato, não tinha muita coisa pra ler.

-Comigo foi mais ou menos isso também. -Digo por fim, eu quero água, não consigo parar de tossir.

Rachel colocou uma coberta em meu ombro e me levou até onde eu finalmente poderia aliviar minha garganta.

Bebi a água em quanto via o fogo abaixar rapidamente, no final a casa estava toda preta, apenas algumas pequenas partes mostravam a pintura antiga.

Fiquei ao longe esperando tudo realmente se acalmar, até ver alguém no meu lado:

-Novamente insisto em repetir, você é diferente. -Guilbert me olhava ainda espantado.

-Eu sei que sou doida. -Eu não estava rindo, eu estava nervosa comigo mesma pelo que fiz.

-Está tudo bem?

-Nao sei, tudo isso que aconteceu me afetou muito.

-Acalme-se, logo tudo irá retornar ao normal. -Concordo com a cabeça. -E olhe só, ficaremos sem aula, que maravilha. -Solto um pequeno sorriso, não me controlando.

Apenas Guilbert Blythe poderia me fazer sorrir depois do que fiz.

De repente em AvonleaOnde histórias criam vida. Descubra agora