Capítulo 30

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       Andei pela trilha de pedra entre os matos baixos, e cheguei até a varanda, que dos dois lados da porta tinha dois tipos de lampiões pendurados. Respirei fundo e coloquei a mão na maçaneta a girando e empurrando a porta que rangeu quando a abri por completo, dando de cara com uma porta de vidro distante, entrei e fechei a porta. 

       Entrava já na sala, que tinha móveis de cores claras, como os sofás que eram bege, eles formava um quadrado entre uma televisão que estava grudada na parede, tinha uma escada marrom claro no final da sala, e mais para trás uma porta de vidro que por trás dela parecia ter um outro jardim largo, dei alguns passos para frente e vi uma parte da cozinha que tinha um balcão largo no meio dela um fogão ,geladeira e pia um do lado do outro em outra parede.

        Larguei a mochila pesada no sofá e subi as escadas correndo para encontrar minha família, dormindo. No andar de cima tinha um corredor reto um pouco largo, de um lado tinha duas portas e do outro uma. Fui na primeira porta que estava sozinha na parede e a abri dando de cara com o banheiro todo branco, fui na primeira porta do outro lado e então achei os meus pais.

        Eles estava deitados um do lado do outro na cama, retos na cama de casal espaçosa, eu entrei com cuidado e os examinei. Eles mudaram muito nesse um ano que fiquei "desaparecida" minha mãe estava com algumas mechas clareando em seu cabelo castanho, tinha algumas marcas de expressão preocupada em seu rosto, ela estava com uma calça moletom e uma blusa larga que eram minhas, meu pai também estava com as mesmas mudanças que minha mãe.

    Com cuidado dei um beijo na testa dos dois, pedindo perdão enquanto algumas lágrimas escorriam. Fui até o guarda roupa de madeira e peguei um lençol fino que achei, cobrindo os dois e ajeitando suas cabeças nos travesseiros.

    Depois que sai de lá fechei a porta e fui em direção a outra, onde encontrei Guilherme e Carla. O quarto tinha três camas, em um lado tinha duas bem distantes e na outra tinha uma na direção entre os espaços das outras duas onde Guilherme estava deitado, e Carla na outra cama do outro lado, fui até Guilherme já chorando e dei um beijo em sua bochecha depois também o ajeitei na cama assim como fiz com Carla.

      Fui até a outra cama vazia e me joguei nela olhando para cima, sem noção alguma do que eu faria agora. Totalmente perdida, não podendo contar com mais ninguém, estava feliz por estar junto a minha família de novo, mas muito triste por nunca mais poder ver o amor da minha vida e minha segunda família .Teria que suportar essa dor aguda em meu peito pro resto da minha vida?

       Não sei ao certo quanto tempo fiquei lá, olhando para o nada com duvidas que rodavam a minha cabeça, só me levantei de novo para dar mais uma olhada neles.

      Depois desci para o andar de baixo para poder dar mais um reparada na casa. Então resolvi dar uma limpada geral nela já que estava bem empoeirada, dormir não ia conseguir com certeza, precisava ocupar minha cabeça com algo, tinha um outro banheiro antes daquela porta de vidro, entrei nele e encontrei produtos de limpeza. Peguei um baldes e fui  a procura de uma torneira para enche-los. Fui até a porta de vidro que estava com uma chave na tranca, abri e passei para o outro lado. Era mesmo como se fosse um outro jardim, não tinha nenhum tipo de flores mais era tudo coberto de mato para telas. Era bem espaçoso e ao redor tinha cercas altas. Dei uma olhada por cima até achar quase do lado da porta um torneira grande com uma mangueira vermelha desbotada e suja.

        Enchi os dois baldes e voltei para dentro da casa. Achei alguns panos coloquei produtos na água e comecei a passar nos pertences da sala.

       Depois passei para a cozinha, limpei cada cantinho sujo que achava, isso me ajudou a me manter focada nisso e não pensar em mais nada.

        Também passei pano na escada, no andar de cima preferi não mexer.

     E assim chegou o fim da tarde, um vento frio começou a entrar pela janela me deixando arrepiada.

    Fiz oque pude para me entreter enquanto esperava que meus pais e meus irmãos acordassem, depois que tirei o pó de tudo fui ver oque passava na televisão, oque não era nada de interessante, mas continuei olhando para ela. Uma hora ou outra eu ia dar uma checada neles, que dormiam profundamente.

   E assim se passou a noite, e foi chegando a madrugada. Eu ainda sentada no sofá resolvo subir e ficar com os meus irmãos. Entrei no quarto e fui em direção a janela que tinha, essa janela era grande e dava para sentar em uma pequena parte que ela tinha, e foi oque fiz.

   Sentada lá, a frase que tinha dito para Logan latejava em minha cabeça. Estava arrependida, não era para ter dito para ele não vir. Por mais que a dor de despedida tenha doido, se eu não tivesse falado nada, não teria sido a última.

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Poxa :( Pobre Livia, que situação difícil em?

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Beijinhos e até a próxima :)

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No meio da noite Onde histórias criam vida. Descubra agora