Capítulo 43

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       -Eles estão vindo.- Noah diz em seguida, conseguindo escutar o som dos passos próximos que eu não conseguia.

Ao dizer isso a porta de ferro que estava na parede ao lado no canto abre, fazendo um barulho estrondante. Logo reconheci a figura na porta, o mesmo que me perseguiu, e sempre aparecia nos meus pesadelos.

Ao me olhar abre um enorme sorriso que me deu um arrepio de repugnância.

       -Querida Livia! - diz ele com animação enquanto caminhava na minha direção deixando para traz dois caras morenos extremamente altos e fortes na porta. Para e se agacha ao meu lado, com seu rosto muito próximo. Com muita raiva não desviava o olhar e o encarava com ódio.- Quem diria que nos encontraríamos de novo não é querida?!- Diz abrindo outro sorriso debochado.

Olha para os dois cara na porta que andam até a nossa direção.

       -Vamos dar um passeio.- diz se levantando e indo para a porta.

Um dos caras cortam as cordas que nos prendiam nos deixando livres, e bruscamente me puxa por um braço, me forçando a andar me guiando por trás. Passamos pela porta que em seguida foi fechada num estrondo. Caminhavámos por um corredor largo. O cara dos meus pesadelos na frente eu no meio e Noah atrás.

Saindo do largo corredor, já estava em um salão escuro que caia aos pedaços, janelas quebradas, paredes esburacadas e chão de cimento, logo reconheci o lugar, já estivera lá uma vez. Paramos quando chegamos a um ponto onde a nossa frente ao longe tinha no meio uma figura não muito altas com um capuz vermelho que cobria totalmente o rosto e ia até os pés.

       -Mestre, os trouxe.- Um deles anunciou.

A criatura de vermelho andou lentamente até nos. E parou na distancia de seis passos. E lentamente começou a tirar o capuz do rosto..

       -Olá meus queridos, sejam bem vindos! Eu sou Callun- disse ele quando tirou o capuz, deixando a mostra o cabelo preto penteado para traz, o rosto com cicatrizes visíveis e os olhos cor de fogo.

Callun! Ecoou em minha cabeça.

       -Obrigado Dillan.

O cara dos meus pesadelos acenou com a cabeça e deu alguns passos para traz junto com os outros caras, me deixando ao lado de Noah diante de Callun.

       -Creio que nunca nos vimos, mas, já sei muito sobre você senhorita Livia.- ele dizia olhando para mim de um jeito macabro.- Filha mais velha de três filhos, sua mãe é enfermeira, e seu pai advogado. Também sei que conhece bem o hotel não é?- Não respondo mais continuo a encara-lo. - E que ate teve uma relação com...- ele da uma pausa pensativo.- A! lembrei, Logan.

       -O que você quer com agente?!!- Noah grita com ele.

Callun o olha como se não tivesse percebido sua presença lá.

        -Bom, de você? Nada.- diz com pouca importância.- O que me interessa é Livia, o bem mais precioso de muitos lá.- Ele dizia caminhando em minha direção e parando muito próximo do meu rosto.- Sei que tem muita gente que se importa com você, e que você, se importa com muita gente.- ele dizia como um sussurro em meu rosto.- Como vocês jovens são tolos, vai ser fácil cumprir com meus objetivos. Prometo que ninguém vai se machucar, mas para isso você precisa ser obediente.- ele disse quase colocando sua mão em meu rosto.

- Não se atreva a encostar nela!- Noah disse surgindo em minha frente e agarrando o pulso de Callun com raiva.

Dou um passo para traz e vejo Callun fazer um cara de nojo e só com um empurrão joga Noah para longe fazendo o se arranhar no chão.

       -Noah!- tento ir até ele mas Callun me segura pelo braço com força quando dou somente alguns passos. Faz um sinal com a cabeça para Dillan, que caminha com seus ajudantes até Noah.- Por favor, não faça nada com ele.- imploro com os olhos fechados e lagrimas caindo.

       -Não vou fazer, se você me prometer que vai fazer tudo que eu mandar.- ele diz apertando meu braço.

Abro os olhos e vejo os dois ajudantes de Dillan segurar Noah pelos dois braços.

       -Eu prometo.- digo por impulso.

       -Levem o daqui.- ele diz e levam Noah para onde estávamos antes.-Pronto agora podemos tratar de negócios.

       -O que você quer?- pergunto com a voz mais confiante que consegui.

       -É muito simples, e fácil- ele diz virando e costas e dando passos lentos para um pouco longe de mim.- Eu quero que me diga- disse virando para mim.- onde esta a varinha negra celestial.

Foi então que lembrei dela, a única varinha mais poderosa que existia para os lobos e vampiros.

       -Não sei do que esta falando.- me faço de desentendida.

       -A sabe, sabe sim. E você vai me falar onde esta, se não quiser que sua, querida mãezinha se machuque.

       -Você não vai machuca-la.- Falo com um tom de descrença.

       -Na verdade, vou, vou sim se você não cooperar. E é uma coisa muito fácil de se fazer, eu só preciso dar uma ordem.

       -Eu não sei onde esta.- Minto.

       -Tem certeza? Livia.

Fico sem saber oque responder e um silencio é tomado no espaço enorme. Interrompido quando surgi passos calmos e barulho de talheres se batendo.

       -Querida! Chegou na hora certa.- diz ele juntando as mãos.

Aparece então do meu lado uma moça de cabelos castanhos escuros que ia até a cintura e vestia uma calça jeans azul claro e uma blusa regata preta, carregando uma bandeja com uma xícara em cima. Ela aparentava ter uns 20 anos.

       -Gostaria de um chá Livia?- ele diz calmamente enquanto da um gole no seu.

Nego com a cabeça.

       -Essa é Anny , minha esposa.- ele diz segurando a pela cintura.

A moça olhava para baixo e parecia triste.

       -Pode ir agora- ele diz a soltando e sai as pressas de lá com a xicara.- Bom, quero te mostrar uma coisa.- ele diz.- Venha comigo.

Sem pensar o sigo, caminhamos lentamente até uma parte escura do salão. Paramos bem distante no local obscuro.

Em instantes Callun assobia e surgi das sombras, uma criatura.

No meio da noite Onde histórias criam vida. Descubra agora