ARIZONA ROBBINS
Eu sei que você acha que
Eu não deveria continuar te amando, ou te dizer isso
Mas se eu não dissesse, bem, eu continuaria sentindo
Onde está o sentido nisso?(...)
Sinto suas mãos agarrarem minha cintura e beijar minha nuca, fecho meus olhos e suspiro.
— Eu te amo – sussurrou em meu ouvido. Todas as vezes sinto meu coração palpitar com suas palavras de amor.
Girei meu corpo em seus braços e beijei seus lábios finos.
— Eu também te amo – desviei rapidamente meus olhos e vejo uma bolinha de olhos azuis engatinhar no tapete da sala – Olha... – faço um gesto com a cabeça indicando nossa filha
Carina virou o rosto e sorriu
— Ela tá cada dia mais esperta - a morena ao meu lado sorriu orgulhosa – filha... – Carina se ajoelhou e bateu palminhas chamando nossa filha.
A pequena deu gargalhadas inocentes e saiu engatinhando até a mãe.
— Tem coisa mais linda que vocês duas... – pegou nossa filha nos braços e beijou seu pescoço – meu deus, vou morder todinho esse bolinho – começou a distribuir beijinhos pelo rosto da pequena, que dava risadinhas fofas
Meu coração se aquecia em ver as duas sorrindo. Era tão lindo. Me sentia imensamente feliz só em vê-las daquele jeito.
Sinto uma mãozinha tocar minha bochecha e sorrio
— Ma... – minha filha chamou – mom... – chamou novamente
Abri meus olhos e encarei suas safiras brilhantes e curiosas.
— Diga, pedaço de mim
— Cadê mamma? – perguntou inocente
Ella ainda se lembra da mãe. Sempre pergunta. Todas às vezes que escuto essa pergunta, meu coração se quebra. Como explicar para uma criança de quatro anos, que a mãe está morta?
Eu não tenho estruturas pra isso.
— Tá com o papai do céu – sinto meus olhos marejarem. Era o modo que eu tinha de explicar para ela que sua mamma não estava entre nós, e nunca iria voltar.
— Papai do céu é bonzinho? – Ella enrolou os dedos nos meus fios e começou a brincar
— Sim, ele é a melhor pessoa de todo universo. – sorrio para ela
— Então ele pode trazer mamma de volta? – sinto sua mãezinha brincar com o decote da minha camisa
— Isso é tudo que mais queria, filha. Mais não é possível – passei minha mão em seus cabelos e beijei sua testa.
— Porquê?
— Porque mamãe tá no céu nos abençoando e guiando nossos passos – peguei sua mãozinha e levei a boca deixando um beijo alí
— Então ela é um anjinho?
— Sim.
— Anjinhos tem asas? – perguntou-me curiosa
— Sim, meu bem.
— Ela pode vir até nós com suas asas de anjo? – sempre tão curiosa esse meu pequeno coala.
Fechei meus olhos com força, para tentar encontrar uma resposta, quando escuto a voz da minha cunhada.
— Ei bonequinha – a ruiva chamou-à animada prendendo toda a atenção da pequena para si – quer sorvete?
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Uma Nova de Vida - Tempero da Alma e Suas Nuances (Livro I) #CONCLUÍDA
RomanceLivro I ''E foi ali, no meio daquela confusão de gritos e correria que a vi pela primeira vez. Juro que no momento que sua silhueta curvilineá surgiu no meu campo de visão, tudo parou. Os barulhos cessaram e as pessoas ao redor ficaram em câmera len...