CALLIE TORRES
Você se lembra de todos os sons, quando eu te achei na beira do rio?
E de como a água parecia chamar seu nome?
Eu nunca vou te decepcionar, nunca vou te decepcionar(...)
Suspirei sentindo a ardência na minha epiderme sendo levada embora com a brisa do vendo que me acoitava delicadamente em contraste com a agressividade solar que caía sobre mim.
— Callie, vem para cá. É pra isso que serve o guarda-sol – chamou Arizona – tem que se proteger dos raios UV
Meus olhos ainda estavam fechados sentindo aquele choque de temperatura. Quando os abri, Arizona tinha acabado de passar protetor solar na pequena, deixando o frasco da marca Honest despretensiosamente largado sobre a areia. Uma toalha verde estendida na sombra do guarda-sol sobre aquele conjunto de partículas rochosas degradadas de origem mineral, servia de forro para a menor brincar.
Addison estava do lado direito, um pouco afastada tomando sol de bruços em uma cadeira de praia, Meredith do lado oposto, estava sentada perto da irmã tomando água de coco.
— Senta aqui Torres – falou Meredith – Sai do sol, passou protetor?
— Não! – respondi
— Vem! Eu passo em você – falou Arizona. A loira pegou o protetor e espalhou nas minhas costas, deslizando suas mãos macias sobre a minha pele, fazendo meu corpo reagir. Segurei sua mão, fazendo-a parar – o que foi? – perguntou-me sem entender.
— Estou ficando quente – me virei para ela e fitei seus olhos azuis-claros pela luz solar.
— Está com febre? – tocou minha testa – deve ser o sol – falou
— Estou queimando, Arizona. Mas não de febre, e muito menos do Sol – me aproximei do seu ouvido e sussurrei: – não estamos em um lugar apropriado, você entende? – perguntei vendo ela rir
— aquieta esse fogo, Calliope. Quando chegar em casa te recompenso – falou ela.
— Vou cobrar – falei e escutamos um pigarro chamando nossa atenção. Meredith nos olhava e fez um gesto na direção da afilhada, a menina tinha os olhos curiosos na nossa direção – quem quer sorvete? – perguntei mudando de assunto.
Eu e Arizona evitavamos troca de carinho na frente da menina, ainda não havíamos contado nada, até porque não tinha nada concreto. E eu respeitava isso, não era o momento da menor saber, tinha que primeiro oficializar a relação.
— Eu quero! – Ella falou e Arizona me olhou com cara de reprovação, a loira não gostava de dar sorvete com frequência a filha. Na semana passada, o pequeno furacão passou praticamente todos os dias comendo sorvete, e de quem foi a culpa? Minha!
Por sorte um senhor passava vendendo picolé, e comprei. Quando se está na praia, precisa equilibrar a temperatura, principalmente para mim, vendo Arizona de biquíni vermelho e fazendo os pensamentos voarem soltos na minha mente.
— Quem quer? Quem quer? – comecei a brincar com a menor que pulava na tentativa de pegar o sorvete.
— Oh tia – cruzou os braços emburrada – isso não vale – fez bico e bateu o pé. Olhei suas bochechas me segurando para não apertar
— Tudo bem princesa – abri a embalagem do picolé e a entreguei
— Como diz, Ella? – falou Meredith.
— Obrigada, tia Callie – sorriu com aquela carinha de menina levada e voltou a sentar na toalha
Não tenho estruturas pra isso!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma Nova de Vida - Tempero da Alma e Suas Nuances (Livro I) #CONCLUÍDA
Storie d'amoreLivro I ''E foi ali, no meio daquela confusão de gritos e correria que a vi pela primeira vez. Juro que no momento que sua silhueta curvilineá surgiu no meu campo de visão, tudo parou. Os barulhos cessaram e as pessoas ao redor ficaram em câmera len...