Uma Nova de Vida - Tempero da Alma e Suas Nuances (Livro I) #CONCLUÍDA

🍒 Só Existe Uma Saída

⚠️ ATENÇÃO, ALERTA DE GATILHO ⚠️
O capítulo contém descrição de cenas de abuso e pedofilia. (com intuito APENAS de conscientizar)
Apesar de não ter uma narração detalhada, é importante informar que o conteúdo é sensível.

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ARIZONA ROBBINS

Por favor, não faça movimentos bruscos

(...)

— Coma tudo em... – coloquei Ella na cadeira e lhe entreguei seu café da manhã. A campainha tocou e fui atender, dando de cara com Marcos, meu vizinho e seu filho, Guilherme. – Bom dia, Marcos! – falei solícita – deseja algo? – perguntei

— Bom dia, Arizona. Me desculpe te incomodar uma hora dessas, mais preciso de um favor seu – falou o homem alto e negro um pouco acanhado

— Se eu puder ajudar, com certeza! – falei

— Eu preciso resolver uma pendência no trabalho e não posso chegar atrasado, é uma reunião marcada. Você poderia levar Guilherme para escola, se puder é claro! – olhei para o menino agarrado a sua perna, tinha os cabelos molhados, porém, bem alinhados com gel dando-lhe um brilho a mais nos fios. Todo fardado e com a mochila do capitão cueca nas costas.

— Claro que o levo – falei amigável.

— Ah, muito obrigado Arizona. Vou ficar te devendo uma – apertou minha mão de forma educada

— Não por isso, e não precisa me agradecer – respondi gentil

— Vou só pegar a cadeirinha dele – Guilherme entrou e foi até o encontro da minha filha. Marcos voltou com a cadeirinha adequada para a idade do filho e me entregou – muito obrigada mesmo, Arizona. Quando precisar é só falar. Estou aqui para ajudar também no que precisar! – sorriu gentil

— Agradeço – falei.

O homem se despediu do filho com um beijo na testa, dizendo-lhe que voltaria para buscá-lo na escola.

— Já tomou café, meu bem? – peguei na mão do pequeno.

— Sim, tia. Papai fez torrada e suco pra mim – disse encabulado. Sorri com ternura e beijei sua testa

— Que bom, meu amor! – sorri

— Mom, já terminei – falou minha cria, descendo da cadeira

— Ótimo, todos prontos, hora de ir – falei.

Coloquei os dois no banco de trás do carro com toda segurança possível e dei partida até a escola.

(...)

— Mommy? – Ella entrou correndo na cozinha com Abigail no seu calcanhar, chamando minha atenção assim como a de Callie

— Diga amore – falei, larguei a flanela sobre o balcão e voltei meus olhos para a pequena figura

— A senhora conhece a minha amiguinha, Carolina? – perguntou a menor

— sim, amor! – falei ao lembrar da garotinha tímida que sempre estava com minha filha e Laura na hora da saída – O que tem ela?

— o papai dela faz coisas erradas com ela – a menor soltou. Senti todo meu corpo travar e olhei para Callie que até o momento estava calada. Fui ao encontro da minha filha e a peguei no colo, sentamos no sofá com Callie ao nosso lado, e coloquei Ella sentada na mesa de centro de frente para nós.