ARIZONA ROBBINS
Estações, elas vão mudar
A vida vai fazer você crescer(...)
— Carol tá sendo acompanhada pelo psicólogo? – perguntei.
— Não. Acha que precisa? – olhou para mim e depois para Callie
— É essencial que ela seja acompanhada por um profissional. Se você não está sabendo lhe dar com isso, imagine ela, que não entende absolutamente nada. Minha irmã é pediatra, vou pedir para ela indicar um psicólogo infantil, de preferência mulher.
— Obrigada – pegou na minha mão. – Obrigada – pegou na minha da minha noiva – eu não sei como agradecer, isso é tudo tão complicado, e vocês estão me ajudando tanto que nem tenho palavras para expressar minha gratidão – uma lágrima desceu por sua bochecha, caindo no tapete da sala. Do jeito que sou boba pra chorar, não demoraria muito para começar.
— Não precisa nos agradecer, Viviane. – falou Callie – Somos mães, e mulheres.
— Você é mãe de uma das amiguinhas da nossa filha, seria difícil ser indiferente com isso, tampar os olhos e fingir que não estamos vendo, vai contra tudo que acredito. Eu trouxe uma coisa para Carolina – falei, peguei minha bolsa e tirei de dentro um livro infantil – Comprei um livro de colorir pra Ella e pensei na sua filha, acredito que ela goste de pintar, né? – a mulher ao meu lado deu um singelo sorriso.
— Sim, é uma das coisas que ela mais gosta – lhe entreguei o livro – Carol vai amar, obrigada
— Não por isso – toquei seu ombro – Bom, já que tudo está esclarecido, temos muitas coisas a fazer. – levantei-me e peguei a bolsa – Tudo vai ficar bem, se precisar de alguém para conversar, estamos aqui – sorrimos
— Agradeço a gentileza das duas, é até surreal acreditar que existam pessoas como vocês – a mulher olhou para mim e depois para Callie
— Na verdade, eu fico espantada que não exista mais pessoas assim – Callie olhou para mim e sorriu – Bom, agora vamos embora.
— Vou chamar Ella – sorriu e se retirou. Callie se aproximou de mim e passou o braço no meu ombro, puxando-me para ela. Envolvi meus braços em sua cintura e sorri, inalando seu perfume que tando amava. Olhando para o topo da escada, e lá vinha elas, Viviane segurando na mão de cada uma.
— Vamos, amore? – falei, assim que Ella correu até nós.
— Eu queria ficar e brincar mais com a Carol.
— bene... – me agachei na sua altura – você vai ver ela sábado, é daqui a uns dias, passa rapidinho. – disse
— Tá bom. – foi até a amiga e a abraçou, dando um beijo na bochecha de Caral. Sorri com a cena, Ella era sempre muito carinhosa.
— Estaremos esperando você, Viviane. – Callie disse, pegou a menor nos braços e fomos até a porta.
— coloque Ella no chão, amor – eu disse
— No. – a menor passou os braços no pescoço da mãe, dando a entender que não sairia dali.
— Tá muito mal acostumada, Ella – falei – você é magrinha, mais pesa. – rimos – Até depois, Vi. – falei – posso te chamar assim? – sorri para ela
— Pode. E eu, posso te chamar de Ari? – perguntou.
— Pensei que nunca fosse dizer isso – nos abraçamos e dei um beijo no topo da cabeça de Carolina.
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Uma Nova de Vida - Tempero da Alma e Suas Nuances (Livro I) #CONCLUÍDA
RomanceLivro I ''E foi ali, no meio daquela confusão de gritos e correria que a vi pela primeira vez. Juro que no momento que sua silhueta curvilineá surgiu no meu campo de visão, tudo parou. Os barulhos cessaram e as pessoas ao redor ficaram em câmera len...