🍒 Sol e a Lua

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CALLIE TORRES

E se você soltar eu flutuarei ao redor do sol
Eu sou forte porque você me preenche
Mas quando o medo vem eu lentamente caio no chão
Eu sou sortuda porque você estar por perto

...

Eu ainda estava estupefata com toda a situação em que me encontrava. E com a cara de pau de Penélope.

— O que você faz aqui, Penélope? – perguntei e me afastei da mulher. Eu não sentia nada, além de repugnância a sua pessoa.

— Oras, amor. Contei as novidades a Chef, como já disse – falou com a maior naturalidade do mundo.

— Não me chame de amor. Não temos nada, eu já disse. Acho bom você ir para casa! – falei nenhum pouco gentil. Arizona se mantinha calada, com as mãos no bolso do short de cetim, olhando para o outro lado da rua, como se não houvesse ninguém ali, próximo a ela.

— Você não pode me deixar sozinha – falou a ruiva.

— Ah, posso e vou. – peguei em seu braço e saí arrastando pela calçada – onde tá seu carro? – perguntei sem me importar se tinha alguém olhando

— Callie está me machucando! – falou

— Ah, tô machucando? Está tão frágil que não consegue aguentar um aperto no braço? Pra ir a minha casa e falar um monte de asneiras, tu sabes né? Até me enfrentou! – eu não era agressiva, só porque sou uma mulher, não tenho direito de agredir outra, isso ia contra meus princípios, mais Penélope já tinha acabado com minha paciência. – onde tá a merda do carro? – gritei assustando a ruiva, olhei pelo canto do olho e Arizona nos olhava assustada, eu não queria passa essa impressão a ela, não queria que ela pensasse que sou agressiva ou pudesse vir a ser.

— Está na outra rua, de trás – bem que minha irmã disse. Como falei, Aria é minha voz da razão, a racional.

Levei a ruiva até a outra rua, e a coloquei dentro do carro.

— Eu quero você bem longe daqui. Quero você longe da Arizona. Não aguento vê essa sua cara! Some – bati a porta do veículo com força e sai caminhando, escutando os xingamentos da ruiva.

Voltei apressada, queria falar com Arizona, explicar essa situação. A loira se encontrava escorada na coluna, com os braços cruzados e olhando para o chão. Quando cheguei perto dela, a mesma se afastou dando um passo para trás me olhando diretamente nos olhos.

— Onde está Ella? – perguntei tentando quebra a barreira entre nós

— Dormindo! – falou. Fique aliviada em saber que a criança não tinha escutada nada.

— Ari... – limpei a garganta – posso entrar? Quero te explicar essa situação embaraçosa!

Ela me olhou por alguns segundos em silêncio, passou a mão na lateral do braço e confirmou com a cabeça. Esperei ela passar a frente, e lhe acompanhei para interior da residência.

— Quer algo para beber? – perguntou quando ultrapassou a porta.

— Não! – falei, ela sentou no sofá e eu sentei ao seu lado – Eu quero que você saiba, que essa maluquice foi tudo feito pela Penny, eu não tenho nada com isso. Eu nem sabia. Ela simplesmente chegou hoje lá em casa, e me jogou essa bomba sem fundamento. – falei

Comecei a contar tudo que tinha acontecido, o ocorrido na hora do almoço, o que Penélope falou e pediu, as mensagens que a ruiva me mandou, não foi possível lhe mostrar, mais lhe contei também. Arizona escutava tudo em silêncio, não falava nada, não esboçava nada, e de certo modo isso me dava medo. Pois, não sabia que estava pesando, o que se passava na sua cabeça. Se tinha uma coisa que aprendi nesse tempo com ela é, suas reações são inesperadas, eu nunca sei o que ela vai fazer. Na verdade, nunca sabemos como vai ser a reação da outra pessoa diante de determinadas situações.

Uma Nova de Vida - Tempero da Alma e Suas Nuances (Livro I) #CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora