ARIZONA ROBBINS
Como um rio, eu fluo
Para oceanos conhecidos
E você me puxa para perto
Guiando-me para casa(...)
— Mom? – senti as mãos da minha filha puxar a barra do meu jeans e olhei para baixo.
— oi, amore – falei e passei o prato limpo para Calliope secar. Eu tinha falado que não precisava, mais a morena é teimosa, assim como a irmã, que recolheu e os colocou na pia, depois de limpar a mesa.
— Eu quero sorvete. A senhora disse que me daria – a menor falou e colocou as mãos na cintura.
— Se você comer o sorvete, não vai comer a torta de abacaxi. Você escolhe!
Ela colocou a mão no queixo, pensativa, olhou para os lados como se tivesse avaliando qual escolha seria a melhor.
— Quero sorvete geladinho – sorrimos com a cara sapeca que ela fez.
— Tá bom! Quando terminar aqui, eu lhe dou
A menor balançou a cabeça em concordância e saiu correndo até onde Aria estava, pulando nas pernas da morena.
— Ella gostou de você e da sua irmã – falei e passei outro prato para Callie
— Sua filha é encantadora! – a morena me sorriu secando a louça de porcelana branca.
— obrigada! E você, vai querer escolher a sobremesa, também? – brinquei – sua irmã está de dieta e você, também está?
— oh, não! Vou querer sim. A torta é uma ótima escolha.
— ótimo. – envolvi minhas mãos no pano para secar e mirei seu rosto bonito – obrigada pela ajuda, Calliope!
Ficamos nos olhando por tempo indeterminado, até minha filha "romper" o momento.
— Venha cá princesa – lhe peguei nos braços e abri a geladeira – sorvete de?
— arco-íris – completou empolgada
Peguei o pote e coloquei sobre a mesa e Ella sentada ao lado. Callie me passou um pequeno utensílio fundo e coloquei o sorvete dentro com pedaços de morango e groselha chinesa.
Ella sempre adorou sorvete, e sabendo disso, eu sempre evito comprar e prefiro fazer. Na minha concepção, sorvete caseiro, feito por produtos selecionados, é melhor que sorvete industrializado. Porém, não tive tempo de fazer, e a única alternativa foi comprar.
— Pronto – lhe coloquei no chão e a menor foi para sala
— Eu fico encantada... – escutei a voz da morena me fazendo olhá-la – seu jeito com ela. A forma como você cuida.
Fitei seus olhos, e ela parecia emocionada?
— Tudo bem, Calliope? – me aproximei e toquei seu braço
— Sim, estou bem. É que... – ela parou o que iria falar, como se tivesse se policiando com as palavras.
— quer me falar algo? – perguntei
A morena olhou para mim e senti sua briga interna
— Não é nada, deixa pra lá.
— Tudo bem, então. Faço das suas palavras as minhas. Se quiser conversar, estou aqui, também.
Ela me olhou e balançou a cabeça positivamente.
— Então vamos comer a sobremesa.
Cortei um pedaço da torta para Callie e outro para mim. Nos sentamos na copa da cozinha de frente para Aria e minha filha, que falava algo para morena que sorria com as curiosidades da menor.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma Nova de Vida - Tempero da Alma e Suas Nuances (Livro I) #CONCLUÍDA
RomanceLivro I ''E foi ali, no meio daquela confusão de gritos e correria que a vi pela primeira vez. Juro que no momento que sua silhueta curvilineá surgiu no meu campo de visão, tudo parou. Os barulhos cessaram e as pessoas ao redor ficaram em câmera len...