🍒 Minha doce, Arizona

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LAUREN BOSWELL

Você não faz ideia de que é minha obsessão?
Sonhei com você quase todas as noites essa semana

(...)

Desci as escadas da mansão e encontrei o homem de cabelos negros sentado no sofá lendo um jornal

— Ainda aí papai – falei

— oh querida, estou só lendo isso. Preciso me informar das coisas. A reunião... – olhou o relógio de ouro no pulso – é só daqui a suas horas, tenho bastante tempo – voltou os olhos para o jornal.

— E mamãe? – fui até a geladeira, peguei uma jarra de suco e um copo

— Ela foi pegar Lau na escola – disse sem tirar os olhos do jornal

— e o Franklin? – perguntei pelo motorista – É ele que tem que pegar minha filha, e não mamãe. Não quero que ela se incomode com isso. – despejei o líquido de cor avermelhada no copo

— Franklin teve um problema na família, e não pode vir.

— Deveria ter me chamado – falei após tomar um gole do suco e colocar a jarra de volta a geladeira.

— Sua mãe se prontificou a pegar a neta, e não queria lhe acordar. Onde andou ontem a noite? – perguntou-me, só então tirou os olhos verdes do jornal.

— Fui a uma boate! – falei e papai me olhou com cara de interrogação – eu não peguei ninguém senhor Rodolfo, se é isso que está se passando nessa sua cabeça

— Eu não pensei nisso – negou com a cabeça – estou pensando em outra coisa

— no que, posso saber papai – caminhei até ele com o copo de suco na mão e sentei ao seu lado.

— você saiu muito cedo ontem a noite, pensa que não percebi? – falou com uma sobrancelha erguida – conheço suas saídas, e sei que aquele horário não é o de costume, então... Onde você foi mais cedo, Lauren? – dobrou o jornal e me olhou esperando uma resposta.

Sorri ao me lembrar da mulher que tinha os olhos mais lindos que já tinha visto. Eu não conseguia tirá-la da minha mente, desde o momento que minhas orbes caíram sobre ela.

— Fui ao Torres-Figueira – falei

— Como? Como você pode ir jantar lá? – perguntou o homem com a voz controlada, cruzou os braços e me fitou a espera de uma explicação.

— Calma Senhor Rodolfo. Se lembra da famosa Chef de cozinha que estão falando – toquei seu antebraço.

— Hum.. Chef Ari... Ari... Alguma coisa – falou e eu revirei os olhos, papai não se ligava nesses detalhes, quem tomava conta disse era eu. – o que tem? – abriu o terno para ficar mais a vontade.

— Arizona Robbins, papai – falei o nome da loira – Pois bem... Eu fui lá para ver de perto a mulher, e nossa pai, ela cozinha divinamente bem – falei – além da beleza, eu quase fiquei sem ar – passei a mão perna.

— hum... O que está se passando nessa sua cabeça minha filha – franziu o cenho.

— Tava pesando em trazê-la para o nosso restaurante – falei sorrindo

— Isso é uma ótima ideia, mais sinto que não é só isso – papai me conhecia tão bem

— Não é só isso! – falei – não sei exatamente, mais fiquei bastante interessada na Chef, assim que bate meus olhos nela, pensei: quero ela para mim

Uma Nova de Vida - Tempero da Alma e Suas Nuances (Livro I) #CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora