Capítulo 5

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  Havia chego a segunda-feira que Paula iniciaria o seu trabalho no escritório. Ela acordou cedo, tomou um banho, se vestiu e deu um beijo no namorado antes de sair.

Pegou um carro de aplicativo e partiu para o escritório. Enquanto estava no elevador, ajeitou sua roupa e se olhou no espelho para ver se tudo estava dentro dos conformes.

- Parece uma adolescente no primeiro emprego- revirou os olhos revoltada consigo mesma.

Quando as portas do elevador se abriram, ela respirou fundo e saiu do mesmo. A recepcionista a deixou passar e ela foi novamente até a sala do responsável.

- Olá, senhorita Amorim!- sorriu enquanto apertava a mão dela.

- Bom dia- devolveu o sorriso.

- Vamos fazer um tour pelo escritório?- sugeriu e ela assentiu com a cabeça.

Eles foram conhecendo cada área do local. O homem apresentava, falava quem trabalhada ali e a função que a pessoa desempenhava.

- Bom, aqui é... onde nós ouvimos os casos que são apresentado- apontou para a sala cheia de homens.

Eles não estavam sentados e concentrados como era de se esperar. Todos estavam de pé e falando várias coisas para o telefone enquanto os outros riam.

- Sério?- perguntou estranhada.

- Sim.

Ele abriu a porta e os dois adentraram o local, só então ela pode ouvir as obscenidades que os homem falavam e faziam para o telefone.

- E o cliente?- perguntou assustada.

- Eles apertam no mudo enquanto a pessoa está falando e... fazem isso- deu pra ver o desgosto na expressão facial do homem- Gente, essa é a senhorita Amorim, ela entrará no lugar da Luana.

- Quer vir brincar um pouquinho?- um dos homens apontou animado para o telefone.

- Não, eu estou bem- disse um pouco sem jeito.

Quando o cliente terminou de falar, o homem tirou do mudo e mudou completamente a postura.

- Nós iremos analisar seu caso cuidadosamente e então entramos em contato para mais detalhes- dito isso, botou no mudo novamente e a baderna voltou.

- Deixa eu te apresentar a sua mesa- o gerente disse tocando seu braço e os dois saíram do local- Eu sei que é uma bagunça, mas eles são ótimos profissionais e nunca perderam um caso.

- Ok- foi a única coisa que disse.

Ela foi levada até sua mesa e então ele lhe mostrou tudo que ela deveria fazer, cada programa que usaria, onde anotaria cada coisa. O homem lhe ensinou tudo que ela deveria fazer.

- Hoje eu já vou te deixar trabalhando. Qualquer coisa é só ligar pra esse número que eu deixei escrito na sua mesa. É o da minha sala- sorriu para ela- Boa sorte, senhorita Amorim.

Ela começou a analisar todas as cosias que ele havia lhe mostrado e então iniciou seu trabalho. Uma hora depois seu telefone tocou.

- Senhorita Amorim, sua presença está sendo solicitada na sala de reuniões- a recepcionista falou do outro lado da linha.

- Ok- disse e desligou o telefone.

Paula respirou fundo e se levantou. A sala de reuniões era a sala onde a bagunça estava acontecendo no momento anterior. Ela torceu muito para que, quando chegasse, as coisas estivessem diferentes, mas não estavam.

- Quem chega depois não tem direito de se sentar- um dos homens disse quando ela sentou em uma das cadeiras.

- Eu não vou ficar em pé- disse séria e seguiu como estava.

- Gostei dela!- um loiro sorriu para a morena e seguiu o que fazia.

Ela anotou algumas coisas e até falou com alguns clientes, logo foi dispensada para voltar a sua mesa.

- Isso é o terror!- resmungou.

Ela decidiu ligar para o namorado e contar o que estava acontecendo.

- Alô?- Rafael atendeu ao celular ofegante.

- Oi, amor. Aconteceu alguma coisa?- perguntou estranhada.

- A Mari pediu pra eu trazer a gatinha dela no veterinário- ele limpou a garganta- Ela teve que sair pois tinha um último ensaio antes da peça.

- Ah, é mesmo- suspirou- Você vai ir?

- Claro que eu vou. É nossa amiga!

- Ótimo- respirou fundo- Não quer ir a um bar comigo depois que eu sair do serviço?

- Eu não sei quanto tempo vai demorar aqui, mas prometo que farei o possível- ela pode ouvir alguns barulhos estranhos- Como foi o primeiro dia?

- Horrível, amor, por isso queria ir no bar- suspirou- Esse lugar é uma bagunça.

- Que bom, meu amor- ficou nítido que ele não ouviu uma palavra sequer do que ela dissera- Nos encontramos depois.

- Tchau- disse e desligou o celular.

Paula suspirou e decidiu chamar outra pessoa para ir ao bar também já que não tinha certeza se o namorado iria.

Quando terminou o seu expediente, ela arrumou suas coisas e ficou esperando o gerente aparecer em sua mesa novamente.

- O que achou?- ele perguntou.

- Apesar de tudo, é um bom ambiente- se repreendeu mentalmente por mentir.

- Eu sei que não é, mas você vai ver que o trabalho deles é bem direito. Só gostam de ficar zoando assim nas costas dos clientes- o homem disse.

- Relaxa, tá tudo certo- sorriu.

- E então? Vai ficar efetivamente com a vaga?

- Sim- disse sem nem pensar.

'Sua burra!' falou mentalmente.

- Ótimo! Então te vejo amanhã novamente- apertou a mão da morena.

- Até amanhã.

Ela saiu do local querendo bater em si mesma.

- Eu devo ter algum problema mental- resmungou enquanto o elevador descia.

Ela chamou o motorista de aplicativo e então partiu para o bar. Chegou no local e viu que a pessoa que havia convidado não estava lá.

- Mais um fora, que legal- disse ironicamente e então se sentou já pedindo a bebida mais forte para o barman.

Foi necessário apenas que ela desse um gole na bebida para sentir um mão em seu ombro.

- Me desculpe pela demora- reconhecer aquela voz fez um pequeno sorriso surgir nos lábios da mulher.

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