Capítulo 27

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  Breno adentrou sua casa e tudo estava em completo silêncio.

  - Paulinha?- chamou, mas não obteve resposta.

  O homem subiu até o quarto para ver se a amiga não estava lá e apenas encontrou a cama arrumada, então resolveu ir para a sala esperar a hora que ela chegasse.

  Passaram-se duas horas até que a porta da casa foi aberta.

  - Oi, eu...- não conseguiu terminar a frase pois a mulher jogou sua bolsa no chão e montou em seu colo selando os lábios e iniciando um beijo voraz- Paulinha- tentou falar durante a pequena pausa do beijo, mas ela não deixou.

  Ela segurou os cabelos do homem com força e começou a beijar seu pescoço.

  - O que você...- desistiu de continuar falando e levou suas mãos para a bunda da mulher a apertando com vontade.

  Ela subiu o rosto para frente do dele novamente, mordeu seu lábio inferior e sorriu olhando em seus olhos.

- O que foi?- questionou.

  - Por que você chegou... assim?- estava completamente ofegante.

  - Achei que nosso combinado era beijar quando tivesse vontade- o sorriso sumiu e as sobrancelhas se franziram.

  - É que você saiu sem falar nada, achei que tinha acontecido alguma coisa- falou preocupado.

  - Não, não aconteceu nada- deu um beijinho no rosto dele e se levantou pegando sua bolsa do chão- Eu fui lá visitar o Dan e a Mari.

  - Ah- foi a única coisa que disse.

  - Você acha que deveria ter algo errado? Aconteceu algo de estranho?- olhou nos olhos verdes do homem esperando uma resposta.

  Breno estava confuso, ela realmente não havia levado aquilo a sério ou só queria ouvir as palavras da boca dele?

- É que eu te dei um selinho antes de sair, e você tinha dito que...

- Bobeira, moço- falou rindo- Nós temos liberdade um com o outro, certo?- ele assentiu com a cabeça- Então não precisa ficar cheio de dedos pra fazer as coisas comigo, chega e faz. Você sabe muito bem que, se eu não gostar, vou falar na hora.

- Como a vez que eu deixei seu pescoço marcado?- perguntou com um sorriso aliviado no rosto.

- Exato- concordou- Eu falei sem medo mesmo, porque eu me sinto livre pra falar qualquer coisa com você. Você pode se sentir assim comigo também- se aproximou e se ajoelhou em frente à ele- Se quiser me beijar, beije; se quiser me dar selinho, dê; se quiser um abraço, só chegar e me abraçar. Não precisa ficar receoso porque nosso lance é só causal- sorriu.

- Você tem algum sentimento ainda em relação ao Rafael?- questionou.

Paula arqueou uma de suas sobrancelhas e deu um sorriso malicioso.

- Trato é trato- pôs as mãos na borda da camisa dele e a puxou para cima, tirando de seu corpo e fazendo o homem rir se lembrando do combinado.

- Hein?

- Se eu responder vou ter que tirar minha roupa também?- passou a mão do peito do homem até a calça, a apoiando ali.

- Aí fica a seu critério. Mas eu acho que deveria haver igualdade, né?- deu de ombros.

A mulher deu uma risadinha e se levantou do chão voltando a montar no colo do amigo.

- Eu sinto pena- falou deixando o loiro um pouco confuso- Pena de ele ter perdido isso aqui- puxou sua própria blusa para cima, a tirando e revelando o sutiã transparente de renda que ela usava.

- Até eu to sentido pena dele agora- falou hipnotizado pelo corpo em sua frente- Como você consegue ser tão gostosa, hein? Parece que cada dia que passa você fica cada vez melhor- subiu a mão da coxa dela para sua cintura, a apertando- Você anda com essas coisas na rua?- tocou em seu seio por cima do sutiã.

- Queria que eu usasse onde?- falou em um tom de voz baixo.

- Na minha cama- disse olhando nos olhos castanhos da mulher.

- Na sua cama eu prefiro não usar nada- pôs seu tronco para frente deixando os rostos bem próximos e as respirações misturadas.

- Então usa na nossa casa, todos os dias. Eu ia adorar te ver andando só com isso pela casa- deu um pequeno beijo no canto da boca da morena.

- Tava pensando em ir trabalhar com ele. Só com ele. O que acha?- apertou os cabelos dele entre os dedos.

- Acho que ninguém é capaz de aguentar a sua beleza, eles desmaiariam no momento que você entrasse pelas portas- fez o mesmo gesto que ela segurando os cabelos castanhos.

- Só você é capaz de aguentar?- ele assentiu com a cabeça- O Rafael também- gemeu fingindo estar arrependida- De novo não.

Se levantou do colo do amigo e retirou a calça olhando nos olhos dele. O homem a segurou pelas nádegas e a fez mostrar em seu colo novamente.

- Olha o jeito que você me deixou- falou apontando para a calça de moletom que usava.

- Eu to sentindo- sussurrou no ouvido dele, logo mordendo seu lóbulo- Eu acho que a gente poderia parar de falar agora.

Breno a pegou com força pela cintura e a virou deitando a mulher no sofá. Logo ele tirou suas calças e deitou por cima dela iniciando os beijos.

O corpo deles estavam quentes e, a cada toque das línguas, um arrepio corria dos pés à cabeça. O loiro decretou naquele momento que o gosto da boca de Paula era o seu preferido, ele adorava sentir os lábios dela e saborear eles.

- Eu amo beijar a sua boca, sabia?- decidiu deixar ela saber- Não tem coisa mais gostosa do que sentir a maciez dos seus lábios.

- Não?- perguntou ofegante- Nem mesmo eu sou mais gostosa do que isso?

- Você não tem nem comparação- segurou a coxa dela que estava ao lado do seu corpo e então os beijos se iniciaram novamente.

Tudo que acontecia naquele momento parceria contribuir para a esfera sensual em que eles se encontravam. A música de fundo que tocava na casa de algum dos vizinhos, a luz diferenciada do por do sol entrando pela janela, as pegadas, os beijos, as carícias, o som dos corpos se encontrando, tudo favorecia para eles quererem que aquilo nunca acabasse.

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