O namoro de Paula e Breno estava indo cada vez melhor. Faziam dois meses que haviam se assumido como namorados e, desde então, o nível de intimidade já obtida antes, ficou ainda maior entre o casal.
- Breno!- Paula gritou do andar de cima e o loiro subiu as escadas correndo- Pega outro sabonete pra mim, por favor? Esse aqui que você comprou tem cheiro de fumaça.
- Foi a minha mãe que me deu, oh boca de sacola- pegou outro sabonete na gaveta e entregou para a namorada- Tá nervosa?
- Pra reencontrar sua mãe? Não- deu de ombros- Só espero que você já tenha dado o aviso prévio do nosso namoro- falou o olhando com os olhos semicerrados e o loiro deu um sorriso forçado- Não falou, né?
- Eu esqueci- falou manhoso e abriu a porta do boxe ficando com um pé para dentro.
- Você gosta de me botar em cada situação- suspirou- Fecha isso ou você vai acabar se molhando.
Dito isso uma série de gotas de água foram parar na roupa do loiro, e havia sido culpa dela.
- Ah não- disse em um falso tom de indignação- Agora eu vou ter que tirar- ele removeu a camisa e jogou na pia, logo adentrando totalmente o corpo na cabine.
- Vaza, Breno!- tentou o empurrar e a água de seus braços escorreu pela bermuda cinza do homem.
- Foi sua culpa, de novo- ele tirou a bermuda ficando apenas com uma cueca branca.
- Cueca branca não- ela resmungou olhando para a região- A gente precisa terminar de se arrumar- fechou os olhos quando o loiro a puxou de encontro ao seu corpo e começou a beijar seu pescoço- É sério, Breno- apertou as unhas na nuca dele enquanto sentia os dedos de sua mão direita apertarem sua bunda com vontade- Amor, a gente vai se atrasar- sua voz estava baixa e fraca, mas ele entendeu muito bem.
- O que você disse?- se separou com um sorriso no rosto e olhou nos olhos castanhos da mulher, que estavam mais escuros que o normal.
- Pra você sair que eu preciso terminar o banho ou a gente vai se atrasar- deu um empurrãozinho do peito dele o afastando.
- Eu preciso falar que você molhou minha cueca?- apontou para o objeto e a mulher respirou fundo se jogando nos braços do namorado e se rendendo a tentação que era tê-lo seminu junto à ela.
- Se a sua mãe reclamar que nos atrasamos, eu vou falar que você invadiu meu banho e me obrigou a transar com você- Paula falou enquanto terminava de calçar seu sapato de salto.
- Não acho que vá querer falar da nossa vida sexual com a minha mãe- deu uma risadinha.
- Me desafia pra você ver- parou o que fazia e o encarou.
- Eu sei que você é capaz de tudo, meu anjo- as últimas duas palavras foram em tom irônico.
- Acho bom.
Eles terminaram de se vestir e então partiram para a casa da mãe de Breno.
- Meu filhinho!- abraçou o homem e beijou seu rosto diversas vezes- Achei que tivesse esquecido que eu existia.
- Eu tava ocupado- apontou para Paula e ela sentiu vontade de bater nele.
- Olá, dona Maria Olívia- sorriu simpática.
- Quanto tempo!- puxou a morena para um abraço- Faz quanto tempo que você voltou para Goiânia?- puxou o casal pra dentro de casa e fechou a porta.
- Mais de ano já- revelou- O Breno não havia dito pra senhora?
- O Breno não me fala nada, minha filha.
- Ah, eu e a Paula estamos namorando, esqueci de te avisar isso também- falou como se fosse a coisa mais normal do mundo e a morena o fuzilou com os olhos- E a gente tá morando junto.
- Peraí- a mulher sinalizou tirando os óculos- Foi muita informação ao mesmo tempo. O que aconteceu com seu marido.
- Não éramos casados- quis deixar claro- Nós acabamos terminando nosso relacionamento por...
- Ele tava chifrando ela com a Samanta- Breno a interrompeu.
- A outra amiga de vocês?- MO perguntou chocada.
- Isso- a morena precisou de uma longa respiração para não brigar com o namorado- Aí depois de um bom tempo eu comecei a namorar o Breno.
- Que bom, já achei que você tava traindo o menino- disse aliviada.
- Não- deu uma risadinha sem graça.
- Tão morando na casa do Breno?
- Na nossa casa, mãe- o loiro corrigiu- A casa agora é dela também.
- Então você vai me convidar pra ir na sua casa, Paulinha? Porque meu filho nem pra isso presta!- deu uma almofadada na cara do loiro.
- Pode deixar, Maria Olívia! Algum dia vou marcar um jantar lá e convidar o planeta inteiro!
- Aí não, né- disse assustado.
- E o carro? Ele já te deixou dirigir?- questionou.
- Ainda não, mas daqui a pouco vai- piscou para a sogra.
- Meu carro? Jamais! A Paula não é boa motorista. Lembro muito bem como você corria na época da facul- semicerrou os olhos a olhando.
- Então veremos!
O casal ficou mais algumas horas na companhia da mais velha e então voltaram para a casa.
- Você não acha que a casa fica muito solitária só com nos dois?- Paula perguntou quando estavam sentado no sofá da casa deles.
Ela tinha as duas pernas jogadas no colo do namorado enquanto ele fazia carinho nelas.
- Um pouco- resolver ver onde esse assunto chegaria- Eu adoro sua companhia.
- Eu também adoro a sua, não me entenda mal, a gente se basta, mas... sei lá, falta alguém correndo pela casa, tirando nosso sono, nos deixando apaixonados por tanta fofura. Imagina que amor o tamanho das roupinhas- olhou com os olhos brilhando para o namorado- Você não concorda?
- Com certeza- ele tinha um sorriso bobo no rosto.
- Você quer?- ela perguntou animada e montou no colo do namorado segurando seus cabelos. Ela falou mais algumas coisas, mas ele estava hipnotizado demais pensando na possibilidade- Quer tentar?
- É o que eu mais quero- segurou o rosto dela com firmeza e deu uns selinhos apaixonados.
- Então pega o seu celular- se debruçou no sofá e pegou o celular do homem- Não sei se tenho número de alguma petshop.
- O que?- perguntou confuso.
- Petshop, meu bem- falou rindo- Temos que ver os animaizinhos pra ver um pra adotar ou comprar- ela pode ver uma pitada de decepção nos olhos verdes- O que foi? Você não quer um cachorrinho? Mas você quem concordou- o sorriso de seu rosto sumiu.
- É claro que eu quero um cachorrinho- falou fazendo a namorada sorrir novamente- Era exatamente disso que eu estava falando desde o início- desviou o olhar e entregou seu celular na mão da morena- Vamos procurar o novo integrante dessa casa.
Aquele momento foi muito estranho para o loiro. Ele não sabia o que estava sentindo, ele nunca havia se sentido daquela maneira anteriormente. Isso não era sobre o cachorrinho que sua namorada tanto queria, mas sim sobre o assunto que ele achou e desejou que ela estivesse falando.
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Find You Again
FanfictionAmigos da faculdade se reúnem após um tempo e acontecimentos podem vir a mudar o rumo de suas vidas. •Baseada na série "Friend From College"