Capítulo 34

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  O namoro de Paula e Breno estava indo cada vez melhor. Faziam dois meses que haviam se assumido como namorados e, desde então, o nível de intimidade já obtida antes, ficou ainda maior entre o casal.

  - Breno!- Paula gritou do andar de cima e o loiro subiu as escadas correndo- Pega outro sabonete pra mim, por favor? Esse aqui que você comprou tem cheiro de fumaça.

  - Foi a minha mãe que me deu, oh boca de sacola- pegou outro sabonete na gaveta e entregou para a namorada- Tá nervosa?

  - Pra reencontrar sua mãe? Não- deu de ombros- Só espero que você já tenha dado o aviso prévio do nosso namoro- falou o olhando com os olhos semicerrados e o loiro deu um sorriso forçado- Não falou, né?

  - Eu esqueci- falou manhoso e abriu a porta do boxe ficando com um pé para dentro.

  - Você gosta de me botar em cada situação- suspirou- Fecha isso ou você vai acabar se molhando.

  Dito isso uma série de gotas de água foram parar na roupa do loiro, e havia sido culpa dela.

  - Ah não- disse em um falso tom de indignação- Agora eu vou ter que tirar- ele removeu a camisa e jogou na pia, logo adentrando totalmente o corpo na cabine.

  - Vaza, Breno!- tentou o empurrar e a água de seus braços escorreu pela bermuda cinza do homem.

  - Foi sua culpa, de novo- ele tirou a bermuda ficando apenas com uma cueca branca.

  - Cueca branca não- ela resmungou olhando para a região- A gente precisa terminar de se arrumar- fechou os olhos quando o loiro a puxou de encontro ao seu corpo e começou a beijar seu pescoço- É sério, Breno- apertou as unhas na nuca dele enquanto sentia os dedos de sua mão direita apertarem sua bunda com vontade- Amor, a gente vai se atrasar- sua voz estava baixa e fraca, mas ele entendeu muito bem.

  - O que você disse?- se separou com um sorriso no rosto e olhou nos olhos castanhos da mulher, que estavam mais escuros que o normal.

  - Pra você sair que eu preciso terminar o banho ou a gente vai se atrasar- deu um empurrãozinho do peito dele o afastando.

  - Eu preciso falar que você molhou minha cueca?- apontou para o objeto e a mulher respirou fundo se jogando nos braços do namorado e se rendendo a tentação que era tê-lo seminu junto à ela.





  - Se a sua mãe reclamar que nos atrasamos, eu vou falar que você invadiu meu banho e me obrigou a transar com você- Paula falou enquanto terminava de calçar seu sapato de salto.

  - Não acho que vá querer falar da nossa vida sexual com a minha mãe- deu uma risadinha.

  - Me desafia pra você ver- parou o que fazia e o encarou.

  - Eu sei que você é capaz de tudo, meu anjo- as últimas duas palavras foram em tom irônico.

  - Acho bom.

  Eles terminaram de se vestir e então partiram para a casa da mãe de Breno.

  - Meu filhinho!- abraçou o homem e beijou seu rosto diversas vezes- Achei que tivesse esquecido que eu existia.

  - Eu tava ocupado- apontou para Paula e ela sentiu vontade de bater nele.

  - Olá, dona Maria Olívia- sorriu simpática.

  - Quanto tempo!- puxou a morena para um abraço- Faz quanto tempo que você voltou para Goiânia?- puxou o casal pra dentro de casa e fechou a porta.

  - Mais de ano já- revelou- O Breno não havia dito pra senhora?

  - O Breno não me fala nada, minha filha.

  - Ah, eu e a Paula estamos namorando, esqueci de te avisar isso também- falou como se fosse a coisa mais normal do mundo e a morena o fuzilou com os olhos- E a gente tá morando junto.

  - Peraí- a mulher sinalizou tirando os óculos- Foi muita informação ao mesmo tempo. O que aconteceu com seu marido.

  - Não éramos casados- quis deixar claro- Nós acabamos terminando nosso relacionamento por...

  - Ele tava chifrando ela com a Samanta- Breno a interrompeu.

  - A outra amiga de vocês?- MO perguntou chocada.

  - Isso- a morena precisou de uma longa respiração para não brigar com o namorado- Aí depois de um bom tempo eu comecei a namorar o Breno.

  - Que bom, já achei que você tava traindo o menino- disse aliviada.

  - Não- deu uma risadinha sem graça.

  - Tão morando na casa do Breno?

  - Na nossa casa, mãe- o loiro corrigiu- A casa agora é dela também.

  - Então você vai me convidar pra ir na sua casa, Paulinha? Porque meu filho nem pra isso presta!- deu uma almofadada na cara do loiro.

  - Pode deixar, Maria Olívia! Algum dia vou marcar um jantar lá e convidar o planeta inteiro!

  - Aí não, né- disse assustado.

  - E o carro? Ele já te deixou dirigir?- questionou.

  - Ainda não, mas daqui a pouco vai- piscou para a sogra.

  - Meu carro? Jamais! A Paula não é boa motorista. Lembro muito bem como você corria na época da facul- semicerrou os olhos a olhando.

  - Então veremos!

  O casal ficou mais algumas horas na companhia da mais velha e então voltaram para a casa.

  - Você não acha que a casa fica muito solitária só com nos dois?- Paula perguntou quando estavam sentado no sofá da casa deles.

  Ela tinha as duas pernas jogadas no colo do namorado enquanto ele fazia carinho nelas.

  - Um pouco- resolver ver onde esse assunto chegaria- Eu adoro sua companhia.

  - Eu também adoro a sua, não me entenda mal, a gente se basta, mas... sei lá, falta alguém correndo pela casa, tirando nosso sono, nos deixando apaixonados por tanta fofura. Imagina que amor o tamanho das roupinhas- olhou com os olhos brilhando para o namorado- Você não concorda?

  - Com certeza- ele tinha um sorriso bobo no rosto.

  - Você quer?- ela perguntou animada e montou no colo do namorado segurando seus cabelos. Ela falou mais algumas coisas, mas ele estava hipnotizado demais pensando na possibilidade- Quer tentar?

  - É o que eu mais quero- segurou o rosto dela com firmeza e deu uns selinhos apaixonados.

  - Então pega o seu celular- se debruçou no sofá e pegou o celular do homem- Não sei se tenho número de alguma petshop.

  - O que?- perguntou confuso.

  - Petshop, meu bem- falou rindo- Temos que ver os animaizinhos pra ver um pra adotar ou comprar- ela pode ver uma pitada de decepção nos olhos verdes- O que foi? Você não quer um cachorrinho? Mas você quem concordou- o sorriso de seu rosto sumiu.

  - É claro que eu quero um cachorrinho- falou fazendo a namorada sorrir novamente- Era exatamente disso que eu estava falando desde o início- desviou o olhar e entregou seu celular na mão da morena- Vamos procurar o novo integrante dessa casa.

  Aquele momento foi muito estranho para o loiro. Ele não sabia o que estava sentindo, ele nunca havia se sentido daquela maneira anteriormente. Isso não era sobre o cachorrinho que sua namorada tanto queria, mas sim sobre o assunto que ele achou e desejou que ela estivesse falando.

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