Capítulo 32

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Já estava anoitecendo quando Breno voltou para sua casa. Ele ficou o dia inteiro na academia, exercício físico era a melhor forma de eliminar todo stress que o homem acumulava no corpo.

- Paulinha?- ele chamou seu nome vendo que ela não estava à vista no andar de baixo da casa, mas não obteve resposta.

O homem pegou seu celular para ver se não tinha alguma mensagem e constatou que o mesmo estava sem bateria.

- Droga- resmungou.

Subiu as escadas para procurar a morena e pegar um carregador, mas novamente, nenhum sinal dela.

Ele conectou o carregador na tomada e se sentou no sofá esperando o mesmo ligar. Quando o celular se configurou todo e o Wi-Fi conectou novamente, apareceram algumas mensagens, mas o nome "Minha" era o mais importante ali para ele.

" Oi, você tá bem?"
"Eu to tentando te ligar mas só cai na caixa postal"
"Breno, eu já to ficando preocupada"
" Eu não sei se você tá me evitando ou se realmente seu celular não está por perto, mas me ligue assim que ver essa mensagem. Preciso falar com você"
"Já fazem duas horas desde a última mensagem, vou parar de te incomodar. Eu só estava querendo que você chegasse logo pra me ajudar. Você é a única luz que eu tenho nesse momento da minha vida"

Ele também viu que havia uma mensagem que havia sido apagada e aquilo o fez ficar levemente desesperado. Pôs o número de Paula nos contatos e então ligou para ela.

- Alô?- ele pôde ouvir um tom de voz feliz e também reparou que ela devia estar tão ocupada que sequer olhou o identificador.

- Oi- sua voz falhou levemente.

-Oi, Breno- sentiu a alegria de sua voz vacilar levemente.

- To atrapalhando?- se sentiu mal por parecer um estranho falando com alguém que na verdade tinha tanta intimidade.

- Jamais- suspirou- Eu... to aqui na casa do Rafael- revelou fazendo o coração do loiro acelerar e um grande desconforto se instalar me seu corpo.

- Você... você decidiu fingir com ele?- limpou a garganta tentando tirar o incomodo da voz- Quero dizer que super te apoio, entendo que você queira poupar a saúde da sua cunhada.

- O voo delas foi adiantado, por isso eu to aqui e não decidi nada ainda, só estamos deixando tudo rolar normalmente- revelou dando uma leve acalmada no parceiro- Ela fez questão que o Rafa ligasse para os amigos da faculdade, ela disse que queria nos ver juntos novamente, nem que fosse uma última vez- deu uma risada sem humor.

- Mal sabe ela o ninho que tá se metendo- o homem riu levemente- Por que não me ligaram?

- Eu to tentando desde que você saiu- foi praticamente um tapa na cara dele- Enfim, todos toparam e nós vamos jantar lá no bar que costumávamos ir quando estávamos na faculdade.

- Você vai direto dai?- questionou.

- Sim, a Gina não me larga mais- ele sentiu o sorriso dela na frase- Fingi que ia no banheiro pra te atender.

- Ela deve tá achando que você tá com dor de barriga- a frase causou risos na morena- Então a gente se vê a noite. Beijos!

- Beijos!- e então o celular foi desligado.

O homem sentiu uma pontinha de esperança quando a amiga o disse que ainda não havia decidido o que fazer, mas confiava nela e, independente do que ela escolhesse, ele ia aguentar a bronca lado a lado e não ia se magoar com qualquer que fosse sua decisão. Queria apoiá-la e queria mostrar o seu apoio à ela.

Ele subiu as escadas da casa, tomou um banho relaxante já que estava precisando e então foi até seu quarto para vestir, quando chegou lá, viu que havia uma mensagem em seu celular.

"Confia?"- era a única coisa que a mensagem de Paula dizia.

"De olhos fechados!"- foi a sua resposta.

O loiro se arrumou, passou perfume, penteou e ajeitou seu cabelo que havia resolvido ficar rebelde, e então desceu as escadas, já havia chego o horário que combinara com a morena, portanto ele pegou as chaves de seu carro, deu uma última checada no espelho e partiu para o bar tão conhecido por ele.

Era um sábado à noite, então sabia que as chances do local estar lotado eram enormes, mas se surpreendeu ao ver que o número de pessoas presentes não era tão alto.

- Pelo visto não vou poder ignorar a Samanta e o Rafael o suficiente- resmungou vendo que o barulho comum de vozes no lugar não era tão ensurdecedor.

- Breno!- Paula disse animada quando o loiro se aproximou da mesa.

Estavam apenas ela, Rafael, Joana e a pequena Gina, ele havia sido o primeiro a chegar dos amigos.

- Olá- disse com um sorriso tímido.

- Breno, eu lembro de você!- a mulher se levantou e foi até ele- Tá ainda mais bonito do que eu me lembrava- o abraçou rapidamente- Como tá a vida?

- Sobrevivendo- brincou e se xingou mentalmente quando lembrou da condição da mulher.

- Você nunca conheceu a Gina, né?- apontou para a pequena que segurava a mão de Paula encima da mesa- Vem cá, filha!- chamou e a pequena foi- Dê oi para o Breno.

- Oi, Breno- ela sorriu.

A menina era muito parecida com Rafael, mas tinha um jeitinho doce e infantil em suas feições.

- Olá!- sorriu e acariciou os cabelos pretos.

- Senta aqui, moço!- Paula chamou e apontou para a cadeira ao seu lado.

Paula estava sentada na última cadeira na lateral da mesa, de frente para Rafael, e Gina estava sentada na ponta, entre seus tios.

O loiro apenas acenou com a cabeça para o ex namorado de sua atual... companheira e deu um beijo na cabeça da morena. Não demorou muito até o restante chegar. Samanta foi a última.

- Como voce tá chique, menina!- a irmã de Rafael disse cumprimentando a outra.

- Muito obrigada- sorriu largamente e a abraçou com força- Eu já tava morrendo de saudade de você.

- Nem me fale- sorriu- Quando foi a última vez que o Rafa te levou lá em casa? Uns três anos?

- Por aí.

Paula se sentiu desconfortável com a frase, por imaginar as circunstâncias, e Breno sentiu isso. Ele queria poder pôr a mão em sua coxa para acalmar, mas sabia que estragaria o teatro.

Samanta cumprimentou todos com beijos no rosto, inclusive Breno, mesmo contra a vontade dele, mas quando chegou em Paula, ela ficou completamente sem saber o que fazer. A morena deu um sorriso e uma pequena piscada para a ex amiga, que devolveu o gesto, se sentando ao lado de Breno, já que Mari e Danillo estavam ao lado de Joana do outro lado da mesa.

- A gente falou sobre tanta coisa quando estávamos lá na casa de vocês que eu acabei nem perguntando- Joana disse após tomar um gole de sua cerveja- Já começaram os preparativos para o casamento?

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