Capítulo 19 - Parte IV: A Morte de Eloise Vitale

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Eloise Vitale

Loucura sim fiz uma loucura é o que muitos iram dizer, mas para mim trocar de lugar com Verônica foi das melhores coisas que já fiz depois do meu primeiro desfile e confesso que não sei nem por onde posso começar, só sei que é graças a sujeira de nos ricos que Verônica e muitas outras como ela tem um emprego, e graças a elas é que todas essas garotas tem o que comer no fim do dia, mas isso não deveria ser o motivo de muitos de nós deixarmos o quarto de cabeça para baixo odeio ricos, odeio ser um deles.

Dobrar lavar e passar cansa, vou me lembrar de parabenizar o que Verônica faz diariamente não de fato, não é para qualquer um, estou suada e suja com as unhas quebradas, mas quem se importa? Creio ter perdido alguns quilos será isso é equivalente a uma hora de academia? Onde não gosto de estar lá todos me tratam como se eu fosse a Barbie, as vezes eles esquecem que eu sou feita de carne osso, acho que vou começar a arrumar a mansão dos meus pais, assim serei mais magra que as modelos que desfilam seus ossos pelo mundo.

-Verônica eu sabia que você estaria aqui, conhecendo eu nunca imaginei que fosse se apaixonar por um hospede, pois depois do último você jurou a si mesma nunca mais se apaixonar, e tomara que a senhorita Vitale não descubra o que você sente por Erick Donati.

- Descobrir que Verônica também se apaixonou pelo mesmo homem que eu?

- Mas eu pensei que...

- Você pensou que eu era ela não é mesmo?

-Senhorita Vitale? É você mesma cadê ela? Onde Veronica está?

- Ela foi fazer um favor para mim, posso te ajudar em algo?

- Não eu acho que não, mas porque está com as roupas dela? Fazendo o serviço que era para ela estar fazendo? Que tipo de favor é esse?

- Diana? Esse é o seu nome não é mesmo? Verônica disse que você ia procura-la, e disse também não iria embora sem saber o que realmente está acontecendo.

- Minha amiga é muito esperta na maioria das vezes, mas ainda assim ela precisa de um empurrãozinho, agora desembucha porque diferente de você eu preciso muito desse emprego.

Eita mulher osso duro de roer, mas quer saber gostei disso ela e Verônica foram as únicas que me trataram como uma mulher qualquer, uma coisa que jamais irei esquecer.

- Trocamos de lugar por um dia.

- Como um dia de princesa? E de gata borralheira? Ambas ficaram malucas?

- Sim, talvez eu sei e até posso entender e concordar com vocês quando reclamam de ricos.

- Você é filha de gente montada na grana, e ainda pode entender e concordar com os pobres? É isso mesmo que acabei de ouvir?

- Você pode baixar a guarda e me escutar por um instante?

- Sim eu vou te escutar pela Verônica, ela me disse coisas sobre você, coisas que ouvi uma única vez quando viramos amigas de verdade, e se você é amiga dela também será a minha.

- Obrigado, não pense que o dinheiro é fonte de felicidade plena porque não as coisas não são assim, ele traz sim momentos muitos momentos felizes, mas isso é só o que ele traz e o que ele pode trazer.

- E Você quer que eu acredite nisso mesmo? Você só pode estar brincando comigo não está?

- Não, não sempre quis ser reconhecida...

- Mas você é...

- Sim pode até ser que sim, mas não é como vocês imaginam, eu estava cansada de ser a filhinha de papai, acho que você nem faz ideia do quanto é ruim dar um passo e todo mundo saber? Queria ser uma garota normal que estuda de dia e trabalha a noite, queria ter amigos de verdade e não estar rodeada pelo maldito dinheiro que transborda pela minha conta bancaria, você tem sorte de ter alguém como Verônica assim como ela tem sorte de ter você.

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