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Marília 💫

Victória: Você vai ou não pro baile, mana? - Revirei os olhos.

Mari: Vou, mulher.- Falei comendo minha batata.

Carla: Ls vai sem mulher, se você não sentar eu sento.- Fiz cara de nojo para ela.

Mari: Senta você, gata. Não tô na seca por macho, muito menos por macho casado.- Me levantei.- Podem ir pra casa de vocês, qualquer coisa a gente sobe juntas.

Carla: Tu é toda estressada também!

Mari: Não sou estressada, mulher. Mas imagina tu no lugar da fiel do cara? Porra mano, se coloca no lugar.- Joguei o pacote de batatinha no lixo.

Vic: Tô indo me arrumar ein..- Falou saindo de casa.

Olhei pra Carla que bufou e saiu também e tranquei a porta.

Essas negas acham que eu sou besta, que eu não sei que ela são apenas amiguinhas de farra.

Quando eu tenho dinheiro, geral quer colar, mas vai eu não ter dinheiro para pedir emprestado pra ver se alguém vai me dar 1 real.

Fui me arrumar, tomei banho e fui sem nada no rosto mesmo, prefiro ir assim do que ir igual as monas que passam 1kilo de maquiagem, sabendo que no final vai tá pior que os palhaços.

Eu tenho mínimo senso, se vou sair pra beber, curtir e dançar, obviamente vou suar e eu que não vou gastar minhas maquiagens a prova de água pra baile mixuruca.

Avisei pra minha mãe e peguei apenas 50 reais, para pagar bebida pra mim ou qualquer coisa.

Eu não negava, amava quando os bandidos davam patrocínio pra eu poder beber a vontade, mas eu nem fazia tanta questão.

Por exemplo, entre gastar meu dinheiro com bebida em baile e ir pro baile, só pra dançar, fico com a segunda opção.

Sai na porta de casa e não vi as meninas, tu fez questão? Porque eu agradeci!

Comecei a subir pro baile com meu tênis pretinho com glitter, um short preto e um cropped branco.

Meu cabelo tava todo pro lado e eu achava lindo demais.

No caminho, uma moto buzinou e veio parando do meu lado, tomei susto logo que vi o tal.

Ls: Quer carona não, minha vida? - Gargalhei, continuando a andar.

Marília: Já deu carona a sua fiel hoje? - Falei rindo e olhei pra trás, vendo ele balançar a cabeça.

Ls: Esquece esse bagulho, fica comigo na suave pô. Te listo desde que tu chegou aqui, se nós teve umas vezes que foi boa, quem garante que as outras não vão ser? - Falou andando devagar com a moto.

Mari: Ih, Ls. Se um dia tu largar tua mulher de verdade, a gente conversa! Não vou servir de amante não, gatinho. Namoral, me fala aí como é chegar em casa e ver a mulher dizendo que te ama? Fica com a consciência pesada não?

Ls: Isso num é da tua conta, parceira. Tu tá ligada que tudo que eu consigo eu quero, por bem ou por mal! - Ameaçou e eu parei de andar.

Mari: Tá ameaçando me estuprar? - Olhei pra ele, que sorriu.

Ls: Entenda como você quiser, só tem cuidado nesses becos escuro.- Piscou.

Encarei ele com nojo e tive vontade de cuspir na cara dele. Ele acelerou a moto e eu me assustei, dando uns passos pra trás e observando esse macho escroto que acha que é gente.

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