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Marília: Amorzinho, preciso conversar com você.

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Se passou dez minutos e nada dele responder, então peguei minha sandália e fui andando pra boca.

Vi a moto dele ali e nem me preocupei em me estressar pelo fato dele não ter respondido, pois eu sou vagabunda mas ele trabalha.

De uma forma vagabunda também, mas trabalha.

Abri a porta de uma vez e me assustei,  vendo a Suelen com uma barrigona, na frente do Leandro, que me olhou.

Suelen: Não sabia que suas amantes podiam entrar sem bater agora, virou um total puteiro depois que eu fui embora.- Encarei ele.

Ls: Que foi, pô? - Falou vindo na minha direção.

Mari: Me diz que esse filho não é teu e que você não escondeu ele de mim...- Pedi baixo, olhando pros olhos dele.

Ls: Eu não sabia, eu acabei de descobrir também.

Suelen: Leandro? - Gritou e ele respirou fundo.- Quem é ela?

Ls: Não me estressa, Suelen. Eu posso fazer tua vida voltar a ser um inferno rapidinho.- Gritou com ela e eu tombei a cabeça pra trás.

Mari: Eu sou a Marília.- Falei olhando pra ele.

Suelen: A fiel? - Dei os ombros, balançando a cabeça.- Ele sabia do filho sim, desde os dois meses.

Ls: Tu se prepara que tua vida de princesa vai acabar, tá escutando? - Gritou, indo pra cima dela.

Marília: Leandro, você tem merda na cabeça? - Gritei no mesmo tom que ele, indo pra frente dela.- O quão nojento você consegue ser em encostar em uma mulher? Além disso, que tá carregando um filho seu, idiota.

Ls: Não se mete, Marília. Contigo eu resolvo depois, ela já tá acostumada e sabe do proceder comigo.- Falou me afastando.

Mari: Sabe qual o meu proceder com você? - Debochei.- Que se você levantar um dedo pra encostar nela, vai ser como acabar com tudo o que a gente tem, ou eu acho que tem. Se é que isso vale algo pra você.

Ls: Meu papo não é contigo, Marília.- Falou me encarando.

Mari: E certamente, meu papo deixou de ser com você agora...- Falei puxando a mão da mulher, pra fora.

Ele gritou e ela respirou fundo, andando com dificuldade e com a mão na barriga.

Suelen: Por que você faz isso, menina? Leandro atura até certo ponto.- Falou tomando uma água, na praça comigo.

Mari: Por quê não fazer isso? É tchau pra macho escroto, baby...- Brinquei, vendo ela sorrir.

Suelen: Eu não falei aquilo por mal pra você ou pro relacionamento de vocês. Mas eu já fui muito enganada por aquele dali e sei que é uma merda acreditar nas pessoas e se decepcionar depois...

Mari: Na verdade te agradeço por isso. Mentiras acabam comigo e sei lá, ver a reação dele e a forma que ele falou contigo, me deixou com uma sensação muito ruim.

Suelen: Mas ele faria pior sem você ali, então você é especial.

Mari: Não sei se esse fato me conforta ou me assusta. Por exemplo, se ele fez com você, nada pode afirmar que ele não vai fazer comigo. Eu sou o tipo de pessoa que acredita que você deve se apaixonar por uma pessoa pelo modo que ela trata os outros.

Suelen: Você é bastante inteligente.- Riu.

Mari: Talvez, mas pensa comigo. Do que adianta o cara te tratar bem se ele grita com os outros na rua? Por exemplo, pra você ele é uma pessoa, pra mim outra. Isso é falsidade demais.

Suelen: A diferença é que tu tá se envolvendo com bandido, gata. É a coisa mais machista ou sei lá o que, mas tu sabe que não é igual a se envolver com um cara honesto. Então espere tudo, menos mil flores no seu relacionamento.

Encarei ela e respirei fundo, vendo ela fazer careta e beber a água, enquanto eu olhei pra frente e após, pro meu celular que tocava.

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Entre O Tráfico Onde histórias criam vida. Descubra agora