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Marília 💫

Acordei no outro dia com o Leandro se mexendo perto de mim e abrir os olhos, com sono ainda.

Ele parecia estar bolado com alguma coisa, olhei pra ele que não me olhou e eu fechei os olhos, ignorando e indo dormir novamente.

Mais tarde, acordei por livre e espontânea vontade, sentei na cama e passei a mão no rosto, indo pro banheiro.

Saí do quarto dele, escutando a voz da Eduarda e cocei meu cabelo, amarrando o mesmo.

Mari: Bom dia...- Falei fazendo ela me olhar.

Eduarda: Bom dia.- Falou animada e eu sorri sem mostrar os dentes.

Leandro não me olhou ou respondeu, ele estava quietinho demais na dele e eu deixei ele assim.

Talvez ele tivesse acordado de uma forma ruim, ou estivesse estressado, ninguém é obrigado a tá sorrindo o tempo todo.

Começando por mim que vivia de cara fechada e péssimo humor, então deixei ele quietinho, pois ele sabia que quando precisasse, eu iria tá ali do lado dele.

Comi dois pães com queijo e tomei danone de salada de frutas, lavei a louça que eles tinham deixado ali e deixei pra enxugar.

Antes de ir pra sala, olhei pro relógio que já mostrava serem onze da manhã e como tinha uma criança aqui, ela precisava almoçar.

Procurei na geladeira algo feito mas não tinha nada, então voltei pra sala e fui pra perto do Leandro.

Mari: Não tem nada pra comer a Duda tem que comer alguma coisa saudável, você vai comprar ou vai almoçar fora com ela?

Ls: Tu sabe fazer algum bagulho? - Falou seco.

Mari: Sei sim, porém acho que vai demorar porque tem que ir comprar, preparar e sei lá.- Olhei pra ela, que estava olhando pro desenho.

Ls: Eu vou comprar comida pronta.- Falou se levantando.- Ou Eduarda, tu quer almoçar fora?

Ela apenas balançou a cabeça, sem olhar.

Mari: Tem certeza que você não quer usar o anel de lua? - Perguntei vendo ele me dar as costas, porém virar quando eu falei.

Ls: Tô suave.- coçou a garganta e pegou o controle, desligando a televisão.

Eduarda: Pai...- Falou alto, fazendo bico.

Ls: Passa pro banheiro e vai se arrumar, ou vai morrer de fome.- Ela bufou, indo pras escadas.

Ele me olhou e eu me levantei também, indo pras escadas na frente dele, indo tomar banho.

Eu sabia que ele queria falar alguma coisa, porém não iria ficar insistindo ou fazendo birra pra ele contar, quem tinha que ter a consciência é ele.

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Entre O Tráfico Onde histórias criam vida. Descubra agora