Entre O Tráfico

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Acordei com alguém beijando minha bochecha e olhei assustada, escutei duas risadas e era do Leandro e Eduarda.

Mari: Hm, você tá bem? - Sorri fraco, coçando os olhos.

Eduarda: Tô sim e você? - Falou cansada.

Mari: Também, gatinha. Já comeu, tomou banho?

Ls: Já sim e agora vai dormir.- Falou pegando ela no colo.- E tu sobe pro quarto.

Mandei língua pra ele, fazendo ela rir e fui pra cozinha olhei pro relógio e era uma dá manhã.

Olhei pro chão, pensando em como seria a minha vida e de verdade, eu estava com medo do Leandro se acostumar a vacilar comigo, sabendo que eu vou perdoar.

E também, eu ser tão idiota ao ponto de perdoar tudo. Mas eu não queria fazer isso.

Ls: Tá pensando no que? - Me assustei com a voz dele.

Mari: Em nós.- Olhei pra ele.- Estou com medo, Leandro.

Ls: De que, meu amor? - Parou na minha frente.

Mari: Olha pra mim, eu tô aqui, não tô? - Ele balançou a cabeça sem entender.- A gente tá junto, eu não escondo nada de você, caralho.

Ls: Vai querer discutir isso agora? - Neguei com a cabeça.

Mari: Eu só queria como você confiasse em mim, como eu confio em você.- Sorri sem graça, colocando o copo na pia.

Ls: Eu confio, só tem coisas que eu não acho importante pra te contar.

Mari: Não é questão de importância sobre contar. Leandro, eu te conto sobre tudo, seja da minha menstruação desregulada, até os meus piores medos.

Ls: E se chegar um dia que eu te contar e tu não aceitar o bagulho, Marília?

Mari: Eu vou preferir saber de você, ver você falando pra mim, sem mentiras, acredite.- Falei subindo pro quarto.

tomei banho naquela água geladíssima e eu nem me liguei pra colocar ela quente. Mas segui e sai enrolada na toalha, vesti uma roupa confortável e me deitei, vendo ele do meu lado em seguida.

Mari: Boa noite, eu amo você.- Falei baixinho, me cobrindo e virando de costas pra ele.

Esperei uma resposta, ou até mesmo um dos seus beijos carinhosos na minha nuca, mas a única resposta que tive foi ele se levantando da cama e saindo do quarto.

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