Entre O Tráfico

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Marília 💫

Quando o Menor falou que o meu marido tava no postinho, deixei a minha filha adotada na casa da minha mãe e corri pro Lins.

De cara não deixaram nem eu entrar, tive que chamar o Menor pra me acompanhar e ainda ameacei os meninos dizendo que eu iria contar pro meu marido.

Dei uma corridinha e cheguei no quarto que ele estava, Menor me olhou e eu fiz careta, repreendendo um choro.

Menor: Ele tá bem...- Olhei pra ele.- Mas ele pode não andar mais.

Mari: Maurício, tá de brincadeira?! - Falei olhando pra cima e ele negou, passando a mão no rosto.

Menor: Se eu não tivesse lá com ele, ele poderia nem tá vivo mais. Relaxa, Marília..

Mari: Ele já sabe? - Apertei a mão dele, que aos poucos foi dando sinal de vida.

Menor: Ele acordou procurando por tu e pelas filhas. Acordou muito surtado e pá.

Ls: Surtado é a minha rola.- Escutei o murmuro dele e olhei pra ele.

Menor: Já já eu volto.- Falou fechando a porta.

Ls: Que carinha é essa? - Falou tentando se mexer mas não conseguiu e fez careta de dor.

Mari: Aí caraí, te amo muito...- Passei a mão no rosto dele.- Tipo, amo muitão. No ponto de sei lá, viver por nós dois.

Ls: Não entendi. Eu morri? - Eu ri fraco, beijando a testa dele.

Mari: Você consegue mexer as pernas, amor? - Ele me olhou sério e eu entrelacei nossas mãos. Ele começou a tentar se mexer, mas conseguindo apenas os braços.- Amor, calma.

Ls: Não, Marília. Porra, isso não...- Olhei apreensiva pra ele.- Caralho, eu quero sair daqui.

Mari: Leandro, se acalma...- Ele empurrou minha mão.- Eu tô aqui com você, não faz assim...

Ls: Saí daqui, me deixa sozinho...- Neguei com a cabeça.

Mari: Eu sou tua mulher, eu tô aqui por tu... vai dá tudo certo, Leandro...- tentei tocar no rosto dele mas ele bateu na minha mão.

Ls: Saí daqui, caralho.- Gritou e eu neguei, fechando os olhos.

Alguém abriu a porta e eu vi o Menor, vindo na minha direção. Neguei com a cabeça e ele me puxou, Leandro colocou as mãos no rosto e menor me puxou pra fora do quarto, me abraçando.

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