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Eu não era de confiar em macho, começando pelo Ls, aí vinha o Preto, que parecia ser um macho muito safado também.

Aí eu ia pra escala, quem era o mais safado?

Até agora, o Ls sempre pisou na bola. Mas eu também não era uma menina besta e emocionada.

Como sempre falei, confio desconfiando de todos e isso vale pros dois machos.

Bati na porta, sabendo que ele estava em casa porque a moto estava na frente. Não demorou muito pra porta se abrir e ele me olhar, dos pés a cabeça.

Mari: Prova que ele é sujo.- Coloquei as mãos na cintura.- Agora se você estiver mentindo, saiba que se tu tinha alguma chance comigo, perdeu todas.

Ls: Eu vou perder meu tempo inventando mentiras dele pra que, Marília? Se eu não quisesse que tu ficasse com ele, já teria estourado os miolos.

Mari: Então mostra que ele não é uma boa pessoa, Leandro.- ele esfregou as mãos no cabelo.

Ls: Ele é casado e tem duas filhas, meninas.

Mari: Trabalho com fatos provados, Leandro. Você tem um filha também, e aí?

Ls: Uê, Marília, pelo menos eu assumi minha cria. As meninas são filhas dele com a fiel, mas ele não assume e diz que não são. Além disso, a fiel apanha pra porra na mão dele.

Mari: Tem foto, vídeo?

Ls: Não preciso tá mentindo pra ninguém não, muito menos pra tu. Eu sei da minha conduta e eu tô falando o que eu já vi com os meus próprios olhos.

Mari: Ele não é tão diferente de você então...- Comentei debochada.

Ls: Não me compara com ele, escutou? - Falou apontando na minha cara.- Eu posso ser o filho da puta que for, mas eu nunca levantei o dedo pra uma filha minha, caralho.

Mari: Ele bate nas filhas?

Ls: Todo mundo sabe que foi uma vez, no meio da praça. A guria tinha 3 anos e ele bateu nela porque ela foi falar com ele e ele tava bebendo.

Mari: E se eu confiar em você pra me arrepender, ein? - Ele me encarou sem paciência.

Ls: Tu tá tirando toda minha calma hoje no bagulho, né? Tu tá imoral hoje, porra.- Falou pegando uma chave e fechando a porta.

Ele segurou meu braço e me puxou pra moto, bati o pé mas acabei montando e ele puxou pra boca.

Não entendi, mas ele me trancou dentro da salinha e abriu umas gavetas, tirando um pacote de dentro.

Ele literalmente jogou em mim e eu acabei vendo umas fotos de uma mulher com o olho roxo e partes roxas no corpo, segurando a mão de uma menininha pequena.

E a maioria das fotos ela assim, a mulher toda roxa, em algumas só com uma criança do lado e em outras, com as duas crianças.

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Entre O Tráfico Onde histórias criam vida. Descubra agora