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Leandro 💸

Era muito mais difícil eu passar por isso, do que a Marília entendia.

Eu sinto o esforço, eu vejo a porra do esforço que ela tá fazendo, a forma que ela tá tentando, por mim.

Só que caralho, eu sei que não tô conseguindo andar e isso já fode com minha mente, ver ela ficar insistindo pra um bagulho que não vai dar certo, me fode.

Eu fico puto em saber que agora eu dependo dela, pra quase tudo.

Eu tava com uma puta vontade de mijar e minha rola já tava doendo, respirei fundo e neguei com a cabeça e tentei pensar em qualquer outro bagulho.

Marília: Tu vai querer comer agora? - Abriu a porta do quarto e me olhou.

Tentei ignorar ela, mas engoli no seco e olhei pra ela.

Ls: Quero dar um mijão pô...- Falei esperando alguma risada ou esses bagulho dela.

Mas eu sabia que ela não iria fazer isso comigo, como eu disse, eu sei quem ela é uma pessoa do caralho pra mim.

Mari: Vai tomar banho de uma vez logo? - Falou amarrando o cabelo.

Ls: Pode ser.- Passei a mão no rosto.

Ela veio pro meu lado com aquele bagulho de, "no três faz força."

Ela me colocou na cadeira e toda vez que ela fazia isso, eu via a cara de dor que ela fazia.

Caralho, quando se tratava da Marília ou minhas filhas, eu podia tá no inferno, com a sentença de morte assinada, mas se essas três pessoas estivessem bem, eu não tava nem aí pra mim.

Se fosse pra escolher entre eu ficar nesse caralho ou a Marília ficar, eu ia ficar, porra.

Mas eu odeio que ela faça os bagulhos e se machuque também, porra.

Ela saiu do banheiro, dei meu mijão e ela voltou uns segundos depois.

Tirou o resto da minha roupa, tudo isso cantarolando alguma coisa e eu fiquei calado também.

Se eu pudesse me trancar em qualquer bagulho e não ver a cara mais de ninguém, eu irei querer essa porra.

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