Uma semana depois depois eu acordei super cansadinha. Tinha ido pra praia de manhã e estava morta.
Eu tava achando muito estranho, porque era complicado demais você se acostumar com alguém e do nada, a pessoa ficar ausente na sua vida.
Mari: Bom dia! Mãe, você comprou aquele queijo que eu gosto? - Falei caminhando pra cozinha.
Maria: Comprei sim.- Falou sorrindo.- Eu também encontrei o Ls hoje.
Mari: Que azar ein...- Falei pegando o pão e o queijo.
Maria: Filha, eu não estou dizendo pra você perdoar ou ignorar o fato das mentiras e que eu ele foi escroto. Mas eu acho que você deveria conversar com ele, até pro seu bem.
Mari: Eu vou sim...- Falei comendo.- Hoje até, eu acho.
Maria: Eu quero que você descubra o melhor pra você. Leandro te faz bem.
Mari: Leandro me faz bem e ao mesmo tempo pode fazer muito mal.- Falei saindo da cozinha com o celular nas mãos.
Me sentei no sofá e fui no whatsapp, indo desbloquear ele para poder mandar mensagem.
mensagens 💗
Marília: oi, a gente pode conversar?
Amor ❤: Porra Marília.
Amor ❤: Pq tu fez isso comigo, cara? Caralho porra, dava em nada ter conversado comigo há uma semana atrás.Marília: podemos ou não?
Amor ❤: Agora?
Marília: Tanto faz, pode ser.
Amor ❤: Vem pra cá, quando quiser. Não sei aonde você tá.
mensagens 💗
Dei os ombros e coloquei os pés em cima do sofá, olhando pra televisão.
Queria maratona La casa de papel, assim como vários seres humanos, mas tinha prometido ao menor, que a gente iria assistir juntos.
Fui pra cozinha e peguei outro pão e tomei com achocolatado, avisei a ele que iria sair e ela apenas concordou.
Não estava apressada, então fui fazendo minhas coisas primeiro, como arrumar o quarto e minhas roupas.
Depois, tomei banho e coloquei um cropped pretinho com um short preto também, senhora de luto.
Calcei uma rasteira branca pra diferenciar e passei perfume e blá blá blá.
Saí de casa e desci o morro com um vapor, que se ofereceu a me levar e eu aceitei.
Cheguei no Alemão e ele me deixou diretamente na boca, então eu desci já entrando na sala e agradecendo a ele.
Diferente das outras vezes, bati na porta e esperei que ele abrisse.
E assim, aconteceu.
Ele abriu e me olhou, eu não conseguir olhar pra eles por um segundo mas acabei olhando.
Porra, era a primeira vez que meu peito doía de saudades de alguém e isso me machuca demais.
Ls: Eu tava com saudades de tu.- Foi o primeiro a admitir e eu passei por ele, entrando na sala.
Mari: E aí? - Me sentei na cadeira, vendo ele sentar na minha frente.
Ls: Eu sei que eu fui burro contigo, mas caralho. Tu disse que não gostava de criança e eu pensei que tu não fosse aceitar ou gostar.
Mari: Essa desculpa nem serve pra você. Primeiro que o filho não é meu pra eu gostar ou aceitar e segundo, assim como eu criei simpatia pela Eduarda, criaria pelo bebê também.- cortei ele.
Ls: Mas eu não sei, Marília. Não sabia! Tu é diferente, tu muda todos os dias. Eu ainda não te entendo bem, tem dias que tu gosta, outros não. E eu não queria te perder porque o nosso lance tá tão bom.
Mari: Já pensou que se tivesse falado antes, a gente não precisava passar por isso?
Ls: Fui otário porra, quem não erra? Caralho mano, se fosse um bagulho altão, tá ligado? Se eu te traísse ou qualquer parada assim, mas eu só omiti um bagulho.
Mari: Pois é, e olha que você não perdeu nada com isso.- Sorri debochada, respirando fundo.
Ls: Perdi sim, porra. Pode ter certeza que foi maior que qualquer coisa que tu perdeu.
Mari: Não, você não perdeu caralho nenhum. Eu que perdir por confiar em você, porra.
Ls: Eu te perdir porra, por burrice minha. Isso é a pior coisa que podia acontecer, caralho.- Falou alto.
Ele olhou pra mim e se levantou, vindo pro meu lado e ficou em pé na minha frente, passando o polegar no meu rosto, enquanto eu me afastei.
▪▪▪
+100

VOCÊ ESTÁ LENDO
Entre O Tráfico
Teen FictionEntre o tráfico existia muitas coisas, droga, sexo, poder... mas entre o tráfico existia o nosso amor, existia eu e você.