Entre O Tráfico

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Ls: Eu tô errado, você tá errada... A gente assume isso um pro outro, né não? - Olhei pra ele.- Eu tô errado, Marília.

Mari: Por que?

Ls: Ter mentido pra você, por não ter confiado em você.- Levantei a sobrancelha.- E por tratar a Suelen daquele jeito.

Mari: Ok, eu também tô errada por ser dura demais com você, mas entenda que ou eu confio muito, ou eu não confio, os dois não dá.- Respirei fundo, baixando a guarda.

Ls: E eu amo esse teu jeitinho assim comigo, pô. Essa tua marra e como tu me maltrata, me fez apaixonar por tu.- Eu ri.

Mari: Eu amo você...- Falei segurando o queixo dele e ele me beijou, fazendo um rabo de cavalo no meus cabelos com a mão.- Não vou te chupar, para.

Ls: Chupada de reconciliação...- Falou cheirando meu pescoço e eu neguei.

Mari: Preciso voltar pra casa agora.- Me soltei dele, que segurou minha mão.

Ls: Que bagulho é esse do Vidigal, Marília?

Mari: Ah, meu padrasto e minha mãe estão felizes lá e eu quero ficar também.

Ls: Tu não já tá bem grandinha pra ficar na cola da tua mãe não? Tu tem uma casa, tu tem idade e tu tem grana pra morar sozinha, qual foi? Tu vai ficar sempre acompanhando ela pra onde ela for?

Mari: A questão é que foi uma escolha minha.- Ele respirou fundo.- Eu vou passar esse final de semana longe de você, porque você ainda tá de castigo comigo.

Ls: Marília, porra. Mais um final de semana na punheta e minha mão cai.- Negou e eu ri.

Mari: São só mais dois dias. Daí eu vou sentar com vocês três e tomar minha decisão, porém preciso ter certeza que apesar de tudo você vai aceitar ela, certo? Independente se for sobre ficar aqui ou lá.

Ls: Ficar longe de mim? - Neguei com a cabeça.- Eu vou te apoiar no bagulho, em qualquer porra aí.

Mari: Te amo, nhaa...- Fiz careta, abraçando ele que riu.

Dei uns beijinhos nele e pedi pra ele me levar pra casa, que enrolou um pouco, mas acabou indo.

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