Entre O Tráfico

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Acordei sentindo alguma coisa no meu rosto, passei a mão nele e vi que era a Eduarda, com o cabelo na minha cara.

Eu ri, tirando os cabelos dela do meu rosto e escutei outra risada, semicerrei os olhos e vi o Leandro, colocando o fuzil nas costas.

Ls: Tô indo trabalhar...- Falou beijando meu rosto.

Mari: Me chamou pra morar aqui pra ficar vinte e quatro horas trabalhando, ok...- Falei olhando pra ele e depois e me virei de costas.

Ls: Tchau, Marília.- Respirei fundo, ajeitando a Eduarda e fechando os olhos.

Beijei a cabeça dela e fiz careta, vendo que não iria conseguir dormir novamente.

Me levantei e peguei minha toalha, indo tomar banho e aproveitei pra hidratar meu cabelo.

Quando eu saí, vi a Eduarda passando a mão no rosto com cara de sono.

Duda: Você pode me levar na casa da minha tia Pietra? Eu tenho que buscar minhas coisinhas...- Olhei pra ela, balançando a cabeça.

Mari: Vamos sim, vai tomar banho e comer algo, tá bom? - Ela assentiu animada.

Sorri fraco, indo me vestir e ela saiu do quarto, coloquei um body vermelho junto a um short rosa bebê e me ajeitei.

Saí do quarto ainda escutando o barulho do chuveiro e fui pra cozinha, fiz suco de laranja e fiz uns sanduíches, me sentei pra comer e logo após a Eduarda apareceu.

Ela falou que estava animada pra ver a tia e a prima, admito que estava com medo de ir no Lins, até porque nunca tinha pisado lá, mas pelo o que ela me falou, era mais calmo e não dava em nada.

Mari: Não sabia que você tava tendo contato com ela...- Comentei após ela falar que tinha conversado com a tia ontem.

Duda: Ela me ligou pelo celular do leand...meu pai..- Balancei a cabeça, rindo.

A gente terminou de comer e eu subi pra escovar meus dentes, ela também foi e eu fui descendo o morro com ela.

Chamei um uber e coloquei o destino, quando chegamos lá, parecia que já tinha muita gente esperando na entrada do morro.

Mari: Eduarda, o que é isso? - Falei descendo do carro.

Duda: Não sei, devem estar me esperando...- Deu os ombros.

Ela correu pros braços da mulher, que provavelmente era a tal tia dela.

- Tu não entra, garota.- Falou apontando a arma pra mim e eu dei um passo pra trás.

Duda: Ei! Tio Marcelo, para com isso.- Falou assustada, tentando sair dos braços da mulher.

Pietra: Lamento, mas você fica com a gente, Eduarda. Essa mulher ajudou ele a matar tua mãe, não acredite em nada que eles falam...- Olhou pra Eduarda, que me olhou com cara de choro.

Marcelo: Mete o pé e não volta nunca mais.- Bateu com fuzil levemente na minha cara.- E avisa pro teu maridinho que se ele vir, ele vai tomar.

Olhei assustada e Eduarda chorava, tentando sair dos braços da mulher, que sorriu debochada, dando as costas e me deixando ali.

Peguei meu celular e fui me afastando, não conhecia nada, apenas liguei pro Menor, pedindo ajuda.

Leandro iria me matar.

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