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Marília 💫

Cheguei em casa com a Eduarda no colo do Leandro e ela olhava tudo curiosa.

Minha mãe tava rindo de alguma coisa com o menor e assim que eu entrei, pude ver um sorriso mais feliz ainda dos dois.

Mari: Saudades ein...- Falei abraçando minha mãe e beijei a bochecha dela.

Menor: Tu abandona mermo né? Vai embora e não quer mais voltar...- Dei língua, abraçando ele.

Mari: Agora que você vai sentir saudades mesmo...- Eles me olharam sem entender e Leandro veio pro meu lado, colocando a Duda no chão.- Essa é a Eduarda, filha do Leandro.

Maria: Tu é linda...- Sorriu amigável e Eduarda sorriu fraco.- Mas que história é essa, filha?

Mari: Vou morar com o amor da minha vida, sabe...- Fiz cara de nojo, revirando os olhos e puxei Ls, que riu.- Tô falando da Eduarda, não dele.

Menor: Vocês três vão morar juntos? - Balancei a cabeça.

Maria: Assim? Do nada?

Ls: Ih, posso morar com as minhas negas não? - Falou bagunçando o cabelo da minha mãe que deu maior tapa na mão dele.

Maria: Só posso desejar felicidades né? E dizer que eu tô feliz por vocês...- Fez bico.- Filho é foda, tu cria e depois te abandona.

Menor: É verdade, coloca ela numa torre então.- Falou debochado e eu sorri alto.- aí, menorzinha. Quer sorvete de chocolate?

Eduarda: Quero sim..- Falou me olhando.

Mari: Também quero.- Bati na bunda dele.

Menor: Pede pro cara que tu vai morar junto...- Falou com ciúmes e eu ri.

Maria: Vai arrumar as coisas agora? - Confimei com a cabeça.- Quer ajuda?

Mari: Quero fazer isso sozinha...- Olhei pros Ls, que se jogou no sofá.- Afinal, é uma nova fase da minha vida, né?

Ls: Dá nossa vida.- Corrigiu.

Mari: Tô falando que eu vou sair de perto da minha mãe.- Dei um tapinha na coxa dele.- Vou lá.

Fui pro meu quarto e respirei fundo, pegando as mochilas que eu tinha, já que não tinha mala.

Ainda tinha algumas coisas em caixas de mudança, de quando eu vim aqui pro Vidigal.

Joguei as coisas mais necessárias e tal e deixei algumas coisas aqui também, nunca se sabe quando o surto vai acontecer.

Quando tava terminando de fechar as bolsas, a porta abriu e era o menor. Eu sorri e ele abriu os braços.

Mari: Vou sentir saudades de todo dia tá te perturbando...- Choraminguei.

Menor: Num vai não...- Eu ri.

Mari: Você tem que me prometer que vai me buscar na hora que eu ligar, pai...- Me arrisquei, vendo ele colocar a mão no rosto.

Menor: Faz isso não que eu choro...- Falou rindo com a mão no rosto.

Mari: Te amo pra caralho ein...- Falei vendo minha voz vacilar e olhei pra cima pra não chorar, abraçando ele.

O abraço dele me confortou, como sempre me sentir mais segura.

Era literalmente muito drama pra mim, mas naquele momento eu estava deixando uma parte da Marília pra trás e começando a construir outra.

Iria ser uma experiência totalmente nova e assustadora, mas eu tinha que finalmente viver a minha vida...

Por mais clichê que isso possa ser, caralho, acho que estou apaixonada.

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+100

maratona 5/5

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