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Mari: Sabe por que muita gente visão que eu sou chata ou insuportável? Porque eu não sou a mulher que todo mundo tá acostumado, que aceita tudo e esquece. Eu não sou o tipo de mulher que dá uma chance e se a chance for quebrada, vai esquecer o erro só porque faz um casal bonito e eu amo você.

Ls: Eu só tô te pedindo uma chance no bagulho...- Sentou na minha frente.

Mari: É tão engraçado porque você já foi o pior comigo, mas eu te perdoei. E daí, prometi pra mim mesma que não ia render pra você, mas rendi, foi não? Mas o engraçado é que você pediu o que? Eu sei que você lembra, me fala.

Ls: Eu te pedi uma chance.- Desviou o olhar.

Mari: Me fala por que você pediu só uma chance? - Abri os braços.

Ls: Porque eu prometi não vacilar com você.

Mari: Então agora eu estou errada? Ou sou a que tenho que perdoar porque foi um erro simples?!

Ls: Não te falei isso. Mas todo mundo uma hora vai errar. Tu julga pra caralho, mas uma hora tu vai pisar na bola, Marília. Isso é bagulho da vida, a gente sempre vai tá errando e tentando consertar.

Mari: E quando eu errar, Leandro. Tu vai me perdoar numa boa? Quer dizer, eu não vou precisar nem pedir perdão né?! - Sorri debochada.

Ls: Os bagulho são fase, Marília. A gente erra, a gente acerta. É isso, se a gente ama, vai atrás e pronto. Eu faço tanto bagulho por tu, combino as paradas que te deixam felizes, abro mão dos meus bagulho por tu e isso não vale de nada né?

Mari: Não estou falando disso. Eu sei quem você é pra mim, você é uma das pessoas que mais corre por mim, eu sei e entendo isso perfeitamente. Só que, caralho, não envolve só uma mentira, envolve seu jeito também.

Ls: Do que tu tá falando? Tá inventando bagulho da tua cabeça já.

Mari: Eu tô falando da forma que você tratou a mulher que tá carregando seu filho.- Ele desviou o olhar.- Você ia bater nela, Leandro.

Ls: O que isso tem haver contigo? Com nós dois?!

Mari: Ela foi sua fiel por três anos e você não tinha o mínimo respeito por ela. Você entende que se faz com uma, faz com duas, três...? Comigo não vai ser diferente.

Ls: Vai ser diferente sim, Marília. Eu nunca tratei ninguém como te trato, te dou todo valor do mundo.

Mari: Complicado demais quando você pode ser o príncipe encantado pra mim e pra outras pessoas, o lobo mal.- Sorri em deboche, olhando pras minhas unhas.

Ele ficou calado e pegou o celular dele, respirei fundo e me levantei, calçando minha sandália e pegando meu celular.

Ls: Vai ficar aqui ou vai fugir de mim? - Falou sem me olhar.

Mari: Eu tô no Vidigal, por enquanto. Talvez eu more lá.

Ls: E eu? - Olhou pra cima e eu olhei pra ele.

Mari: E você me desculpa, por não ser fácil do jeito que você pensou.- Sorri fraco debochada e abrir a porta.

Ls: Achei que quem amasse, não ia embora.

Mari: Estamos colocando um fim em nós? - Olhei pra ele, que me encarou e se levantou.

Ls: Você sabe que eu não quero isso.- Parou na minha frente.

Mari: Eu estou com raiva de você.- Olhei pro lado.

Ls: Olha pra mim, caralho... eu amo você, não é o suficiente?

Mari: Tô magoada com você...- Ele riu.

Ls: A gente tem um lance, entendeu? Tu é a minha parada. O bagulho é recomeçar sempre que der, pô. A gente sempre vai tá errando um com outro, é normal porque as vezes nós faz uma parada e nem percebe que tá dando errado.

Mari: Você vai quebrar minha confiança de novo, eu sei que vai.- Olhei pra ele.

Ele me encarou com deboche e eu fiz cara de tédio, vendo ele segurar minha nuca.

Baixei o rosto e ele puxou minha cabeça pro peito dele, fiquei olhando pra beijo e sentir ele beijando minha cabeça.

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