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Marília 🎀

Minha mãe era a pessoa que eu mais podia confiar pra contar o turbilhão que eu sou, se na parte da tristeza ou felicidade.

Eu tinha acordar ela pra fale sobre esse lance com o Leandro, que nem sequer, tinha uma semana que começou.

E ela como sempre aconselhou a deixar levar na calma, de ir conhecendo e confiando aos poucos.

Ela me disse também, que não é só porque o relacionamento dela foi ruim, que o meu vai ser também.

E isso servia pra nós duas.

Ls chegou e eu dei tchauzin a ela, indo pra moto e acho que assim que eu saí no portão, vi os olhinhos dele ficando vermelho.

Mari: Por que você usa essas coisas? - Falei passando o dedo no nariz dele que estava sujo de cocaína.

Ls: Porque o bagulho é bom e faz eu esquecer dos bagulho ruim.- Falou me dando um selinho.

neguei com a cabeça e subi na moto, segurando nele que deu partida.

Subimos pra casa dele e eu desci novamente, entrando atrás dele.

Mari: Sabe o que me incomoda um pouco? - Falei subindo as escadas com ele.- Saber que a sua ex fiel já morou aqui.

Ls: Ah pô, quando tu quiser morar comigo eu troco até de casa. Mas por enquanto deixa o bagulho assim.- Abriu a porta do quarto.

Mari: Eu sei, não estou dizendo que você tem que trocar de casa porque eu me incomodo, só tô comentando isso porque de manhã eu pensei a mesma coisa.

Ls: Beleza, pô.- Murmurou.- Vai querer comer algum bagulho?

Neguei com a cabeça e sentei na cama, eu já tinha tomado banho e estava com minha roupa de mendiga pra dormir.

esperei ele tomar banho enquanto olhava meu celular e o celular dele tocou, não sabia se podia atender ou ele iria considerar invasão de privacidade ou ficar puto.

Por exemplo, eu no lugar dele não ligaria, mas ele pode se importar, então deixei tocar.

Apenas olhei o nome na tela e era "Fernanda" logo imaginei que seria algo sobre a filha dele e me levantei, abrindo a porta do banheiro.

Ls: Ai porra.- Falou me olhando enquanto rodava a toalha na cintura.

Mari: Fernanda tá te ligando.- Estendi o celular pra ele.

Ele me olhou e atendeu, sai do banheiro e ele saiu logo em seguida, as vezes ele gritava, berrava, soltava uns xingamentos e particularmente achei uma conversa bem saudável.

Ls: Ai, tem problema pra tu se eu for buscar a minha filha? Tipo, dormir com nós e tal? - Me sentei na cama.

Mari: Então a gente não vai transar? - Brinquei, apontando e ele riu.- Não tem, contanto que ela não seja chata comigo.

Ls: Ela vai gostar da madrasta pô.- Falou se vestindo.- Sei que é chatão eu te chamar pra cá e fazer esses bagulhos, mas tu fica enquanto eu vou buscar ela? Fernanda vai querer fazer confusão contigo e não quero a Eduarda vendo.

Mari: Relaxa, é a tua filha...- Sorri fraco.- Mas se você trouxer sorvete pra mim, ficarei muito feliz.

Ele balançou a cabeça e segurou meu rosto, me beijando. Leandro foi embora e eu fiquei sem saber o que fazer ali, admito que não tinha simpatia alguma por criança, não conseguia aturar nenhuma.

Mas eu tinha que tentar fazer um esforço, porque não custava nada demais tratar bem a filha do boy que eu tô ficando.

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+100

maratona 5/5

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