Marília 💫
Mari: Você vai querer ir pro médico ou não? - Perguntei, antes de pegar a roupa.
Ls: Vou.- Falou tentando se ajeitar na cadeira.
coloquei a roupa na cama e ajeitei ele, subi a cueca, a bermuda e a camisa, entreguei o desodorante e ele passou, assim como o perfume.
Mari: Vou chamar algum menino pra ajudar a descer.- Falei respirando fundo.
Ele balançou a cabeça e eu ajeitei minha roupa, indo descer as escadas. Chamei os dois homens da segurança e eles subiram, ajudaram a levar o Leandro lá pra baixo e eu agradeci.
- Favela tá contigo, patrão. Qualquer parada é só chamar nós...- Falou fazendo toque com ele.
Sorri em agradecimento a eles e eles saíram. Coloquei a cadeira do Leandro próximo a mesa, de uma forma que desse pra ele comer.
Fiz o prato dele com ele falando como queria e coloquei pra ele, deixei ele ali sozinho e fui pro quarto.
Tomei banho e coloquei uma calça jeans com uma blusa longa, me ajeitei de uma vez e voltei, comi rapidão e a gente foi saindo.
Chamei o homem que me ajudou a colocar ele no banco de passageiros e o vapor foi dirigindo, porque eu não sabia.
Mostrei a ele o caminho que foi super legal e ficou conversando com o Leandro, que parecia que por alguns minutos tava melhor.
Ele me olhou pelo espelho e eu desviei o olhar, vendo a gente chegar no consultório.
O homem ajudou colocando ele na cadeira de rodas e pelo pedido do ls, entrou com a gente no consultório.
A recepcionista falou que ele tava terminando uma fisioterapia e eu meio que me animei, sabendo que se o Leandro quisesse, a gente iria fazer tudo aqui.
Ls: Amor? - Falou baixo e eu olhei fazendo careta pra ele.- Desculpa.
Mari: Tá...- Dei os ombros, vendo ele segurar minha mão.
Ele beijou meu ombro e eu balancei a cabeça em negativa, vendo ele apertar minha mão, enquanto me olhava com uma carinha.
Mari: Desculpa por te forçar também, eu sei que é difícil tentar e não conseguir. Mas quando mais a gente tenta, mais a gente chega perto.
Ls: Só não quero fazer isso agora, demoro? - Balancei a cabeça.
Um homem de muletas saiu e após, fomos chamados.
O médico fez alguns exames, olhou tudo e sentamos, vendo ele falar.
- O que ocorreu foi que quando senhor Leandro caiu, caiu de um jeito que possa ter paralisado alguns músculos do corpo...- Falou mostrando o raio x.
Ls: Mas e aí, vou andar ou não? Da teu papo, coroa.
- Como eu estava falando, se fosse de uma altura maior, você realmente poderia ficar sem andar pelo resto de sua vida. Mas sim, você ainda tem chances de andar, porém terá que ficar exercitando os músculos até eles voltarem ao funcionamento normal. Tenho uma pergunta, você andou tentando andar ou fazendo esforço nas pernas?
Mari: Sim, doutor.- Olhei pra ele.- Hoje de manhã, eu tentei fazer com que ele ficasse em pé. Mas tem problema? Eu realmente não sabia.
- Isso é ótimo pra ele! Quando mais você for tentando andar, ficar em pé, mais rápido sua recuperação chega...- Sorri vitoriosa.
Ls: Dói demais, parceiro. Não consigo ficar em pé que minha cintura dói, parece que todo peso fica nela...- Falou e eu olhei animada, vendo que ele estava realmente ligado pra tudo isso.
- Doer é claro que vai, até porque é normal. Mas se você desistir e jogar tudo pro ar, pode ser pior. Uma dica que eu te dou é pra não parar de tentar colocar ele em pé e essas coisas...- Olhou pra mim e depois pra ele.- Se você ficar quieto, senhor Leandro, possa ser que tudo pare de funcionar de vez.
Ls: Vou tentar...- Respirou fundo, me olhando.
- Vocês tem piscina em casa? - Balancei a cabeça.- tentem lá, façam exercícios que logo você vai tá correndo por aí...
Mari: E a fisio, ele vai precisar fazer aqui?
- Bom, vamos combinar que em uma semana vocês ficam em casa, tentando e fazendo exercícios, tá? Depois vocês voltam aqui e eu falo se é melhor continuar, ou começar a visitar aqui pra fisioterapia.
Mari: Obrigada, doutor...- Sorri simpática.
- Fernando..- Falou se levantando.- Cuidado, senhor Leandro.
Ls: Jaé, tiozão. Deus é com nós...- Falou batendo na mão dele.
Mari: De nada, Marília...- Falei pra que ele escutasse, enquanto empurrava a cadeira.
Ls: Te amo, amor. Obrigada por nunca desistir de mim..- Beijou minha mão que tava no ombro dele.
Fiz carinho na bochecha dele e o vapor fez o mesmo procedimento de colocar ele no carro. Eu estava feliz e animada pra caralho agora e Leandro estava bem melhor também.
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Entre O Tráfico
Roman pour AdolescentsEntre o tráfico existia muitas coisas, droga, sexo, poder... mas entre o tráfico existia o nosso amor, existia eu e você.