Encarei ele que balançou a cabeça e fiz careta, indo pra perto dele.
Ls: Almoça comigo aí, pô.- Olhei pra ele, que parecia ter acabado de sentar.
Mari: Boa tarde pra você também.- Falei indo pegar o almoço.
Coloquei meu prato e ele ficou esperando eu sentar, enquanto isso mexia no celular.
Mari: Tem umas coisas que você faz que eu acho fofo demais.- Comentei, me sentando na frente dele.
Ls: Coe? Pra tu achar algum bagulho que eu faço legal o mundo deve tá acabando.
Mari: Hm, tá bom.- Murmurei, pegando meu garfo.
Ls: Fala aí.
Mari: Você ficar me esperando pra gente comer juntos, achei legal.- Falei levando o garfo até a boca.
Ele fez "🤘🏻" pra mim e começou a comer, enquanto eu comia calada também.
Ele já tinha terminado e eu estava quase lá, quando chegou um amigo dele e falou com ele.
- Quase não te vi no baile de ontem, sumiu menor! - Continuei comendo, sem olhar pra eles.- Saiu com a morena ou com a ruiva?
Me levantei no mesmo momento, com meu prato na mão e levei pro balcão, paguei o meu e peguei uma latinha de refrigerante, indo em direção a saída.
Ls: Aí, maluca...- Segurou meu braço.- Eu não fiquei com ninguém não, pô.
Mari: Eu não posso e nem devo te cobrar nada.- Falei sem olhar pra ele que estava na minha frente.
Ls: Eu te dei confiança, se isso valer de alguma coisa pá tu...- Cruzou os braços.
Mari: Deve valer se eu tô aqui ainda.- Olhei pra ele, que me encarou.
Ls: O nosso bagulho é importante pra mim, pô...- Falou se aproximando.- Tô com minha cabeça explodindo, minha filha tá no hospital doente, vamo brigar mais não pô.
Mari: Não tô brigando com ninguém não.- Ele me olhou, respirando fundo e olhou pros lados.
Ls: Vou pra casa então, melhor pô.- Beijou minha testa e me deu as costas.
Segurei a mão dele e ele parou, me olhando.
Mari: Ela tá com o que? - Perguntei soltando aos poucos a mão dele.
Ls: Sei lá, tá tossindo demais, cheia das febres aí. Tô pilhado com isso, todo dia eu vou ver ela aí passei um dia sem ir e o bagulho desanda. Aí a rapariga da Fernanda vem falar que eu que não foi atenção a minha filha.
Mari: Se estressar não vai te levar a nada, relaxa.- Ele me olhou puto.- Você já foi ver ela?
Ls: Não posso, a filha da puta colocou ela em hospital privado só porque sabe que se eu entrar, os bota corre atrás.- Fiquei sem saber o que dizer.
Mari: Ela vai ficar bem, se preocupa com isso não...- Tentei confortar ele e ele sorriu de lado, me abraçando.
Cheirei o cabelo dele que tinha o cheiro maravilhoso e ele cheirou meu pescoço, passando a mão na minha bunda.
Ls: Bora pra minha casa.- Falou, me olhando.
Mari: Tenho um compromisso já já.
Ls: Não vou te prender por muito tempo...- Falou beijando minha bochecha.
Balancei a cabeça devagar e ele me apertou, me dando um beijo ali mesmo.
Me soltei dele e ele montou na moto, eu subi em seguida e ele foi pra casa dele.
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Entre O Tráfico
Teen FictionEntre o tráfico existia muitas coisas, droga, sexo, poder... mas entre o tráfico existia o nosso amor, existia eu e você.