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Acordei e tinha certeza que já era tarde, tomei banho e me vesti e parecia não ter ninguém em casa.

Fui no quarto da Eduarda e tava vazio, o que já me preocupou.

O relógio me dizia ser uma dá tarde e eu não sabia se ela tinha saído com o Leandro ou não.

Liguei pro Leandro e ele não atendeu, mandei algumas mensagens perguntando sobre ela e ele nem visualizou ou entrou no WhatssaPp.

Comi um pão rápido e decidir ir na boca, saí em passos rapidinhos até e cheguei, abrindo logo a porta da boca, fazendo vários homens me olharem e eu sorri sem graça.

- Quem é a gatinha? - Um deles falou e eu procurei o Leandro, vendo ele se levantar de cara feia.

Ls: Minha mulher.- Falou alto e alguns pararam de olhar.

Tinha muita cerveja espalhada e o cheiro de maconha tava espalhado também.

Ls veio pra minha frente e me tirou da sala.

Mari: Cadê a Duda? Ela não tá em casa, Leandro...- Choraminguei, vendo ele rir.- Você tá rindo por quê? Cadê ela?

Ls: Tá na escola, gatinha.- Revirei os olhos.- Fazia mó cota que ela não ia e pediu pra ir.

Mari: Custava avisar, caralho? - Bati no peito dele.

Ls: Tu já almoçou? - Neguei com a cabeça.- Vai pra casa e come.

Mari: Eu não, você não manda em mim.- Brinquei, cruzando os braços.

Ls: Aí tu toma um banho bem geladinho, veste um bagulho bem gostosinho que já já eu chego.- Falou no meu ouvido, apertando minha cintura.

Mari: Só faço isso se você for agora.- Olhei pra ele.

Ls: Então fica aqui até o bagulho acabar, eles tão só decidindo quem fica com o comando do Lins.

Mari: Eu, claro. Acho justo.- Leandro riu debochado, abrindo a porta e eu dei um tapão nas costas dele.

Ele me levou pra cadeira e eu me sentei no colo dele, os homens voltaram a discutir lá até algum botar a ordem final.

Não sabia quem era, mas parecia ser importante, já que após a palavra dele, ninguém abriu mais a boca.

Ls: Essa putaria toda pra não ficar no meu comando? Sai do todo daqui, bora.- Falou negando com a cabeça, rindo.

- Tu já tem três mortos nas costas, filhão. Tá achando que tem quantos peitos pra defender tanto morro sozinho? - Eu ri.

Ls: Beleza, fiquem aí se comendo na punheta que eu vou pra casa com a minha mulher.- Falou me tirando do colo dele e batendo na mão dos caras.

Esperei ele fora da sala que saiu agarrando minha mão.

Mari: Cadê a moto? - Falei passando a mão no meu rosto.

Ls: Vim andando pra ver uns bagulhos aí.- Olhei pra ele.- Uns bagulhos aí.

Mari: Imagina quando você me perguntar pra onde eu vou e eu responder, "fazer uns bagulhos aí." O burro vai ficar puto.

Ls: Vou nada.- Beijou meu ombro, rindo.- Bora num daqueles bagulhos porno? Aquelas lojas lá.

Mari: Tá bom, mas eu vou passar lá na minha mãe pra pegar dinheiro pra eu poder fazer um curso. Sério, essa vida de vagabunda sustentada não é comigo.

Ls: Coe amor, relaxa.- Neguei com a cabeça.

Ele bateu na minha cabeça e eu dei um tapa no braço dele, por onde a gente passava alguma pessoas sorriam olhando pra gente e essa era uma das primeiras vezes que a gente saia andando assim, me sentir muito famosa.

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