Marília 💫
Eu não trabalhava ou tinha alguma fonte certa de renda pra arrumar dinheiro, porque por mais que eu quisesse, era muito difícil arrumar um emprego nos dias atuais.
Eu falo que deveria ir me prostituir pra ajudar em casa, aí minha mãe fala que eu tô louca e me bate.
Em falar na madame, ela abriu a porta e atrás dela estava um homem forte e alto, olhei pros dois, tomando meu café.
Maria: Bom dia, filha...- Beijou minha cabeça.- Eu só vim tomar banho, tá?
Marília: Ok, bom dia.- Sorri pra ela e levantei, indo deixar a minha xícara na pia.
Minha mãe subiu e o homem ficou aqui embaixo, lavei a louça suja, enxiguei e guardei, tomando água e voltando pra sala.
- Se pá eu sou o Menor...- Olhei pra ele, que falava sem graça.
Mari: Marília...- Sorri sem mostrar os dentes.
Menor: Como eu faço pá tua coroa me levar a sério? namoral, filha da puta mané.- Eu ri.
Mari: É muito difícil ela parar com uma pessoa só. Mas tenta, só não fica muito no pé, mas também não some.
Menor: Tá maluca...- Falou rindo e passando a mão no rosto.
Fiquei calada, assistindo o desenho que ali passava até minha mãe descer, vasculhando a bolsa.
Maria: Filha, eu tô sem trocado pra deixar pra você, vai querer dinheiro pegado? - Falou me mostrando uma nota de cinquenta.- Depois você me dá o troco.
Marília: O mulher, eu não sei nem se vou sair...- Falei pegando a nota da mão dela.- Mas qualquer coisa eu te aviso.
Maria: Tá bom, eu volto antes de anoitecer, prometo...- Gargalhei, abraçando ela.
Menor: Toma aí ô, presente meu...- Falou me dando outra nota de cinquenta.
Maria: Palhaço...- Resmungou, olhando pra ele e eu ri.
Marília: Obrigada! Se divirtam e eu achei vocês um casal bonitinho...- Dei uma força pro homem que riu e minha mãe levantou a cara, indo embora e puxando ele.
Aproveitei logo pra colocar o som e fui arrumar a casa, enquanto deixava meu almoço esquentando.
Minha casa não era enorme mas também não era um ovo, arrumei de forma rápida e passei pano de vez em toda ela.
Desliguei o som e fui colocar meu almoço, quando terminei meu prato, alguém bateu na porta.
Mari: Quem é? - Falei destrancando.
Ls: Leandro, vim na humilde...- Revirei os olhos e abri a porta.- Posso entrar? Tem um bagulho pra te contar.
Mari: Fala daí mesmo, anjo.- Falei amarrando meu cabelo em um coque.
Ls: Suelen foi embora, eu tô solteiro. Nera esse o bagulho que tu queria?
Eu sorri, olhei pra ele que sorria de lado e eu neguei com a cabeça.
Mari: Realmente, eu falei que iria ficar com você quando você terminasse. Mas você já falou tanta coisa nesses últimos dias que me deu tanto nojo, Leandro. Te juro que se você não tivesse aberto a boca pra falar tanta bosta, eu tava sentando gostoso pra você agora.
Ele ia falar mas eu revirei os olhos e fechei a porta na cara dele, escutando ele socar a porta e tranquei, indo plenamente para a mesa, almoçar.
▪▪▪
+100

VOCÊ ESTÁ LENDO
Entre O Tráfico
Teen FictionEntre o tráfico existia muitas coisas, droga, sexo, poder... mas entre o tráfico existia o nosso amor, existia eu e você.