Capítulo 4

1.7K 154 36
                                    

Dylan Collins

Meu irmão me puxa pelo braço. E me leva para a cozinha. Amber está de braços cruzados me olhando de cara feia. Eu sei que fiz merda. Eles já brigaram muito e uma vez meu irmão se alterou, tinha bebido demais e bateu na Amber, um tapa e a Grace viu. Isso foi a um ano. Grace ficou tão triste que teve febre emocional. Nem sabia que isso existia. Meu irmão se arrependeu, nunca mais colocou nada de álcool na boca. Até hoje ele se arrepende muito e diz que mesmo se passar o resto da vida pedindo desculpas, ainda não vai ser o suficiente. Ele está certo. Não se bate em mulher. Eu não ia bater na ruiva. Mas ela me tirava do sério.

- Está maluco. Sabe como a Grace fica com brigas. – Meu irmão fala muito irritado. – O que esta acontecendo com você Dylan ? Você não é assim.

- Ela mandou eu me foder. Ela me tira do sério. – Falo irritado. Pego uma garrafa de vodka.

- Não vai beber – Amber tira a garrafa da minha mão – Chega Dylan. Está se comportando como uma criança. Você começou a confusão. Você apontou a arma pra ela, A garanto acordou com uma arma apontada pra ela e depois você fica agindo como um louco. O que está acontecendo ? – Amber está quase gritando.

- Merda... – Falo irritado. – Eu vou me acalmar. Mas ela entra na minha mente. - Dou um soco na parede.

Respiro e vou para a entrada da sala. Vejo as duas sentadas no tapete. Grace estava fazendo uma trança no cabelo da ruiva, parece que ele estava ensinado a Grace. As duas estavam sorrindo e Grace Parecia mais calma. Ayla tinha o sangue tão quente que deixava o cabelo dela mais ruivo do que já era quando ela se irritava. Nessas poucas horas convivendo ela conseguiu me desrespeitar mais que meu irmão que viveu grande parte do tempo comigo. Ela me desafia. Sou maior que ela e mais forte. Mas ela não tem medo. Nem quando estou com uma arma na mão. Não sei se ela não tem medo da morte ou é insana, acredito que seja a segunda opção.

Mas tenho que assumir que estou surtando. Acho que é uma mistura de tudo. Essa chuva que ninguém sabe o que é de verdade e quanto tempo vai durar. O fato de ter que viver trancado em um abrigo sem ter data para sair. Ter a família do meu irmão por perto e ter medo de estragar tudo de novo por causa do meu vício em bebida e gênio forte. E agora tem esse ruiva louca que veio para foder da minha mente. Eu que vou ficar maluco.

(...)

Já estava ficando tarde. Amber e Ayla estavam fazendo lanches. Grace começou a ajudar e quando percebi Ayla e Grace estavam cantando na cozinha. Tenho que assumir que Ayla canta bem. Vou com Alex para a dispensa ouvir as notícias no rádio.
Depois de meia hora desisti de ouvir e desliguei o rádio. O número de mortes tinha aumentado para 373 no mundo. Ainda não era um dado oficial porque tinham mais mortes que ainda não tenham sido contabilizadas. Países que a chuva não tinha parado ainda. Então não tinha como saber. Nem todo mundo conseguiu se abrigar a tempo. Nesse momento eu agradeço a Deus por minha família estar comigo e por te reformado o abrigo.

Comemos e nos organizamos para dormir. Alex, Amber e Grace foram para o quarto deles. Ayla estava terminando de organizar o que usamos. Paro na porta da cozinha.

- Vou te mostrar seu quarto. – Falo tentando manter a calma.

- Achei que eu iria dormir na escada, sentada e provavelmente algemada para não matar vocês a noite. – Ayla fala em tom de deboche, ela é muito difícil de lidar.

- Prometi para o meu irmão que não iria mais brigar com você. – Respiro fundo – Estou tentando decretar paz só que você não ajuda . – Falo irritado.

- Tudo bem. – Ela seca a mão. Se aproxima e estende a mão para eu apertar – Aceito seu pedido de paz e desculpas rei do Bunker. – Ela da uma risada.

Os olhos de AylaOnde histórias criam vida. Descubra agora