Capítulo 9

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Dylan Collins

Termino de guardar tudo no carro. Ayla não tinha voltado ainda. Qual a dificuldade de pegar uma blusa. E era aqui perto. Já era pra ela ter voltado, escuro um tiro, que merda a Ayla está fazendo? Tranco o carro e vou correndo em direção a loja.

Chegando vejo Ayla no chão, tinha sangue descendo da lateral da cabeça dela e um cara falando algo. Chego mais perto para conseguir ouvir e ela me olha, se assunta e vai um sinal pra eu ir embora. Vejo que ela está morrendo de medo. Pego minha arma e o cara da um tiro no ombro dela. Meu sangue ferve. Dou um tiro na perna dele ele cai e dou um tiro no ombro.

Ayla levanta e pega a arma da mão dele um pouco tonta e senta de novo. Me aproximo, o cara deita no chão e começa a rir.

- Tem mais alguém com ele? – Falo irritado. Ela nega com a cabeça.

- Está dando pra ele Jones ? – o cara fala rindo.

- Quem é ele Ayla ? – Pergunto

- Marido dela. – O cara fala.

- Não é. – Ayla fala com dificuldade. – Minha cabeça está doendo.

- Eu te comprei, você é minha. É o que eu quiser. – o cara fala e tenta se aproximar dela. Dou outro tiro na perna dele.

- Que porra ele está falando Ruiva ? – Fala apontando a arma para o cara.

- Me tira daqui. – ela fala sem força.

Olho em volta para me certificar que não tem mais ninguém. Piso na perna do cara, ele grita e pego Ayla no colo. O ombro dela estava sangrando muito. Ela estava agarrada com a blusa que eu queria.

- Merda, pra que você voltou.

Levo ela para o carro, colo ela no banco da frente, passo o cinto de segurança. E entro no lugar do motorista. Vou dirigindo correndo.

- Merda é a terceira vez que estou com alguém baleado no meu carro. Não aguento mais isso – dou um soco no volante.

Olho para Ayla, a bala entrou no ombro esquerdo. Empurro ela um pouco para ver se tem local de saída da bala. E não vejo nada. Pelo jeito não saiu. Não sei se isso foi b o ruim no caso dela.

- Pressiona o ferimento. – Falo mas ela está de olhos fechados.

Coloco a mão dela no ombro e o carro quase sai da estrada. Volto a olhar para a estrada. E vou o mais rápido que eu posso. Já chego próximo ao bunker buzinando. Alex abre o portão assustado. Só largo o carro ligado, em frente ao Bunker, pego Ayla no colo. A blusa dela estava cheia de sangue. Grace vê e fica assustada.

- Alex guarda o carro e tira as coisas daí. – Falo entrando com Ayla.

- Tio o que aconteceu com ela ? – Grace fala olhando o sangue.

- Chama sua mãe rápido. – Grace sai correndo e eu grito – AMBERRR VEM RÁPIDO.

Levo Ayla para uma sala que separamos para ser um tipo de enfermaria. Deito ela na maca e Amber entra.

- Atirou nela ? – Ela fala assustada.

- Óbvio que não. Acha que eu machucaria ela ? – Falo puto – Foi uma cara quer disse que era marido dela.

- Ótimo marido – ela pega uma tesoura rasga a blusa da Ayla e afasta a alça do sutiã – o que foi isso na cabeça dela ?

- Eu não sei. Quando eu cheguei ela estava assim. – falo nervoso.

- Se separou dela ? Você sabe que não era pra se separar – Ela fala irritada comigo.

- Acha que eu não sei como funciona? Ela que saiu correndo pra pegar essa merda dessa blusa. – pego a blusa da mão de Ayla, minha vontade era de queimar a blusa.

- É masculina. – Amber fala olhando a bala, ela começa a higienizar as mãos, e começar a preparar as coisas para tirar a bala.

- Eu sei. Era pra mim. – olho a blusa – vou jogar essa merda fora.

- Guarda. Ela tomou um tiro por causa essa blusa. – Amber fala e começa a retirar a bala. Ayla da um grito de dor

- Não tem como dar uma anestesia ? – pergunto sentindo nervoso por causa da dor dela.

- Não... Não precisa... Podemos precisar depois. – Ayla fala.

Me aproximo e seguro a mão de Ayla. Vejo ela apertar o maxilar de dor para evitar o grito. O rosto e pescoço ficam vermelhos de dor. Amber retira a bala. Limpa e fecha com pontos. Limpa tudo. Eu vou até meu quarto correndo pego uma camisa de botão minha e volto. Mostro para Amber. Ela sorri.

- Ótimo. Com botão fica mais fácil para limpar o ferimento se for necessário.

A Amber tira o sutiã dela. E eu fico sem graça mas não deu tempo de virar de cotas. Ayla era realmente linda e as sardas dela... Não tinha como negar. O cabelo vermelho que combinava com o temperamento dela. Tudo era perfeito.

- Me ajuda a colocar a blusa nela. – Amber fala – ficou encantado com o que viu ?

- Não – Respondo sem graça e tento voltar a realidade.

- Então para de olhar pra ela com essa cara de bobo e segura ela logo. – Amber fala irritada.

- Vai se foder Dylan - Ayla fala bem fraco e baixo. Tenta dar um sorriso. Sorrio junto.

Fico atrás de Ayla, tento segurar no corpo dela sem tocar em nenhuma parte que eu não deveria tocar. Quando ela acordar vai atirar em mim porque deixei ela tomar um tiro, porque a vi sem blusa e toquei nela nua. Tenho que lembrar de esconder as armas e facas. Amber termina de vestir ela. Eu a pego no colo e levo para o quarto. Deito na cama com cuidado. Amber entra no quarto com alguns remédios.

- Vai ficar de plantão essa noite ? – Amber fala colocando os potes de remédio na mesa.

- Vou. Pode dormir tranquila. Só me explica sobre os remédios. – falo olhando para Ayla.

- Esse é para febre e esse para dor. Tem água aqui. Se ela vomitar, o ferimento abrir ou qualquer outra coisa do tipo me chama, vou deixar o termômetro aqui. – Ela fala me olhando e sai do quarto.

Fico olhando pra Ayla deitada na cama. Acho que ela estava mais branca que o normal e eu achei que isso era impossível. Fico mexendo no cabelo dela. E pensando nas palavras do cara. “eu te comprei, você é minha“

Os olhos de AylaOnde histórias criam vida. Descubra agora