Capítulo 5

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Dylan Collins
O tiro pegou na perna. Alex cai no chão e eu atirei no cara para matar. O homem caiu no chão e ficou. Olhei em volta e não vi mais ninguém. Ajudei Alex a entrar no carro. E dirigi o mais rápido possível.

- Pressiona o ferimento. Você não pode perder mais sangue. – falo nervoso dirigindo muito rápido.

A gente estava longe do Bunker, mas eu estava indo bem rápido. Em 40 minutos chegamos. Coloquei o carro na garagem e peguei Alex no colo. Entrei e encontrei Ayla. Ela me olhou assustada por causa da quantidade de sangue.

- Que merda vocês fizeram ? – Ela me pergunta assustada.

Escutamos Grace chamar Ayla. Ela se vira rápido. E leva Grace para o quarto sem que a menina perceba o que esta acontecendo. Ayla passa por Amber e faz um sinal para vir até nos. Amber se assusta e começa a fazer o curativo. Ela troca a roupa de Alex e eu deito ele na cama. Falamos pra Grace que ela de machucou mas que estava bem. Ela ficou sentada ao lado do pai mostrando os desenhos dela e contando o que fizeram a tarde. Chego na cozinha e Ayla está consolando Amber.

- Dylan, ele vai precisar de sangue. Mas não tem nada aqui para fazer a transfusão. – ela fala quase chorando.

- Eu vou buscar, bolsa de sangue e as coisas que você precisar. Anota tudo. – Falo e fico esperando.

Ayla sai da cozinha e minutos depois volta arrumada. Olho pra ela sem entender. Ela estava com uma calça de malha, uma blusa de manga. Um casaco essas sapatilhas de pano que ela usa. Colocou um boné. Estava pronta pra guerra. Só não sei quem falou que ela ia junto.

- Se arrumou pra que ? – pergunto rindo.

- Vou com você. Não pode ir sozinho. Precisa de alguém pra te dar cobertura. – Ela fala me olhando sério.

- Está brincando né ruiva? Se meu irmão foi atingido, você volta morta. Vai me dar dois trabalhos.

- Vai se foder Dylan, machista babaca. – Ela fala irritada.

Ela vem andando na minha direção, levanta meu casaco com a minha blusa. Fico sem reação. Ela tira arma da minha cintura. Coloca na cintura dela. Sai andando em direção a garagem. Amber dá uma risada. E eu percebo me dou conta do que acabou de acontecer. Saio correndo atrás dela. Ayla está parada ao lado do carro esperando eu destravar a porta de braços cruzados e a cara de fechada. Destravo, entramos no carro e seguimos viagem, já estava era a noite. E eu estava preocupado. A visibilidade era bem pior. E não queria voltar com mais um baleado. Ela foi a viagem toda em silêncio.

Chegamos ao primeiro hospital. Entramos e eu fui na frente. Só tinha uma lanterna então pedi pra ela ficar por perto, ela revirou os olhos e me xingou em pensamento eu tenho certeza, quase escutei “ vai se foder Dylan “, dou uma risada. Depois de andar muito, chegamos ao almoxarifado do hospital. Peguei uma caixa e fui colocando tudo dentro. Ayla encontrou o banco de sangue. Achamos algumas pequenas caixas térmicas para transportar o sangue. Peguei 3 caixas dessa enchi de bolsa de sangue. Do tipo do Alex e outros. Pegamos tudo e saímos carregando. Fiquei atento para ver se não vinha ninguém dessa vez. Chegamos no carro e seguimos viagem. Fui correndo pra casa. E a volta foi tão silenciosa quanto a ida.

Chegamos no Bunker, entrei correndo com as coisas. Sorte nossa que Amber era uma ótima enfermeira. Mais uma vez o Alex escolheu bem. Deixamos tudo com ela. Grace já estava dormindo. Então Amber começou os procedimentos. Ayla estava sentada no tapete da sala. Sentei ao lado dela.

- Obrigado pela ajuda. – Falo, ela me entrega a arma.

- De nada. Espero que Alex fique bem logo. – ela fala com sinceridade. – Bem, vou aproveitar que não está chovendo e vou dormir. – Confirmo com a cabeça. E ela levanta e vai para o quarto.

Passo a noite sentado ao lado de Alex para ficar vigiando. Caso aconteça algo ou ele acorde. Amanhã de manhã a Amber cuida dele e eu durmo. Dividimos assim. Ele ficou em uma maca no quarto separado. E Amber dormiu com Grace no quarto deles.
Durmo sentado ao lado dele em uma cadeira. Sinto alguém me cobrir. Abro os olhos um pouco e era a ruiva, ela estava de pijama, um short curto, regata e uma meia branca, o cabelo preso em um coque. Ela veio com um lençol. Ela estava com cara de sono. Parecia que era sonâmbula. Eu fiquei parado fingindo que estava dormindo. Ela terminou de arrumar o cobertor em mim. E deu um tapa no meu braço. Dei um sorriso e ela sorriu.

- Eu sei que você está acordado. Boa noite babaca. – Ela fala baixo e sai. E eu até acho engraçado.

(...)

Acordo no dia seguinte com Amber olhando o ferimento de Alex e conversando com ele baixo. Me levanto e estico o corpo.

- Desculpe ... Te acordei ? – Amber fala sem graça.

- Não. Já está na hora de levantar também. – falo bocejando – Cadê a Grace ?

- Ayla está distraindo ela na cozinha – Amber sorri – Ela é boa com crianças.

- Você devia parar de brigar com ela Dylan. Ela parece ser uma pessoa legal – meu irmão fala com dificuldade.

- Já está melhor Alex? Que bom, não vai ter babá hoje a noite – Falo irritado e saio do quarto. Os dois ficaram rindo.

Vou até a cozinha. Fico em pé na porta. Ayla e Grace estão dançado e cantando músicas que eu não conheço. A ruiva parece ser boa com crianças e deve ser uma boa pessoa mas tem o sangue muito quente e a boca suja para ficar perto de uma criança por muito tempo. Mas Grace está se divertindo, isso é ótimo.

-Tio Dylan vem contar com a gente – Grace fala e a ruiva fica sem graça e volta a fazer o café da manhã.

- Eu não sei contar tão bem quantos vocês princesa – pego ela no colo – vou acabar com as músicas.  – Falo e beijo a testa de Grace.

- Ou pior, fazer nosso ouvido sangrar – A dúvida fala com ironia. E Grace coloca aos mãos no ouvido rindo.

- Bom dia pra você também ruiva, já está com o segue quente a essa hora? – Falo debochando.

Ela aproveita que Grace esta de costas pra ela no meu colo e me mostra o dedo, típico dela. Estava demorando. Ela termina o café da amanhã, Amber pega o dela e o de Alex e leva para o quarto, Grace vai atrás dela com o prato na mão. Eu e a ruiva ficamos na cozinha comendo.

- O Alex está melhor ? – ela pergunta parecendo preocupada.

- Está sim, já acordou falando besteira. – Falo irritado.

- Que besteira ? – Ela pergunta preocupada – Ele está delirando?

- Quase isso. Disse que você era uma pessoa legal. – Ela fecha a cara.

- Eu sou. Muito legal. – ela fala e da um sorriso.

- Não vejo isso não. Você tem o sangue mais quente que a cor do seu cabelo, é desbocada e extremamente irritante. – falo apontando pra ela.

- Você é Paranóico, maluco e babaca. – Ela fala implicando.

- Não sou nada disso. – Falo e término de comer – Estou só protegendo minha família. Tenho meus motivos.

- Um dia vou descobrir que motivos são esse Rei do Bunker. – Ela fala e começa a organizar tudo. Ajudo a lavar a louça.

Os olhos de AylaOnde histórias criam vida. Descubra agora